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Uma imagem forte sobre Inteligência Artificial me que chamou muita atenção

O artista Asier Sanz Nieto criou a imagem abaixo e algo me chamou muita atenção:

Inteligência Artificial na forma de um robô lendo livro e desenhando, enquanto seres humanos estão grudados ao seu celular

O que me chamou atenção não foram os seres humanos viciados em seus celulares, e também não foi a Inteligência Artificial ali em formato de robô lendo um livro... o que me chamou atenção foi o robozinho desenhando porque essa imagem foi criada por volta de 20191.

Eu destaco isso porque a primeira versão do DALL-E foi lançada dia 5 de Janeiro de 2021. Inclusive dia 11 deste mesmo mês eu publiquei um vídeo falando sobre ela e nessa época esse assunto meio que era algo místico, no mínimo. Em paralelo, revendo o vídeo agora, eu fiz umas previsões muito interessantes.

E trazendo mais uma referência de tempo, a primeira versão do GPT-3 foi lançada em Junho de 2020.

Então, se eu esbarrasse com essa imagem em 2019 eu sinceramente não sei como eu reagiria, mas é bem provável que eu só conseguiria "ver" o que estava acontecendo com os humanos na foto, de estarem viciados no celular, e não poderia nem próximo de imaginar que em 2 anos seria possível gerar imagens em qualquer estilo através de uma descrição e que para mim está sendo representado pelo robozinho desenhando.

O que me deixa perguntando:

O que não estamos conseguindo ver sobre o que vai acontecer nos próximos 2 anos?

Footnotes

  1. Assumo essa data, pois encontrei essa imagem no post de um blog feito em 2019.

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Pra mim foi um choque o que o Sam Altman, CEO da OpenAI, escreveu no lançamento do DALL-E 2:

"É um lembrete de que as previsões sobre IA são muito difíceis de fazer. Há uma década, a sabedoria convencional era que a IA impactaria primeiro o trabalho físico e, em seguida, o trabalho cognitivo, e talvez um dia pudesse fazer um trabalho criativo. Agora parece que vai ficar na ordem oposta."

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Poder criativo já possui. Vale saber para onde será direcionado este poder. Praticamente não existem leis que limitem a criação num ambiente virtualmente simulado. A IA deve ter liberdade para autoevolução ainda que num cenário controlado?

As simulações são úteis para nos mostrar projeções que, quando bem fundamentadas, revelam situações verídicas no futuro - a previsão do tempo é um exemplo de uma utilidade, mas o que esperar da ideia transmitida na arte deste post. Com o tempo os fatos aparecerão.

Em 27 de junho de 2008 era lançado no Brasil o filme/animação WALL-E (nenhuma relação com DALL-E :) )
No filme, o diretor Andrew Stanton conseguiu relatar a história criada por ele e Pete Docter de uma situação, ao meu ver fictícia, do que era esperado ocorrer com um planeta com semelhanças ao nosso. Após cerca de 7 séculos da evasão, a população na Axiom mostra um comportamento semelhante ao que a imagem desse post apresenta, ou seja, as relações pessoais ocorrem virtualmente: ainda que ao meu lado exista um ser humano, ele é invisível fisicamente. A população é curada por uma inteligência artificial (Auto) que desenvolve um senso de auto preservação ao tentar o possível para não ser desativada. Contudo, são minhas impressões e espero que estejam equivocadas quaisquer semelhanças com nós aqui na Terra!

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Penso que a sensação de acesso fácil ao conhecimento online conduz o cérebro para o modo "baixo consumo": "o conhecimento está ali, não preciso armazená-lo, apenas criar um ponteiro para o mesmo é suficiente".

Baseando-se na avaliação de habilidades mentais, verbais e lógico-matemáticas, um ser que não carrega consigo o conhecimento consolidado pode estar fadado a receber um baixo índice de QI (Quociente de Inteligência) quando aferido. Provas não são com consulta.

Ainda que algumas provas permitam consultas, visam avaliar a capacidade do indivíduo lidar com o aprendizado acumulado, experimentado, aplicado às diferentes situações da vida ou do contexto em que se insere. Não terceirize suas memórias...

Se todo conhecimento disponível fosse limitado ou eliminado, o que eu, como indivíduo, poderia contribuir como backup para as próximas gerações? No filme O Livro de Eli o autor revela uma situação hipotética, em que a literatura impressa tem seu valor reconhecido. O raro só tem valor porque o é.