É crucial reconhecer que a educação universitária vai além do aprendizado técnico, especialmente no campo da programação e ciência da computação. Como apontado em "The Pragmatic Programmer", (um ombro gigante) ser um programador é, em parte, ser um ditador. Então seja um ditador benevolente, empático, consciente e responsável. Neste contexto, disciplinas como sociologia e filosofia, muitas vezes vistas como meros enchimentos de currículo, são, na verdade, fundamentais.
Essas matérias, que podem parecer distantes da realidade prática de um programador, na verdade, moldam a forma como entendemos e interagimos com o mundo. A capacidade de criar código que pode, literalmente, construir ou destruir, não pode ser desvinculada da compreensão ética e social desses atos. Não se trata apenas de aprender a usar o código para fazer bombas nucleares, mas também de aprender por quê não fazê-las.
Uma boa universidade, seja ela federal, particular ou até mesmo uma "Uniesquina", tem o dever de preparar seus alunos não só para fazer software, mas para usar o software para melhorar a sociedade. Um programador deve usar seu conhecimento técnico combinado com uma sólida compreensão ética e social para impactar positivamente o mundo.
Desvalorizar áreas do conhecimento como filosofia e sociologia é ignorar uma parte fundamental da formação de um profissional completo. Afinal, o código não existe no vácuo. Devemos aspirar a ser programadores que não apenas dominam a linguagem das máquinas, mas que também entendem a linguagem da sociedade.