Sua publicação me lembrou de um site que funciona de uma forma diferente do normal. Acho o conceito legal e pode te dar alguma ideia de um assunto a abordar no TCC: Low-tech magazine.

O site funciona a base de energia solar e é selfhosted. O objetivo dessa decisão foi de reduzir o consumo de energia associado ao acesso ao conteúdo hospedado no site. A parte que mais me chamou atenção nessa história foi a seguinte: como o servidor funciona totalmente com energia solar e não possui "muitas" baterias, o site ficará offline caso o tempo fique nublado por um longo período. Tem até uma página para acompanhar a energia do servidor (para a tabela abaixo aparecer, eu precisei clicar em outro idioma listado em Translations).

Tem várias informações sobre esse aspecto de sustentabilidade no site, além dos próprios artigos publicados lá. Leia com um olhar crítico, pois me lembro de que existe um certo exagero em alguns pontos, mas mesmo assim é uma leitura interessante.

Já ouviu falar sobre Green IT?

Trata-se de um programa de certificação voltado para empresas e funcionários de TI para validar seu conhecimento da importância, políticas, metas mundiais, mecanismos de controle e formas de tornar a TI mais ecológica.

Sou inclusive certificado em Green IT Citzen

Vamos explorar isso. A sustentabilidade no software e nas operações de TI está se tornando cada vez mais importante, devido à crescente consciência sobre as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir nosso consumo de energia.

A indústria de tecnologia está cada vez mais ciente de sua pegada de carbono e está tomando medidas para reduzir seu impacto ambiental, seja através de otimizações de software, inovações em infraestrutura ou a localização estratégica de data centers.

1. Do PHP para o Hack no Facebook

Em 2014, o Facebook anunciou o Hack, uma linguagem de programação que era uma versão modificada do PHP. Uma das grandes razões para essa mudança foi a eficiência. Ao melhorar a eficiência do código, o Facebook poderia reduzir a quantidade de servidores necessários para executar o mesmo trabalho, o que, por sua vez, reduziria o consumo de energia.

Com a escala do Facebook, a economia de apenas uma ou duas dezenas de por centos na eficiência do servidores, resultou em uma economia de centenas de milhões de doláres em custos com energia por ano.

2. Datacenter da Microsoft no oceano

Enquanto os datacenters consomem uma quantidade considerável de energia para operar, uma parcela significativa dessa energia é usada para manter os servidores resfriados através de sistemas de ar-condicionado.

Em 2018, a Microsoft lançou o "Project Natick", que envolveu o afundamento de um datacenter no oceano. A ideia por trás disso era aproveitar a troca de calor mais eficiente da água do mar para resfriar os servidores.

3. Mineração de Bitcoin dentro de geleiras

Como resultado, os mineradores procuram lugares onde a energia é barata e o resfriamento é eficiente. Algumas operações de mineração foram estabelecidas nas regiões mais frias do planeta, para aproveitar o ar frio natural para resfriar o equipamento de mineração.

4. Engenharia Sustentável e Avançada para Datacenters Massivos

À medida que os datacenters crescem em tamanho e número, torna-se cada vez mais importante considerar abordagens sustentáveis e inovadoras para seu design e operação.

Além da localização (como datacenters subaquáticos ou em regiões frias), outras inovações incluem o uso de energia renovável, como solar ou eólica, para alimentar os datacenters, bem como técnicas avançadas de gestão térmica.

5. Ferramentas de IA como ChatGPT

Treinar modelos de linguagem grande como o ChatGPT requer quantidades massivas de poder computacional e, consequentemente, energia. Embora o treinamento seja a parte mais intensiva em energia, até mesmo a inferência (responder perguntas, por exemplo) consome energia.

Há muitas críticas sobre o uso de tais modelos para respostas simples, já que um modelo menor ou uma abordagem mais tradicional poderia responder a mesma pergunta com muito menos consumo de energia.

Interessante a ideia, porém acho que o conceito de "sustentável" e o conceito de "tecnologia" não se misturam muito infelizmente rsrs.

Se você for analisar o nível de poluição que os grandes fabricantes de hardware, smartphone, etc; produzem, você iria ficar chocado! Para piorar a grande parte dos materiais produzidos, com bateria, plástico, etc são os materiais que mais prejudicam o meio ambiente.

Vamos pegar nosso PC mesmo como exemplo (OU os famosos servidores "CLOUD"/ internet), infelizmente tudo tecnológico hoje em dia gasta uma ENERGIA tremenda, e que em 90% das vezes não vem de fontes renováveis/limpas de produção...

Assim, se eu fosse começar a trabalhar esse seu conceito de "TI mais VERDE", acredito que o primordial seria:

1. Pensar já na fase inicial de como usamos a tecnologia hoje,no sentido de: as fontes renováveis de energia (pois tudo gasta energia hoje)

2. Pesquisar sobre processos de fabricação/reciclagem desses dispositivos eletrônicos, pois ambos os processos poluem muito ou geram muitos resíduos. (um iphone mesmo gera um resíduo absurdo por exemplo)

3. Acredito que só assim seria mais interessante COMEÇAR A FALAR de "TI Verde no cotidiano", pois imagine a hipocrisia tremenda, o seu site estilo “TabNews” rodando em servidor que frita carvão para funcionar rsrs, em um servidor feito de 0% material reciclável, com um plástico específico que possui uma tinta única que produz câncer em peixes, e usando uma tecnologia que foi comprada por alguma BigTech que gera toneladas de resíduos químicos ao ano rsrs

Enfim...fica o questionamento do conceito, mas acho a ideia super bacana sim...

Adorei a ideia! Algo que pode ajudar muito principalmente com descarte adequado. Tenho alguns equipamentos que terei que fazer descarte e até vender alguns deles também, tendo um local onde possa ter ajuda e sugestões de o que fazer é um ótimo passo. Caso precise de ajuda, estou a disposição!