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É crucial reconhecer que a educação universitária vai além do aprendizado técnico, especialmente no campo da programação e ciência da computação. Como apontado em "The Pragmatic Programmer", (um ombro gigante) ser um programador é, em parte, ser um ditador. Então seja um ditador benevolente, empático, consciente e responsável. Neste contexto, disciplinas como sociologia e filosofia, muitas vezes vistas como meros enchimentos de currículo, são, na verdade, fundamentais.

Essas matérias, que podem parecer distantes da realidade prática de um programador, na verdade, moldam a forma como entendemos e interagimos com o mundo. A capacidade de criar código que pode, literalmente, construir ou destruir, não pode ser desvinculada da compreensão ética e social desses atos. Não se trata apenas de aprender a usar o código para fazer bombas nucleares, mas também de aprender por quê não fazê-las.

Uma boa universidade, seja ela federal, particular ou até mesmo uma "Uniesquina", tem o dever de preparar seus alunos não só para fazer software, mas para usar o software para melhorar a sociedade. Um programador deve usar seu conhecimento técnico combinado com uma sólida compreensão ética e social para impactar positivamente o mundo.

Desvalorizar áreas do conhecimento como filosofia e sociologia é ignorar uma parte fundamental da formação de um profissional completo. Afinal, o código não existe no vácuo. Devemos aspirar a ser programadores que não apenas dominam a linguagem das máquinas, mas que também entendem a linguagem da sociedade.

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A Universidade tem essa missão de transformar o estudante em um cidadão. Precisamos de pessoas que além da profissão, temham uma visão crítica da sociedade. Estudar só conteúdos técnicos faz com que os alunos se alienem aos desafios/problemas trazidos pela sociedade e se tornem alvos fáceis de se manipular
Desde as revoluções industriais existe um esforço para direcionar o currículo para um aprendizado voltado para interesses corporativos que querem profissionais orientados a tarefas, tipo linha de produção, sem se preocupar com a criatividade e o desenvolvimento humano. Temos que lutar por um ensino transformação e não um ensino de alienação. Antes de estudantes, somos cidadãos.

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Não estou dizendo que sociologia ou filosofia são inúteis, estou falando das matérias que EU tenho. Em resumo, o professor não quer dar aula e os alunos não querem estar ali, além de que o conteúdo é horrível, totalmente nada a ver.

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Em resumo, o professor não quer dar aula e os alunos não querem estar ali, além de que o conteúdo é horrível, totalmente nada a ver.

mas não é assim com muitas disciplinas tecnicas fundamentais também, inclusive nas melhores universidades?

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Tive aula de filosofia com um padre na faculdade. Foi simplesmente uma das melhores matérias que tive em todo o curso.