Sabe do porque não devemos nos comparar aos outros ?
Por uma razão bem simples: Cada um possui o próprio corpo, com mente e histórias diferentes.
E ter essa visão básica, nos ajuda a olhar para si mesmos e ver como podemos avançar, de acordo com as nossas próprias demandas. E assim, perceber que estamos evoluindo, mesmo sem ver !
Vou esmiuçar o conceito para ver se estoura essa visão de mundo em sua vista:
Precisamos de base igual para comparar dois objetos >>>
Quando comparamos valores matemáticos, como se 4 é maior que 5, vemos facilmente que 5 é maior. Porque?
Por que toda a matemática é embasada em mesma base teórica, apoiada na lógica universal. Tanto que dizem que a matemática seria a única linguagem que nós e seres extraterrestres, poderíamos utilizar para começar um diálogo.
Pois então. Voltamos a comparações entre pessoas.
Quais as métricas que poderíamos utilizar que podemos colocar todos numa mesma base e assim, podermos ter um índice concreto que estabeleça quem está na "frente" e quem está "atrás" ?
Uma possível base para comparar humanos >>>
Inventaram o tal teste de QI para isso, onde no passado era amplamente usado para "medir" a inteligência. Este teste busca medir a capacidade de raciocínio lógico da pessoa, classificando numa escala de pontos, o nível que a pessoa se encontra naquele momento do teste.
Todavia, hoje há muitas controvérsias a respeito desse teste, pois "mede" apenas uma de diversas inteligências que as pessoas possuem, fruto de estudos da psicologia que vieram depois. Além disso, de visão que compactuo, nem para entender o raciocínio lógico este teste consegue demonstrar bem. No passado, este teste infelizmente foi usado para justificar politicas eugenistas (que certos povos são menos evoluídos), isto pois não havia um teste justo a todos os povos e sim, favoritismo para os melhores números ficassem aos países ditos, “avançados”. Fica fácil ter bons resultados de educação na Alemanha e piores na Etiópia, pois os estudantes de mesma idade, não possuem a mesma base.
Base. Pega este termo. Essa é a razão básica, que permite fazermos comparações matemáticas, mas que torna inviável fazer comparações de humanos.
Sem base, sem comparação >>>
Visto isso, vemos que quando não temos como colocar dois lados a comparar numa mesma base de igualdade, abre muito espaço para surgirem vieses e justificativas das mais diversas a tentar fazer surgir esta tal base.
É incrível que ela surge de alguma maneira, isto pois está relacionada com lógica básica e está junto a nossa noção de justiça que está lá dentro do nosso neocortex cerebral.
Precisamos de uma base para termos comparação.
Tentativas rotineiras de criar uma base >>>
Todavia, é aqui que erramos até aprendermos que não há como bem comparar.
Comparamos, usando quase que qualquer coisa para nivelar a justificativa:
Amizades: comparando onde cada um hoje está;
Faculdade ou escola: comparando notas e desempenho escolar;
Trabalho: comparando entregas, cargos conseguidos e salários;
E de novo, onde está aqui a injustiça ?
Como temos desde a infância: famílias, amigos, eventos, ações, contatos, sono, estudos, leituras, vídeos assistidos, traumas, focos, sonhos, enfim, tudo num nivel alto de complexidade quase que impossível de ser reaplicado a outra pessoa, chega-se ao ponto que não temos como fazermos uma grande base para comparar a realização pessoal das pessoas.
A base é você mesmo >>>
Esse é o tipo de pensamento que permite sairmos desse senso comum de comparar e assim, partirmos da razão de que, como precisamos de uma boa base sólida para isso, podemos apanas realizar comparações apenas consigo mesmo.
Isto pois podemos comparar a como fomos ontem. A como fomos no mês passado. No ano passado. A 10 anos passados !
E é aqui que sim, incentivo que se compare. Olhe para dentro de si e veja o quanto desenvolveu e em que situação quer chegar.
E comece a desenvolver o autoconhecimento e autoconfiança, que serão sua baliza de ação para te direcionar a toda vida.
Vendo assim onde melhorar, o que realizar, em quanto tempo que necessitar, pois cada um tem suas próprias demandas e caminhos que queira ou precisa seguir (a exemplo quando se tem família).