Desvendando o Futuro do Desenvolvimento Web: No-Code/Low-Code?
No mundo do desenvolvimento web, muitas vezes nos encontramos presos em um ciclo vicioso de complexidade crescente. Em uma postagem anterior, propus que o desenvolvimento web deveria ser mais parecido com a arte do que com a programação tradicional. Hoje, quero expandir essa ideia considerando seriamente a possibilidade de um futuro "no-code / low-code".
A ideia não é tão futurista quanto parece. Na verdade, já estamos vivendo esse presente com o WordPress - uma plataforma low code extremamente bem-sucedida - alimentando mais 40% dos sites na internet segundo dados da W3Techs. O WordPress começou como uma simples plataforma de gerenciamento de conteúdo (CMS) para blogs, mas ao longo dos anos evoluiu para muito mais do que isso. Hoje, graças à sua arquitetura modular e à enorme comunidade que o apoia, ele se transformou em uma ferramenta poderosa capaz de criar qualquer tipo de site ou aplicação web. Isso prova que as plataformas low code podem ser tanto resilientes quanto poderosas.
Apesar de ser baseado em stack antiga (LAMP), tem sido capaz de adaptar-se continuamente às mudanças no panorama digital ao longo dos anos e continua entregando soluções robustas e funcionais na web moderna, mas é fato que para muito projetos novos os desenvolvedores preferem escolher stack mais 'modernas'.
Muita atenção tem sido dada à codificação frontend nos últimos anos – há até mesmo piadas circulando na comunidade sobre como surge um novo framework JavaScript toda semana! Mas será que todo esse esforço não deveria ter ido para criar soluções no/low melhores?
Hoje existem várias soluções modernas para o desenvolvimento sem código ou com pouco código como Bubble.io, Webflow e Outsystems entre outros; cada qual oferecendo suas próprias vantagens únicas.
Entretanto ainda são poucas as opções abertas completamentes abertas desses tipos ferramenta talvez pela dificuldade técnica associada à sua criação ou manutenção, mas talvez devido ao 'preconceito' associado a estas plataformas?
Concluo este post lançando algumas perguntas reflexão:
- Como podemos superar essa barreira cultural no mundo do desenvolvimento web?
- E se começássemos a treinar nossos designers UX/UI nas práticas 'low/no' code?
- Quais são as deficiencias das plataformas low-code quê precisamos resolver?
E talvez a mais importante: Estamos subestimando o valor real desses tipos plataforma?