Como saí de R$ 4k CLT para R$ 13k PJ trabalhando no exterior em apenas 12 meses.
Como saí de R$ 4k CLT para R$ 13k PJ no exterior em 12 meses
Não sou mestre em LeetCode, nem formado, e tenho "apenas" 3 anos de experiência. Sou desenvolvedor Java e sempre achei curioso como a nossa comunidade recebe críticas. Enquanto muita gente desiste de Java, as oportunidades só aumentam para quem permanece. Por mais que algumas figuras no YouTube ou no LinkedIn falem mal da linguagem, as grandes empresas e aquelas voltadas à inovação continuam adorando.
Quero compartilhar algumas estratégias que usei para melhorar minhas chances e, quem sabe, ajudar algum desenvolvedor que se sinta perdido.
Foco em Experiência Relevante
Sempre trabalhei com Java, e acredito que isso foi um dos maiores fatores que impulsionaram minha carreira. Em vez de saber "um pouco de tudo", investi em ter profundidade em Java. Não domino React, sou péssimo em HTML e CSS, mas sei Java! Esse foco consistente ajudou a destacar minhas habilidades.
Para aproveitar isso ao máximo, organizei meu LinkedIn de forma estratégica, mostrando claramente minha experiência e projetos. Curiosamente, todos os meus empregos depois do primeiro vieram por lá. Apenas um foi através de uma recrutadora; os demais foram conquistados em plataformas como Gupy, onde completei testes que muitos criticam ou nem tentam.
Melhorando o Currículo
Paguei por um template de CV profissional, que, na minha visão, fez uma grande diferença nas etapas iniciais de seleção. Ele me ajudou a passar pela triagem de recrutadores e me deu confiança para as entrevistas — uma área onde sempre me senti mais à vontade.
Aprendendo com Entrevistas
Gravo todas as minhas entrevistas e assisto depois para identificar pontos de melhoria. Dá vergonha? Sim, mas é um dos métodos mais eficazes que já usei. Também incentivei amigos a fazerem o mesmo, e notei uma diferença absurda na abordagem. Enquanto alguns faziam entrevistas deitados na cama (engraçado, mas nada profissional), eu sempre tentava ser o mais preparado possível.
Já participei de entrevistas com profissionais de diferentes nacionalidades — indianos, americanos, russos e até com inteligência artificial. Algo que percebi é que muitos desenvolvedores enfrentam dificuldades com comunicação. Podem ser excelentes programadores, mas têm problemas em reuniões, insistem em fazer tudo do próprio jeito e desaparecem para codar, só aparecendo na daily para dizer que "tudo está certo".
Apresentação Pessoal
A aparência importa. Prefiro usar roupas claras, especialmente brancas, porque me deixam com um aspecto mais amigável. Sempre mantenho uma garrafa de água, café ou chá por perto. Além de hidratar, fazer pausas para beber algo ajuda a desacelerar o ritmo da conversa e evitar respostas apressadas ou robotizadas.
Se o entrevistador quiser conversar de forma mais descontraída, entre na onda. Muitas vezes, você é mais avaliado nesses momentos do que na parte técnica. Não adianta ser o melhor programador do mundo se você é insuportável de trabalhar.
Conclusão
Com essas práticas, acredito que subi alguns degraus rumo a vagas melhores, tanto dentro quanto fora do Brasil. Em 12 meses, consegui ganhar mais do que meu primeiro sênior, que tem 15 anos de carreira.
Ninguém é igual, e ninguém vai bater na sua porta se você não se mostrar. As empresas hoje procuram profissionais que saibam trabalhar em equipe e criar um bom ambiente, mais do que super programadores que evitam dar satisfação.
Espero que essas dicas e reflexões sejam úteis para quem está começando ou buscando um novo rumo.