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Concordo plenamente — e no Brasil, o desenvolvimento low-level está mais vivo do que nunca, mas mudou de endereço. Hoje, quem mais emprega devs de C, C++, Rust e Assembly não são empresas de software, mas gigantes da engenharia:

  • Embraer: Centenas de devs escrevendo código para sistemas embarcados de aeronaves. Cada turbina, sistema de navegação e controle de voo é um computador com software low-level.

  • Stellantis (Fiat/Jeep): Carros modernos têm mais de 100 milhões de linhas de código. ABS, injeção eletrônica, freio autônomo — tudo roda em microcontroladores programados em C.

  • Agronegócio: Tratores autônomos da John Deere, sistemas de irrigação IoT. Até um pivô central tem seu firmware customizado.

A revolução silenciosa é que todo dispositivo que liga/desliga é um computador. E nesses computadores, low-level é rei. A diferença? Quem domina essas linguagens hoje não são só cientistas da computação, mas engenheiros mecânicos, eletrônicos, mecatrônicos — gente que entende o hardware tão profundamente quanto o software.

E aqui está o paradoxo: enquanto a computação "pura" migra para abstrações altíssimas (Web, LLMs), a computação real — aquela que faz aviões voarem e carros frearem — ainda depende de quem sabe manipular registradores e otimizar loops em Assembly. Ainda bem.

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