Milton Santos, grande geógrafo brasileiro, chama essa nossa era de meio técnico-científico-informacional. A atual fase do capitalismo utiliza do meio técnico-científico-informacional para gerar a mais valia necessária para o acúmulo de capital. Logicamente que o setor de tecnologia/programção é um dos primeiros a sofrer os efeitos (positivos e negativos) do capitalismo.
Quanto à jornada de trabalho, sempre crescente, é facilmente explicado pela mais valia. O capitalismo enrriquece se apoderando do excedente de produção realizado pelo trabalhador. Se a empresa paga R$ 5.000,00 para o empregado por uma jornada de trabalho de 40h semanais, é porque ele produz bem mais do que o valor de seu salário. Assim, quanto maior o tempo de trabalho mais valia a empresa se apropia, sem a necessidade de reajustar o salário do empregado.
Muitos profissionais só percebem isso na pele, pois ignoram disciplinas da área da formação humana (filosifia, sociologia e outras que geram softskills importantes) se deticando apenas aos conhecimentos técnicos. Acabam por si tornarem profissionais alienados volutariamente.
Sou formado em agronomia e em licenciatura em geografia, foi nesta última que aprendi a ler o mundo (como diria nosso patrono da educação Paulo Freire). Estou fazendo minha 3ª graduação (engenharia de software) e vejo os colegas ignorarem as disciplinas de humanidades. Serão os profissionais perfeitos para o mercado de trabalho, porém infelizes e limitados.
Em resposta a Contradições do tecno-capitalismo
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Mais valia foi refutada tem décadas...