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Não vale a penas ser senior no BR?

Tenho percebido que diversos desenvolvedores sentem que alcançar o nível sênior no Brasil não traz os benefícios esperados, como reconhecimento adequado, remuneração compatível ou oportunidades de crescimento. Quais fatores vocês acreditam que contribuem para essa percepção no mercado brasileiro? Como podemos melhorar a valorização dos profissionais seniores e quais estratégias podem ser adotadas para tornar essa etapa da carreira mais vantajosa no Brasil?

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(Falando do ponto de vista de alguém que se sente valorizado sendo sênior no Brasil)

É realmente bem difícil se sentir valorizado comparando com o salário de fora. Esse é o motivo. Em outras profissões é mais difícil comparar com o salário de fora porque é mais difícil (normalmente impraticável) trabalhar pra fora.

O peso dado a oportunidades costuma ser muito maior pro lado do dinheiro. Eu chutaria algo como:

Dinheiro > Oportunidade de Crescimento (financeiro ou não) > Ambiente > Aprendizado

Aprendizado e Ambiente são coisas que variam muito de empresa pra empresa, vai ter ruim e bom aqui e lá fora.

O dinheiro trabalhando pra fora é muito maior na média. Um pleno trabalhando pra fora pode (e normalmente ganha) ganhar mais que um sênior bem valorizado no Brasil.

Pra um sênior bem valorizado no Brasil, as oportunidades de crescimento em uma mesma empresa são bem baixas (ou ele vai virar principal/staff engineer, tech lead ou gerente, e isso provavelmente não vai dobrar o salário dele). Já pra um pleno trabalhando pra fora, ainda tem muito pra onde crescer.

Dado tudo isso, não penso que o desenvolvedor seja menos valorizado que a média das profissões no contexto nacional, a diferença é que a gente tem motivo pra se comparar com o mercado internacional.

Como resolver isso?
Em um contexto micro, a cultura da empresa e o ambiente contam muito, mas eu diria que algo que poucas empresas fazem no Brasil e poderia ser mais comum é stock options. Você mantém o programador porque ele acredita que aquele pedacinho de empresa dele vai valorizar. Bônus ajuda também.

Em um contexto macro:
Não tem outra forma sem ser valorizar a nossa moeda.

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Um senior ganha por volta de 15 mil? Pouco mais, pouco menos? São 7 vezes mais que o salário médio do brasileiro.

Dá pra viver bem. Não ser rico, mas ter as contas pagas, teto, comida , algum conforto e a chance de se planejar.

Olhar para a gringa é automutilação, pq com um dólar a 6 reais (e contando), essa distância só aumenta.

Mas eu acho que a coisa é muito mais sobre expectativa vs realidade. Quem aqui nunca ouviu a famigerada frase: "TI da dinheiro!" da boca de algum parente ou em alguma matéria do Jornal Hoje?

Às vezes a gente entra nessa achando que vai ficar rico, mas é só mais um serviço técnico, que até que paga muito bem pelo que se propõe, mas não é a mina de dinheiro que dizem...

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Cara, creio que não compensa trabalhar como dev para uma empresa BR. Desenvolvedores aqui não tem reconhecimento, e muitas das empresas não possuem um planejamento adqueado para se trabalhar.

Quando digo planejamento, digo da metodologia xtreme go horse, onde quando se vai desenvolver um sistema, não há planejamento. Apenas "codando no freestyle", o que faz com que os devs criem mais bugs do que features.

E muitas empresas pagam muito pouco para desenvolvedores. Exigem milhares de tecnologias no currículo para oferece no máximo 3k. E muitas das vezes, as descrições das vagas não são feitas por pessoas da área.

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Qual é a vaga que você está falando? E qual vaga de fora está falando? Sem isso, a questão sequer faz sentido.

Ou vai me dizer que voê só está oilhando a sua experiência ou de outras pessoas como você, e não nunca viu a realidade lá fora?

Gostei do uso da palavra "percepção". O ser humano é prógido em tê-la afetada por diversos viéses. E no Brasil é pior. Talvez por isso no Brasil pode não ser tão fácil arrumar vagas boas. Em primeiro lugar precisamos olhar para o espelho de forma crítica e sem viés. É difícil, eu admito.

Nós podemos melhorar a nossa valorização, e quem sabe alertar para outros fazerem o mesmo. Eu tento fazer da forma que eu posso, não sei se sou competente nisso. Eu diria que não, mas também não posso me culpar totalmente, eu olho o todo e vejo muitos problemas que não tem o que eu possa fazer. Eu não vou atingir a pessoa que já tem um viés muito ruim arraigado. Eu posso me responsabilizar e entender que eu não faço da melhor forma para quem está nessa situação.

Eu não vejo pessoas experientes, que eventualmente esteja em um cargo com título de sênior, costumem ser pouco valorizadas, ainda que isso possa ocorrer aqui e ali. Eu vejo muito pessoas que acham isso justamente porque ela não tem esse valor todo, e tem essa visão equivocada que cria as circunstâncias para ela não ser valorizada. A pessoa precisa mudar isso.

Ainda não é algo que você deva se preocupar. Mas para te fazer pensar um pouco eu fiz algo que questiona várias coisas e te dá alguns insights que eu espero alinhe melhor o seu conhecimento sobre isso: https://www.tabnews.com.br/maniero/faq-do-programador-perdidao


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

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Primeiramente obrigado pela contribuição! Seu post "Faq programador perdidão" me deu muitos insights bacanas.
Vamos lá...
Sei que a questão da valorização é muito individual, como qual estado mora, é capital?
é cidade de interior? Quanto tempo estou na mesma empresa?
Atualmente trabalho como desenvolvedor pleno o e tenho aplicado para vagas de senior. E tenho tido propostas de até 50% do que ganho como pleno???? oi??
Sendo que ganho a media salarial pleno no BR?

Adminto que estou usando apenas minha experiência como parametro e entendo que isso varia de empresa para empresa.

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Creio que você está analisando com dados incorretos ou conhece seniores fracos. Quando abri minha empresa em 2020 deixei um salário próximo a 25mil, eu ja era sênior desde 2015. Pra mim estava bom, mas nao dava mais para fazer as duas coisas, então, de forma certeira resolvi seguir o caminho próprio.