Discordo um pouquinho da sua observação. Velocidade de carregamento está mais relacionado a experiência do usuário e outros fatores do que a quantidade de tráfego. Veja bem que uma das principais razões deles eliminarem o React não é sobre “tempo de download dos bundle”, mas tempo de processamento deles. Isso é bem diferente.
React aumentar o LCP (largest content paint) e o TBT (tempo de bloqueio na renderização inicial) o que pode ser um problema. Pouco tem haver com tráfego, pois tráfego está relacionado ao TTFB (tempo para receber o primeiro byte do servidor). Além disso, isso não é uma estratégia só dos grandes aplicativos, viu?
Hoje em dia, principalmente para empresas que investem bastante em tráfego pago, reduzir o LCP e o TBT é essencial. Isso porque plataformas de anúncios como o Meta Ads ou Google Ads, “punem” landing pages que tem uma velocidade de carregamento baixa. A forma deles punirem é simplesmente forçando a sua empresa a pagar mais pelos lances em anúncios.
Digo isso por experiência própria, uma das minhas especialidades é otimizar a performance para landing pages de anúncios. E a meta é jogar praticamente tudo que der fora. Tailwind, frameworks, etc. Tudo isso é uma porcaria na hora de realizar o processamento em dispositivos móveis. Um bundle de CSS com Tailwind de 30KB pode atrasar o TBT da sua página em 600ms, por exemplo.
Estou dizendo tudo isso para mostrar que (1) decisões assim pouco tem haver com volume de tráfego e (2) essas decisões impactam muito mais na geração de resultados do seu negócio do que muitos desenvolvedores pensam.
Justamente por eu ser bom nesse tipo de coisa tenho um NDA muito forte nos meus contratos, mas um concorrente do meu cliente utiliza React, fizemos o oposto na landing page de anuncio, fiz javascript na unha. Os resultados foram extremamente positivos, ele começou a ganhar lances em cima do concorrente só pela velocidade de carregamento e a landing page não está sequer hospedada nesses lugares de maluco, mas uma VPS de 20 dólares na Vultr com data center em São Paulo. Se fosse pelo tráfego, jamais teríamos feito isso.