Revirando o Passado: A Proteção da Indústria de Computadores no Brasil nos Anos 80
A ideia inicial por trás da "reserva de mercado" no Brasil era positiva, com o objetivo de proteger a indústria nacional. No entanto, como é bem conhecido pela história, essa iniciativa rapidamente se transformou em algo burocrático e suscetível à corrupção, um padrão lamentavelmente comum no país. Ao invés de proteger as empresas, essa política acabou por prejudicá-las e atrasar o Brasil em relação ao resto do mundo em pelo menos uma década. No meu caso, iniciei na programação no início de 90 e não tinha ideia de como era o mercado... não tinha Google para pesquisar...rs.
Com o tempo, a demanda por produtos tecnológicos cresceu muito mais rápido do que a capacidade de produção dentro das restrições da reserva de mercado. Isso levou a uma situação em que mais da metade dos computadores usados no país nos anos 80 e início de 90 (eu diria que toda a década de 90) eram adquiridos no mercado negro, muitas vezes importados do Paraguai. Comprei meu primeiro PC (Intel 286) em 94 e quase tive que vender um rim. Antes disso, eu já tinha um TK-85.
Apenas para contextualizar o processador 286, é importante lembrar que ele havia sido lançado uma década antes. E eu achando que estava comprando o mais top, o que a falta de informação faz, né? Se não me engano, na mesma época, já estávamos na era dos processadores Pentium (MMX). Em 2000, comprei o meu primeiro Pentium 4 (rikoooo!). Mas, deixemos de lado minhas histórias... rs. E quanto a vocês? Que tal compartilhar um pouco da sua experiência com o seu primeiro PC?
DICA: Muito bom esse vídeo! Ele fala sobre o mercado brasileiro de computadores das décadas de 60 a 90 em apenas 23 minutos. Não abrange toda a história, mas apresenta muitas informações desse período. Infelizmente, quase todo mundo que trabalha em TI desconhece essa história. Portanto, fica a recomendação: Assista ao vídeo aqui. Conteúdo em Inglês