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[Pensamentos]: Programação primeiramente deve vir por amor a arte e não somente por dinheiro

Olá de novo, vim compartilhar alguns pensamentos que tive sobre programação e sobre a concepção errada de que se tornar programador é pelo dinheiro.

PS: Já vou deixar claro de inicio que sim, trabalhamos por dinheiro. Mas o ponto é a habilidade de programar e não o que acontece no seu emprego.

Programação é uma arte?

Claro que é uma arte, um algoritmo é um conjunto de decisões que quanto convertidos a diagramas pode gerar um gigantesco emaranhado de decisões feito para uma aplicação rodar bem em uma pequena CPU.

Claro que nem sempre escrevemos tudo, mas, vamos considerar esse diagrama gigantesco contendo a lógica de todas as dependencias que precisamos usar praticamente viraria um fractal pois essa dependencia tem dependencias que tem dependencias.

Além disso, enxergamos na programação o mesmo que enxergamos na arte:

  1. Criatividade
  2. Estética
  3. Expressão pessoal
  4. Complexidade e o detalhamento

O código em si é a extensão daquilo que seu programador é. Vide a lembraça do ínicio da comunidade Ruby On Rails onde os primeiros grupos eram basicamente artistas freelancers como Jonathan Gillete. Ou grupos que tentaram melhorar a qualidade do código como o Gang of Four e os primeiros adotantes do Agile (não a versão comercial de hoje, e sim da época que se importavam)


Códigos que mudaram o mundo mas que seus programadores nunca foram mencionados

  1. FFmpeg, Qemu, Tiny C Compiler

Já pararam para se perguntar quem escreveu as primeiras linhas de código desses projetos? Que hoje são usados em tantas empresas que precisam de soluções de virtualização? ou processamento de vídeo? Plot Twist: Foi um homem só seu nome é Fabrice Bellard

  1. vi

E quanto ao vi? que hoje é pai do vim e avó do neovim? já se perguntou quem escreveu suas primeiras linhas? Seu nome foi Bill Joy

  1. Minix

E quanto ao sistema operacional sobre o qual Linux foi desenvolvido? seu criador foi o professor de sistemas operacionais na faculdade em que Linus Torvalds estudou. Seu nome é Andrew Taunenbaum

  1. Apple I

E os desenvolvedor do Apple I que iniciou a Apple. Mas até o nome de seu principal contribuidor e cofundador da Apple foi esquecido. Seu nome é Steve Wozniak


Conclusão

Muitas vezes as pessoas entram na programação vindo diretamente da vontade de Marketeiros como Elon Musk, Bill Gates, saudoso Steve Jobs, Mark Zuckerberg que sim, muitas vezes precisaram escrever algum código mas que nem chega perto dos nomes citados aqui hoje. E tudo bem, eles tinham empresas para manter e o dinheiro a ser pago não era infinito, todos são gênios do marketing e do empreendedorismo.

Mas a verdadeira arte da programação ficará escondida abaixo do capo. E tudo bem se você claro quiser começar numa empresa como programador-fundador mas em determinado ponto do crescimento da empresa você terá que escolher continuar como programador, ou assumir as redeas e continuar como dono.

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Algoritmos são poesia de exatas.
Apenas alguns individuos que tem o privilégio de ter tempo disponível para se dedicar a esses projetos, que moram em paises desenvolvidos e são "privilegiados" por não precisar trocar todo seu tempo disponível por dinheiro. No caso do Brasil isso é inviável, todo tempo é precioso.

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Cara eu concordo com tudo que você disse, mas acredito que isso seja apenas 50% de todo a história - claro que usando a minha vivência como ponto de referência. O primeiro ponto é, se você ganha dinheiro com algo que és apaixonado, cara tu é privilegiado demais e provavelmente está nos 10% que conseguem fazer isso, porque no geral as coisas não são bem assim.

Vejo essa questão de encontrar arte em código como uma especie de romantismo em torno da profissão - e não que isso seja bom, muito pelo contrário. Já tive a oportunidade de passar por algumas empresas que tinha os perfis dos:

  • Dev apaixonado pelo código
  • Dev apaixonado por dinheiro
  • Dev apaixonado por código e dinheiro

Todos tem suas virtudes e defeitos. Agora entrando na questão profissional - mundo corporativo -; o dev apaixonado por código consegue garantir a qualidade do projeto e com isso todos o benefícios atrelado, porém o preciosismo acaba roubando tempo/espaço crucial para o desenvolvimento tanto do profissional quanto do código em si.

O dev apaixonado por dinheiro, garante que tudo que se pede, é feito - e em muitos casos a decisão é totalmente alheia ao que ele prefere. Ele garante a agilidade do projeto, porém tende a deixar o código no mesmo nível de qualidade sempre.

Já o dev apaixonado por dinheiro e código, traz o benefício dos dois acima, porém sem ser tão efetivo nos dois apectos.

E o meu ponto é, você nunca vai ser só um ou outro. A maior jogada de inteligencia que nós temos é saber - a partir do ambiente(empresa) que nós estamos - qual tipo de dev queremos ser, pois já amantes do código serem muito mal aproveitados e por consequencia esse amor murchou; assim como amantes do dinheiro estarem tão pressionados por qualidade que o salário nao significava mais nada.

Portanto, se posso complentar um pouco da discussão, minha sugestão seria: seja um dev apaixonado monetáriamente por código.

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Bom ponto, eu penso que mesmo que a pessoa goste de trabalhar como dev, mas não tiver uma certa ambição em entregar resultados melhores, ele pode até se tornar um bom profissional, mas dificilmente vai se destacar, provavelmente vai chegar num ponto e ali vai ficar estagnado...
O dinheiro pode ajudar a fomentar um pouco essa ambição de entregar resultados melhores, a eu falo isso desconsiderando o ambiente de trabalho, a pessoa pode ser ambiciosa em fazer bons códigos, mas não deixe o trabalho te fazer de escravo, e o mesmo vale pro dinheiro...

Vou tentar resumir:

Sempre pense em melhorar, tanto na carreira como profissionalmente, mas não se torne escravo disso, veja seus limites e faça o possível para se manter dentro deles

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O único problema do dinheiro é que é mais uma motivação externa do que interna. Algo que não agrega no EU e sim na minha capacidade de consumir.

O ponto desse post foi inspirado num vídeo do Ludoviajante que explica que quando não temos uma motivação interna, recompensas e punições não vão continuar nos animando para produzir algo

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A questão do "amor pela programação" é uma das principais vertentes para muitos se aproveitarem e explorar profissionais.
Basta olhar os anuncios surreais por ai.
Eu amo programação, desde final dos anos 80, nas amo ganhar uma boa grana também.
O caixa do supermercado não aceita poesia e paixão, apenas cartao com saldo e dinheiro, é a verdade.
Desde cedo, se desenvolva, aprenda tecnologias, contribua com projetos, mas nunca esqueça de negociar sua $$$, no final do dia, vai te ajudar muito.

Em relação aos criadores destas tecnologias, mesmo indiretamente tiveram seus ganhos e beneficios com suas invenções e contribuições, basta pesquisar na historia. O que é bem justo, mas não é so o amor.....

Eu entendi seu ponto de vista.

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Concordo totalmente contigo. Aliás, estive pensandon a respeito disso faz um tempo. Programar nada mais é do que as suas ideias expressas em linhas de código. E ainda que, muitas pessoas programem somente por dinheiro, vai ter uma visão, sensação diferente de quem realmente faz isso por que gosta.

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cara, eu me identifiquei com esse post em tantas camadas...

contextualizando um pouco de mim e da minha jornada:

eu era um estudante de História, que estava na área não só por gostar de História, mas também por acreditar não ser capaz de seguir na área de Exatas (sequelas de péssimos Ensino Fundamental e Médio). Por insatisfação com a área, decidi migrar pra Ciências Contábeis, uma área que eu também me identifico, por conta da Matemática Financeira (a única que eu me dei bem no colégio). Até que recebi o conselho de tentar a área tech, por conta dos salários acima da média e mercado aquecido. Me joguei sem pensar muito, pois fui atraido por essas premissas citadas anteriormente. E... foi amor a primeira vista. Eu decidi que iria me esforçar muito pra ir de encontro a ideia de que eu não era capaz, então aconcheguei minhas nádegas na cadeira e estudei bastante. Felizmente, deu super certo, e a cada dia que estudo programação e aprendo coisas novas, me sinto muito bem, satisfeito, como se recebesse um boost de dopamina.

(ALERTA DE GATILHO A PARTIR DAQUI!)

Estou simplesmente viciado em aprender mais e mais, de forma que mesmo que minha carreira na programação não vingue, eu continuarei a estudar, pois, eu arrisco dizer que Programação me dá vontade de viver só pra poder aprender mais e mais e mais. Programação me resgatou a vontade de viver, vontade essa que já estava quase esvaída de mim, diante de todos os problemas da vida, diante de todas as dificuldades e barras que passei e passo. Se tornou literalmente uma paixão pra mim, de fato.

(FIM DO ALERTA DE GATILHO.)

É engraçado...pois parece que eu me (re)encontrei. Eu tenho a vaga lembrança de que quando criança, eu tinha vontade de trabalhar com tech no meu futuro. Mas, por influência familiar (ou, paradoxalmente, a falta dela), acabei tentando seguir na área de Construção Civil (boom da área no mercado), mas vi que não era pra mim. Migrei pra História devido a uma identificação que senti após a crise existencial gerada pela frustração com Construção Civil. E finalmente, retornei ao meu verdadeiro lar, a área de T.I, após perceber que a área Pedagógica está desvalorizada e não se paga, diante de todos os fatores.

quem vê de fora, pode até achar que eu me resumi e resumo o meu ser a programação, a estudar mais e mais, que resumi a minha personalidade a ser dev... mas no fundo, acho que encontrei o meu Ikigai.

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Um pequeno pensamento sobre o tema, não chega a acrescentar 1 centavo, mas mesmo assim vou contribuir kkkk.

Antes de tudo, gosto sempre de pensar que a verdade é diferente para cada pessoa, pois se basea nos fatos e experiências vividos por cada um. Por isso o que digo é verdade para mim, mas talvez não seja pra você.

Logo, começo a pensar em quebrar a ideia em sub ideias, e discorrer sobre os pontos de vista.

Sim, programar é arte! Mas pra mim, o estado de arte existe no momento que estou trabalhando, transformando um regra de negócio em algoritmo, como você disse, expondo meus pensamentos e criatividade.

Ao mesmo tempo, programar não é uma arte. O que define arte? Ser passível de interpretação? Um trabalho exclusivo que é feito por uma única pessoa? Que sobrevive anos e anos de poeira e guerras? Pra mim arte é tudo isso. Algo que é belo aos meus olhos, que não posso alterar para melhorar, pois já está finalizado.

Agora sobre outra ótica, precisamos que a programação seja uma arte? O que seria benéfico nisso? Dado que arte é, na minha opinião, algo pronto, software está em constante evolução.

Programar por amor a arte antes do dinheiro talvez seja uma reflexão que não faz sentido pra mim. Acredito que programar é mais parecido com exercer esportes de alta performance. Você passa um bom tempo treinando para ficar bom, e sempre está em um processo de evolução. Talvez a arte disso seja aquele momento durante o treino que você está indo tão bem que entra em um torpor, o que podemos talvez chamar de estado de arte.

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Mas se parar para pensar, esportes de alta performance também podem ser encarados com a arte de dominar o corpo.

Da mesma forma que programar é a arte de abstrair o mundo real em código.

Da mesma forma que a matemática é a arte de descrever e provar coisas que ocorrem ao nosso redor.

Nem tudo é arte mas, a arte pode ser encontrada em tudo.

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