Entendendo o cenário da Empresa Júnior, gostaria de compartilhar algumas reflexões s baseadas na minha experiência com outras atividades extracurriculares durante a universidade, mas nunca participei efetivamente de EJ, então posso estar falando besteira.
A questão do desengajamento é complexa e multifacetada. Em primeiro lugar, é essencial que haja clareza nas expectativas e responsabilidades de cada membro. Se eles sentem que suas ações não têm consequências, seja positiva ou negativamente, não se sentirão motivados a se dedicar. Mecanismos claros de feedback são fundamentais. O reconhecimento deve ser genuíno e baseado em critérios transparentes. Estabeleça consequências claras para ações e inações, seja premiações ou até desligamento da equipe.
O "puxão de orelha" deve ser uma ferramenta de aprendizado, não de repressão. Ele deve vir acompanhado de feedback construtivo, direcionando o membro para o comportamento ou resultado desejado. A capacitação deve ocorrer junto ao envolvimento em projetos. Os trainees não estão ali para mais teoria, mas justamente para botar a mão na massa, use isto! Aprender, fazendo!
Inicialmente, faça um levantamento detalhado dos projetos que estão em desenvolvimento na EJ. Identifique quais são as competências e habilidades necessárias para contribuir de forma eficaz para esses projetos e encontre materiais de qualidade sobre o assunto para fornercer aos novatos.
Essa é toda a estruturação que precisa! Assim que aprenderem o básico, integre-os nos projetos. Eles aprenderão mais efetivamente quando tiverem que aplicar seus conhecimentos na prática. Pareie os calouros com veteranos que possuam experiência nos projetos em andamento.
O veterano atua como guia, auxiliando o calouro a navegar pelos desafios do projeto, passando tarefas claras e precisas para os novatos. E ao mesmo tempo, solidificando seu próprio entendimento ao ensinar.
Aqui entra um ponto crucial. Durante minha experiência universitária, percebi que, em determinado momento, apenas alguns veteranos são os pilares que sustentam uma orginazação inteira. Mas é fundamental entender que ninguém vai se dedicar por muitos anos a uma atividade extracurricular. É essencial ter planos de sucessão claros.
Desde o início, os novatos devem ser vistos como futuros líderes. Deve-se investir e nutrir aqueles que demonstram capacidade e vontade. Após um período inicial, é vital dar total responsabilidade e autonomia para esses membros e avaliar se eles entregam.
Se entregar, ótimo; se não, é hora de repensar e buscar o próximo. Lembre-se: sua última responsabilidade, após anos de dedicação, é encontrar um sucessor à altura. Se não houver alguém no seu lugar quando você sair, todo o seu esforço terá sido em vão.
Fixe essas mentalidades na comunidade e tudo vai ficar bem!