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O @VictorManhani foi muito bem nas palavras. Ele levantou pontos muito bons.

Do meu lado, eu digo que você tem uma posição privilegiada. DevOps é uma área que cresceu muito nos últimos anos e tem pouca gente qualificada. Talvez você não esteja motivado o suficiente. Ou talvez isso não seja pra você.

Eu tenho um primo que começou a trabalhar como dev a mais tempo do que eu e ele tá com esse mesmo sentimento que eu sei. Ele entrou como Trainee e agora é Júnior. Ele tá estagnado. Está vendo os colegas de trabalho subiram na empresa e ele não. Pelo o que conheço dele, certamente ele tá entregando o mínimo necessário. Certamente, gasta mais tempo com vídeo game do que se aprimorando profissionalmente. Ele trabalha como Front-end usando Angular. Já falei várias vezes que se ele pegar um Spring da vida (ele começou com Android, então já manja Java), rápido consegue uma vaga de Full-stack. Spring + Angular é o que mais tem vagas por aí, inclusive na gringa.

Ainda falando desse primo, o problema é conforto. Mesmo estagnado, tá confortável. Mora com o pai, é solteiro, não tem filhos e ganha razoável pra esse estilo de vida. Como uma vida assim, fica fácil cair na armadilha do comodismo.

Se tiver coragem, mude de área. Mas não aconselho. Nada garante que você não volte daqui a 1 escrevendo as mesmas coisas, só que agora trabalhando com Swift. Se você seguir o que o @VictorManhani falou, independentemente da área de atuação, você será destaque.

A partir daqui é só o falando de mim e parafraseando o @VictorManhani, então é opcional.

Na maioria das vezes tentei fazer o meu melhorn(obviamente, não serei falso em dizer que sempre). Sempre que possível, tento me aprimorar no que eu já sou bom. Sempre tentei ser protagonista. Sempre que possível (conhecendo minhas limitações) assumia as pepinos. E quando eu não sabia de algo, falava que não sabia e perguntava para alguém mais experiente como fazer. Claro, algumas coisas são mais difíceis de aprender. Então ter alguém de apoiando (no seu caso, o antigo líder) pra você perguntar uma segunda vez pra ter certeza que está fazendo certo é, sem dúvida, algo que te empurra pra cima. Mas não abuse. Buscar por si só também é uma habilidade. Dessa forma, você fica mais independente. Dito isto, foi assim que virei referência onde passei. Nesta terceira empresa, não está sendo diferente. O que me deixou pra trás foi não ter inglês avançado. Então eu poderia ter assumido um papel de mais destaque no time, já que o projeto é para um cliente gringo. Em contra medida, estou me dedicando aos estudos. Estou fazendo pós graduação, estudando inglês e estudando a stack nova.

"Quem não é visto, não é lembrado"

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Muito obrigado pelas palavras Caua, pode ter certeza que eu vou levar tudo que você falou em consideração além de concordar com o que você falou. Eu costumo me enganar (ou não) dizendo que se eu for para outra empresa, vou me renovar e ver se realmente gosto do que faço, mas cada vez mais estou começando a achar que o problema está na forma como eu estou lidando com as coisas e se eu não mudar isso, vou fazer o mesmo em todas as outras empresas que eu por ventura venha a entrar.

Mas eu sinto que eu to precisando de um refresh sabe, tirar minha cabeça do que eu to fazendo agora e estudar, aprimorar e realmente ser bom em algo e ter orgulho do que eu faço, já que atualmente, estou totalmente o contrário do que eu gostaria de estar.

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Meu irmão dizia pra mim quanto a carreira "mais importante que saber o que tu fazer é saber o que tu NÃO quer fazer".

Relendo sua publicação, vi que você caiu na área de devops por uma dica do seu professor. Eu fui pra área de Geofísica, porque meu irmão era da área. Ganhava bem, trabalhava 40x20 (40 em selva e 20 em casa) e depois que trabalhou em plataforma era 15x15. Mas depois descobri que não era exatamente o que eu queria. Mas fui continuando. Gostava de exatas, principalmente de cálculo, que fui monitor diversas vezes.

Hoje trabalho com programação. Programação não é o meu amor, na verdade é música. Mas é aquilo. É melhor você fazer algo que tu goste 80%, mas que te traga conforto, do que fazer algo que tu goste 100% e não tenha segurança no futuro. É aquilo "Salário emocional não paga boletos".

Aqui vai um trecho bem longo (opcional)

Lá pro final do curso acompanhei disciplina de cálculo númerico, que eu já tinha feito, se que agora com o pessoal de computação. Eu tinha feito com Scilab. Very easy. Lá que eu vi como é Implementando em linguagens distintas (Java, C++ etc). E não foi um copia e cola do script que o professor mostrava na tela, como foi na minha turma. O pessoal da computação fazia na unha mesmo. Foi aí que comecei a me interessar por programação e comecei a tentar aplicar programação nos problemas de modelagem geofísica etc.

Depois fui fazer mestrado em Natal (cidade boa, saudades) em Engenharia de Petróleo pra trabalhar com dados sísmicos do pré sal. Uma empresa pagava minha bolsa, que era melhor que o valor pago pelo Governo (CAPES). Eu nem falei, mas eu já tinha uma filha e acabou de começar o mestrado descobri que minha esposa estava grávida novamente. Minha filha filha nasceu no boom do Covid (abril de 2020). Eu comecei a pensar sobre meu futuro. Eu ia terminar meu mestrado, ia pro doutorado com um valor de bolsa bem melhor, mas e depois? Concurso pra professor? Tentar um pós doutorado? Parecia uma coisa incerta. E via o pessoal falando que tava ganhando dinheiro programando. Meus primos estavam trabalhando, CLT e tendo plano de saúde (algo essencial já que tinha duas filhas)

Eu já gastava meu dia programando. Então conversei com a minha esposa sobre largar o mestrado e virar desenvolvedor web. Fizemos empréstimo para nos manter lá (ainda bem que Natal tem baixo custo de vida) e em 3 meses consegui uma vaga como Full-stack. Depois de 6 meses, um amigo me indicou pra uma excelente vaga para trabalhar para a Samsung, mas eu teria que mudar pra Manaus. Cara... Insano os benefícios e salário, mesmo sendo JR. O plano de saúde de Bradesco Nacional com direito a apartamento, até para dependentes. Só isso já me ganhou. Eles pagaram tudo, até viagem, hotel e até meu aluguel (durante 6 meses). Fiquei 1 ano nessa empresa (até porque era o mínimo por contrato).

Mensagem final

Como eu havia dito na outra mensagem, você tem uma posição previlegiada. Está na era de TI que tem várias ramificações (e aqui vai linkar com o trecho longo e opcional que escrevi acima). Se você tivesse em outra área talvez a transição seria bem mais difícil (se leu o trecho opcional, verá que eu tive sorte de conseguir algo em apenas 3 meses, afinal eu já programava). Mas tenha certeza da sua mudança.

Eu fui monitor diversas vezes, então ensinar faz sentido pra mim. Obviamente, só vou ensinar algo que tenho certo domínio. Então tente fazer isso. Tente ensinar o que você já sabe. Escreva artigos, compartilhe no Linkedin. Ou por exemplo tem sempre aqueles eventos de imersão em devops (Tem o Jornada DevOps de Elite, que acho que tá rolando na próxima semana; Tem o do Cloud Upper sobre AWS). Tem o discord desses eventos. O pessoal sempre fica perdido com alguns fundamentos. Tente ajudar essa galera.

Se você quiser avançar na carreira, saber se comunicar é um ponto importante. Então entender e ser entendido é a chave. Eu vejo essas sugestões como algo que contribui para essas habilidades. Então ensinar pode te dar uma melhor impressão se você realmente gosta daquilo. Afinal, só tentamos ensinar aquilo que temos um certo domínio.

Sobre as 10 entrevistas... "Não faça entrevistas. Ensine o que você sabe". Se você for destaque no que você faz, as conexões chegam a você. Novamente "quem não é visto, não é lembrado". Seja destaque. Seja pratagonista. Assim o mercado não irá te ignorar. Claro que isso irá exigir unicamente o seu esforço. Então prepara-se.

Se com isso tu realmente tu ainda se se sente que tá no lugar errado, aí sim tu tentar migrar para outra coisa. Se for o caso de migrar, faça como falei acima. Seja destaque. Seja diferente. Do contrário, nada garante que daqui a 1 ano você não volte aqui pra falar novamente sobre sua frustração.