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bern
1 min de leitura ·

Sentimento de incapacidade no trabalho (Sindrome do Impostor)

Sindrome do Impostor

Todos os dias no meu trabalho, ainda mais agora que fiz essa transição de emprego em que antes era um mero dev full stack e hoje um DevOps Engineer, não me recordo um dia que consegui passar sem pensar o quão leigo sou para essa área.

Uma dúvida singela, como vocês enfretam esse sentimento no dia-a-dia e se em algum momento alcançaram o nirvana e nada mais o abalaram na área?

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Síndrome do impostor na real é uma doença psiquiátrica séria (ref), que pode provocar uma crise de ansiedade muito grave e levar a pessoa até mesmo ao hospital. É uma visão de mundo que se expande para além do trabalho e faz com que a pessoa tenha uma relação bélica com a vida.

Normalmente o que chamamos de "síndrome do impostor" é apenas medo. Medo do desconhecido, medo de perder o auto-valor, medo de desmerecimento, de perder o emprego, enfim, medo. Vontade de ir ao banheiro. Frio na barriga. Ficar confuso e não saber para onde ir. Não saber como resolver um problema. Não ter a quem pedir ajuda. Ou medo de pedir ajuda. Medo de que pensem mal de nós. Medo de que pensem que somos incompetentes.

Isso é absolutamente normal, em todas as partes da vida, inclusive.

Acho que o medo, no caso de nós que trabalhamos com software, vem de duas origens, sobretudo:

  • do mundo do negócio. Cada nova tarefa é um universo novo que precisamos criar do zero. Transpor o negócio em código exige manejo humano, comunicação, encontros, conversas, explicações, saber perguntar, saber responder.
  • dos detalhes técnicos. A natureza do software é extremamente abstrata e complexa. Sobre isso, vale uma lida nesse artigo aqui. Nós estamos lidando com camadas abstratas e não temos quase que nenhum controle sobre o que está por baixo dos panos. Isso causa medo.

O que deve vir em nosso auxílio é coragem. Coragem diante de um problema técnico, coragem diante de um problema de negócio, coragem ao transpor o negócio em código. Um livro que me ajudou a entender essas questões com mais profundidade (e me acalmou bastante) foi o Extreme Programming Explained, de Kent Beck. No geral, se combate o medo fazendo e estudando.