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Rafael, publicação extremamente bem formatada! Que conteúdo sensacional de ter aqui no TabNews, muito obrigado por trazer isso aqui!

Em paralelo, a humanidade entrará numa fase de confusão máxima sobre a influência das inteligências artificiais participando de trabalhos que até então eram exclusivos de pessoas, ou pessoas criativas.

E não quero entrar na discussão sobre o que é criatividade, ou o que faz um humano um humano, mas tenho uma crítica sobre notar que essa discussão virou um "moving target", ou seja, o alvo está se mexendo conforme o assunto está evoluindo. Por exemplo, no passado era inconcebível usar um computador para gerar arte de verdade, e daí artistas digitais surgiram e provaram o contrário, movendo o alvo. Depois era inconcebível um computador gerar artes digitais por conta própria, seja imagens realistas, desenhos, artes abstratas... e daí foi inventado o DALL-E e Stable Diffusion e o alvo se moveu de novo. Agora não sei se vocês notaram, mas o alvo está em "então uma I.A. não sabe o que gerar de texto/input" ou algo próximo disso. E agora fica a nossa escolha do quão surpreso a gente vai querer ficar quando inventarem (ou não) uma I.A. que produz os melhores inputs vistos na história e que geram as maiores reações nas pessoas dado ao contexto que essa criação está envolvida.

Em paralelo, há outro moving target que é não considerar como arte resultados obtidos por I.A. porque isso me lembra a briga que existiu no passado quando a câmera fotográfica foi inventada. No passado, a única forma de "tirar uma foto" era através de uma pintura feita por um humano, gastando horas e horas para, por exemplo, desenhar um retrato de alguém de uma forma realista, ou uma paisagem. Isso durou até o momento em que a máquina fotográfica foi criada, reproduzindo de forma automatizada e "artificial" um retrato ou paisagem. Um mero "click" na câmera e você tem um retrato. Imagina a reação que artistas do passado tiveram sobre essa tecnologia, e não é de se surpreender que muitos consideravam que "fotografia não é arte", que é algo falso. Imagina agora falar isso para um fotógrafo nos dias de hoje que interessante que vai ser.

Bom, não sei se estou sendo muito duro na minha opinião e fico 100% aberto a ser corrigido, é que eu fico um pouco preocupado com as pessoas movendo o alvo e se frustrando com isso, sendo que vai acontecer o que for acontecer e fica a critério de cada um querer ou não se preparar e domar a situação (para tirar algum retorno disso), versus ficar sendo pego de surpresa e ficando para trás.

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Em paralelo, há outro moving target que é não considerar como arte resultados obtidos por I.A. porque isso me lembra a briga que existiu no passado quando a câmera fotográfica foi inventada.

Conforme eu lia seu texto, me lembrei disso também, por causa da notícia Obra produzida pela IA Midjourney venceu uma competição de Artes Digitais.

Eu acredito que, conforme a humanidade e a tecnologia evoluem, os conceitos de bom/bonito/ético também mudam. Por exemplo, usar uma IA para produzir uma arte digital é tão diferente de usar um software para fazer a mesma coisa?

Eu gosto de pensar em usar o que está disponível para nós. Ao invés de pensar "essa IA quer roubar meu emprego", porque não tirar proveito disso para produzir algo melhor? Também faz parte do mundo profissões deixarem de existir e surgirem novas. Quando eu nasci, essa profissão já não existia:

Três fotografias diferentes, em preto e branco, da esquerda para a direita: uma pessoa com um varão cutucando uma janela; uma pessoa com uma bengala na aldrava da porta; uma pessoa cuspindo para cima, provavelmente para uma janela
Profissão de "despertador humano"

E, uma frase que me chamou muita atenção no anúncio foi "Adicionando criatividade extra ao seu vídeo", na parte de "Crie variações do seu vídeo baseado no original". Essa foi uma das coisas que eu buscava enquanto testava o DALL-E: ampliar minha criatividade, gerar imagens para saber se realmente seria algo legal aquilo que estava nebuloso na minha cabeça.