Esse sentimento de “saturação” no mercado de tecnologia acontece porque muita gente acaba focando em aprender uma linguagem sem realmente aprender a programar, o que são coisas bem diferentes. Aprender a programar vai além de conhecer a sintaxe de uma linguagem específica; envolve entender como resolver problemas, estruturar o pensamento lógico e criar soluções eficazes. Muitas pessoas acabam seguindo tutoriais e dominando apenas as partes mais básicas da linguagem, mas sem entender o propósito real dos conceitos ou como aplicá-los em diferentes contextos.
Aprender uma linguagem como Python, Node ou Java é só o ponto de partida. O que realmente importa e o que diferencia profissionais é a habilidade de resolver problemas, pensar em algoritmos, e estruturar soluções de forma eficaz. Esses são os fundamentos atemporais da programação, que vão além das ferramentas do momento. O "programador profissional" é capaz de resolver qualquer problema de forma independente da linguagem, runtime, framework, biblioetecas, etc..
Então, o mercado não está saturado para todas as linguagens; ele está saturado para quem apenas conhece a sintaxe de uma linguagem, sem entender a fundo o que significa programar de verdade. Em tempos de GitHub Copilot e outras IA’s que podem gerar código a partir de descrições, aprender apenas a sintaxe de uma linguagem é a parte menos importante na formação de um programador.