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Valorizem os devs low-level

Um dia eu refleti atualizando meu linux e pensei em todos os devs low-level, que programam em C, C++, Rust e até Assembly. Eu tenho grande admiração por esses devs, eu aprendi a programar em C e foi um simples programa que soma matrizes que me fizeram entrar em programação.

Eu sei que essas linguagens low-level são um pouco assustadoras e realmente elas carregam grande responsabilidade em Sistemas Operacionais, drivers, GPUs e diversos sistemas embarcados que com certeza você usa, mas nunca pensou nos devs que estão por trás de tudo isso.

Eu gosto muito de ver histórias de profissionais que trabalham nessa área, então se você é dev low-level, compartilhe sua experiência nos comentários e muito obrigado por você existir!

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Concordo plenamente — e no Brasil, o desenvolvimento low-level está mais vivo do que nunca, mas mudou de endereço. Hoje, quem mais emprega devs de C, C++, Rust e Assembly não são empresas de software, mas gigantes da engenharia:

  • Embraer: Centenas de devs escrevendo código para sistemas embarcados de aeronaves. Cada turbina, sistema de navegação e controle de voo é um computador com software low-level.

  • Stellantis (Fiat/Jeep): Carros modernos têm mais de 100 milhões de linhas de código. ABS, injeção eletrônica, freio autônomo — tudo roda em microcontroladores programados em C.

  • Agronegócio: Tratores autônomos da John Deere, sistemas de irrigação IoT. Até um pivô central tem seu firmware customizado.

A revolução silenciosa é que todo dispositivo que liga/desliga é um computador. E nesses computadores, low-level é rei. A diferença? Quem domina essas linguagens hoje não são só cientistas da computação, mas engenheiros mecânicos, eletrônicos, mecatrônicos — gente que entende o hardware tão profundamente quanto o software.

E aqui está o paradoxo: enquanto a computação "pura" migra para abstrações altíssimas (Web, LLMs), a computação real — aquela que faz aviões voarem e carros frearem — ainda depende de quem sabe manipular registradores e otimizar loops em Assembly. Ainda bem.

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Eu uso C++ até hoje em minha empresa, a Ubook, em nossos aplicativos mobile.

O C++ me permite compartilhar o código escrito em todos os nossos apps, mesmo em plataformas diferentes, reduzindo o tempo de desenvolvimento com uma equipe bem mais enxuta.

O projeto que usamos é o Nativium:
https://github.com/nativium/nativium

E a evolução dele, que é para onde pretendemos migrar é o XPLPC:
https://github.com/xplpc/xplpc

O C++ é feito para ser rápido e energéticamente eficiente, segundo o próprio criador, o que é perfeito para mobile.

Não atoa, o Google investiu muito para suporte do C++ em sua IDE, o Android Studio e a Apple está cada vez mais adicionando suporte ao C++ direto via Swift sem passar pelo Objective-C.

Sem falar dos grandes motores (engines) de criação de jogos, como a Unreal, que tem suporte nativo a C++ que se integra facilmente com a IDE:

Resumindo, o C++ é bom demais.

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Meu pai durante muitos anos desenvolveu o sistema operacional na Leucotron, que fabrica PABX em Santa Rita do Sapucaí - MG. Programava em C e Assembly. O velho tem muitas histórias e muito conhecimento em programação low-level.

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Minha primeira linguagem também foi C! Aprendi no curso técnico de mecatrônica para podermos programar microcontroladores. Me lembro como se fosse ontem, poder definir comandos e dizer quais luzes iriam piscar era simplesmente mágico!

Também foi responsável por abrir a minha primeira porta na área, em um projeto de extensão, onde tive a oportunidade de estudar cada vez mais e também compartilhar esse conhecimento com outros jovens.

Até hoje faço projetinhos com microcontroladores para matar a saudade, inclusive estou trabalhando em um para captação de temperatura, umidade e armazenar em um servidor. Tenho planos de futuramente abrir o projeto para que todos possam configurar sensores, enviarem para meu servidor e consigam monitorar o que quiserem

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Eu usei bastante C ano passado pra desenvolver um projeto pessoal (um despertador luminoso que se comunica com um aplicativo no celular, que eu também desenvolvi). Software low-level é bem mais legal do que parece. Mas de fato é um trabalho intenso, você tem que gerenciar muita coisa por conta própria, e debuggar não é lá tão fácil.

Eu cheguei até a aprender engenharia elétrica e mandar fabricar algumas PCBs (circuitos impressos) lá na China. Eu usei Wi-Fi pra sincronizar o relógio interno e Bluetooth pra comunicar com um aplicativo que eu desenvolvi em swift. Eu aprendi muita coisa fazendo esse projeto!

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O maximo que ja fiz fou widgets, para o KDE Plamas, efeitos para o Kdenlive, extensão pro blender eheheh, chega nem perto do que os caras fazem!! Agente so trabalha na nata do leite ehehehe

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C foi minha primeira linguagem de programação e até hoje eu estudo, faço projetinhos e resolvo questões sempre que posso. Tenho muita vontade de trabalhar usando essa linguagem, onde aprendi desde conceitos básicos como loops, condicionais e funções até conceitos mais avançados como apontadores/ponteiros estruturas de dados e algoritmos de ordenação. Hoje em dia costumo dizer que aprender a programar em C é que nem aprender a dirigir em carro velho: é difícil, mas você aprende bem tudo que é essencial e quando vai dirigir um mais novo fica bem mais fácil de pegar o jeito.

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Acham que ainda é viável entrar no mercado de desenvolvimento low-level mesmo sendo iniciante? Creio nunca ter visto vagas para desenvolvedores C ou Rust júnior, por exemplo.