Contexto

Vislumbre um cenário longe da famigerada "Eu tenho uma ideia pra gente ficar rico, voce desenvolve ela e a gente racha o lucro?"

Para muitas pessoas de fora (eu mesmo até pouco tempo ), acreditava que todo e qualquer desenvolvedor tem a autonomia e o poder de ser o próximo Marck Zuckerberg, com uma ideia inovadora e empreendendo 🧑‍💻. Mas para quem não tem verba inicial de investimento, o empreendedorismo pode ser disfarçado de um CLT sem direitos e em muitos casos com cobranças excessívas.

DISCLEIMER: Estou longe de ter a experiencia e a vivencia, estou analisando sob o ponto de vista de algumas discussões que já participei com pessoas mais experientes, e a ideia é justamente promover a discussão deste tema nesta TAB.

Estamos falando de envolvimento real e parceria de riscos e proventos, porém para profissionais que gostariam de por em prática um projeto e vê-lo ganhar relevancia (e gerando lucro), os seguintes questionamentos surgem :

• Como viabilizar o pagamento do meu próprio salário nos níveis de mercado a curto/médio prazo ❓ (E/ou)
• Como aumentar meu time de forma sustentável ❓ (E/ou)
• Como engrenar o projeto com o tempo hábil atual, evitando que a própria concorrência possa torná-lo enviável ❓

E antes de todo discurso motivacional de que é necessário fazer sacríficios e cocriar os projetos e realizações, o principal ponto é o poder que o acumulo de capital induz na inovação atual. E com isso a engrenagem começa a encaixar nos temas:

1. Altos salários de CLT no Brasil.
2. Quaterização na alocação de profissionais.
3. Plataformas de recrutamento online e Freelance.

E eu gostaria de entender com a ajuda desta comunidade qual é a coerencias destas análises, abaixo:

1. Altos salários de CLT no Brasil

Para quem deseja empreender, contratar um desenvolvedor Senior ou Pleno como CLT é praticamente inviável. Plano de carreira incoerente com a nossa expectativa, tarefas não desafiadores e complemento constante de step da empresa. Além disso, como empreendedor vejo que o custo total nesta contratação desde o envolvimento, período de validação e alinhamento de visões entre a recém nascida empresa e o novo profissional, o risco também é alto.

2. Quarterização na alocação de profissionais.

Aí entra a principal questão que vejo onde o dinheiro por sí só gera mais dinheiro. Vejo muitas empresas que contratam Devs, como PJ inclusive, para alocar em projetos de terceiros, quarterizando a atividade e encarecendo não só o projeto de forma geral mas também a própria operação, eu chamo isso de custo de relação, pois basicamente o valor agregado desta metodologia está em ser vendida uma boa relação entre as partes (segurança e qualidade).

3. Plataformas de recrutamento online e Freelance.

Este cenário é o que se assemelha mais com o possível empreendedorismo, pois nos cadastramos para resolver problemas de projetos reais, com autonomia e gestão própria de tempo. Hoje há muitas plataformas como a Revelo e a GeekHunter que permitem um alto nível nesta relação comercial, o fato é que ainda assim é outra metodologia que inclui também um custo de relação altissímo.

Apenas uma reflexão

Desbravando esses cenários que chegamos na conclusão da controversa relação do poder de empreendedorismo que um desenvolvedor possúi. Faz-se necessário montar um portfólio, manter o github ativo, organizado e atraente, estudo e gerenciamento de risco constante, e ainda assim não temos as rédeas da condução, em muitos casos.

Sinto falta de uma plataforma e projetos como os que já vi sendo falado aqui no TabNews, de cooperação e divulgação gratuita das competencias, para contratantes e contratados, algo que reduza esse custo de relação e valorize pequenos desenvolvedores a arriscarem mais na área!