"Empurrar pessoas" para áreas com maior tranquilidade a nível financeiro e social é praticamente algo que a maioria das famílias aqui fazem. "Resumidamente", aqui têm três áreas em que o emprego é "estável", a Educação (O que no Brazil seria o equivalente do jardim de infância até o ensino médio), a Saúde e as forças policiais (OBS. Todas elas o maior empregador é o estado). E o que as pessoas normalmente procuram é entrar num desses sectores pra pelo menos ter alguma coisa na conta no fim do mês. Os cursos mais procurados são os ligados a esses sectores, as maiores ofertas de emprego se encontram nesses sectores, logo, quase todo mundo corre pra lá. E o governo, os bancos e as grandes empresas dificilmente oferecem oportunidades de emprego tão abertamente em outros sectores como nesses que citei. Até eu entrar na faculdade eu sequer sabia que existia um curso onde eu podia aprender sobre computação e programação. A maioria dos pais aqui manda os filhos pra cursos ligados a saúde ou educação porque são áreas que oferecem "segurança" do ponto de vista de empregabilidade. Já a área da programação é muito pouco aderida porque na visão deles, precisas de muita sorte ou de pertencer a uma família que tem algu dinheiro pra trabalhares com isso e teres "sucesso" na vida.
Então é uma realidade bem díficil para nós que anseamos em trabalhar com tecnologia. Mas de um tempo pra cá, essa visão por parte de alguns tem vindo a mudar. Levará tempo até termos um governo, empresas e pais que acreditem que o programador não é um profissional descartável e sim é alguém que agrega tanto quanto (e as vezes até mais) outras profissões.
Respondendo a "Bom dia Kaquinda, Obrigado pelo seu post, é int..." dentro da publicação SER PROGRAMADOR EM AFRICA (ANGOLA)!
2