Isso é tão legal. Obrigado pela seleção. Creio que já vi esses antes, mas sempre é refrescante... O que acho mais incrível, no entanto, é a própria exposição de Paris. Antes da globalização e bem antes do mundo hiperconectado as pessoas realmente tinham que se reunir, viajar e esperar todo ano para ter a chance de saber o que estava acontecendo em outros lugares. É tão louco.
Da mesma forma que era difícil para eles terem qualquer ideia do que nós iríamos fazer, para nós, enquanto sabemos exatamente como era o século XIX, é igualmente difícil imaginar, mesmo, como realmente era...
A evolução é, por natureza, exponencial; nossas tentativas de prever os próximos cem anos desviarão muito mais da realidade, do que estas artes, mas ainda assim, podemos acertar muita coisa.
Por mais que não existissem as tecnologias que hoje consideramos indispensáveis, as bases já haviam sido estabelecidas. Mesmo que não houvessem carros, o motor a combustão já era uma realidade; não existiam computadores, mas a álgebra de Boole e relés já eram conhecidos. Nada surge do vácuo. Nada se cria, tudo se copia.
Os fundamentos da matemática, que um dia darão suporte às ultratecnologias do futuro, já estão entre nós — provados e, em muitos casos, reconhecidos com Medalhas Fields. Há uma teoria robusta que aponta que a matemática pura está alguns séculos à frente da engenharia.
As especulações sobre o futuro, a prática de prever o futuro, não precisa ser conversa de fantasia, mas pode ser baseada em bases científicas e analíticas. Ray Kurzweil, em particular, destaca-se por sua abordagem quase profética. Desde a década de 80, ele tem feito previsões surpreendentemente precisas sobre desenvolvimentos tecnológicos, incluindo inteligência artificial, realidades virtuais imersivas e muitas outras inovações que pareciam ficção científica na época em que foram previstas. Para 2034, Kurzweil prevê avanços que muitos ainda podem considerar fantásticos, como a ampla aplicação da nanotecnologia na medicina, a possibilidade de carregar conteúdos diretamente para o cérebro, entre outros. Essas previsões, dada o historico de Kurzweil no passado, devem ser levadas muito a sério.
Bill Gates, por sua vez, fornece outro exemplo notável de previsão tecnológica precisa. Em seu livro "A Estrada para o Futuro", publicado nos primeiros anos da década de 90, descreve com extrema precisão o smartphone moderno, destacando não apenas suas características técnicas, mas também o papel essencial que desempenharia na vida cotidiana de todos. Embora não tenha sido uma previsão para 100 anos no futuro, estava certamente mais de uma década à frente de seu tempo..
Essas artes, nos lembram que, embora seja impossivel prever o futuro em todos os aspectos, há padrões e tendências que, se bem interpretados, podem nos dar uma janela para as maravilhas que o amanhã vai trazer.