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Em resposta a Efeito manada.
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Eu me lembro até hoje do dia que a minha mãe, que trabalhava em um escritório de contabilidade, chegou em casa aos prantos porque a empresa em que ela trabalhava tinha decidido comprar um computador. Ela acreditava que seria substituida pela máquina, e eu, que aprendi a programar LOGO num MSX da minha escola, a convenci de que assim como carros, os computadores precisam de pilotos e que ela deveria se focar em se tornar a melhor piloto de computador em um escritorio de contabilidade que existe. Dito e feito, ela acabou atuando na parte funcional do desenvolvimento de um software de contabilidade que ela veio a usar posteriormente.

A IA é mais uma ferramenta, que obviamente vai acabar ocupando a assumindo tarefas que antes eram realizadas por pessoas, mas que só vai afetar de verdade quem não souber se adaptar ou se reinventar, como a minha mãe fez.

Estou no mercado de tecnologia (ciência da computação) há quase 30 anos já tive de mudar de profissão umas 4 vezes, e não vejo problema algum nisso. Um bom exemplo sobre discuções sobre IA que tenho acompanhado é sobre o que envolve prompt engineering, que é uma diciplina focada na melhor obtenção de resultado em IAs como o ChatGPT3. Assim como tem gente chorando e reclamando, tem gente buscando oportunidades.

Resumindo, o que eu gostaria de compartilhar é que tudo muda e eventualmente alguma coisa muda rápido de mais e que normalmente as pessoas tendem a se focar sempre no aspécto que mais afetam elas sem considerarem outros ângulos ou pontos de vista, o que leva a estagnação e ao fracaço.

Não chore junto, venda lenços!

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Que massa esse pedaço da tua história, nessas mudanças de profissão que tu teve ao longo desses 30 anos, qual a dica que você daria para alguém que está começando também? nivel estagiário como eu, é sempre bom não perder a oportunidade de concelhos. Também sou de Ciência da Computação, me formando ainda.

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Eu também gostei da história do @brahm e gostaria de voltar um pouco mais no tempo pra falar a mesma coisa.

Se a gente voltar lá pros séculos XVIII, XIX, a maior parte da humanidade vivia nas fazendas e trabalhava na produção de comida. Hoje, vários países já tem mais de 70 % da população vivendo em cidades, fazendo coisas antes impensáveis (quem estiver curioso pode conferir a progressão da urbanização no Our World in Data).

Certamente, todo esse progresso deixou muita gente pra trás, e o fato de ter comida pra todo mundo não significa que não exista mais fome. O desafio está em ajudar quem está passando necessidade sem ficar dando trela pra malandro.