🤖 Automatizando Git workflow com bash script
Todo mundo que utiliza o Git para controle de versão de código precisa executar comandos repetitivos e às vezes maçantes. Isso pode ser resolvido (ou amenizado) de algumas formas, como por exemplo utilizando aliases do próprio Git ou configurando bibliotecas como Commitlint, Husky e Commitizen.
Outra forma de agilizar esse processo é utilizando um bash script que seja capaz de automatizar um fluxo simples poupando comandos repetitivos.
Essa foi a proposta desta postagem que encontrei no dev.to dia desses. A ideia de criar um git workflow com algumas linhas de shell script é ótima, mas ao testar encontrei um problema: o famigerado git add .
. Não vi uma forma de selecionar uma unstaged change específica para commit caso houvesse mais de um arquivo pendente.
Com isso, refatorei o código, deixei os textos echo em português, pedi ajuda de IA generativa para adicionar validações de repositório remoto e voilá.
🧑💻 O que faz este script
Automatiza quatro ações principais do Git:
- Alterna para uma branch especificada (
git checkout
); - Verifica se existe alteração no código (
git status
) ; - Confirma as alterações com uma mensagem fornecida pelo usuário (
git commit
); - Envia para a branch definida (
git push
).
🔪 Destrinchando o código
Explicando os trechos do script:
#!/bin/bash
if [ "$#" -lt 2 ]; then
echo "Dica: Use o script no seguinte formato => $0 <branch_name> <commit_message>"
exit 1
fi
branch_name="$1"
commit_message="${2:-Commit automático}"
Nesta parte inicial do código, ele verifica se o usuário forneceu pelo menos dois argumentos ao chamar o script: o nome da branch e a mensagem de commit. Se não forem fornecidos os argumentos necessários, o script exibe uma mensagem de dica de uso e sai com um código de erro 1.
if ! git rev-parse --is-inside-work-tree >/dev/null 2>&1; then
echo "Erro: Repositório atual não é um repositório Git."
exit 1
fi
if ! git ls-remote --exit-code origin; then
echo "Erro: Repositório remoto 'origin' não encontrado."
exit 1
fi
Esta parte do script acima verifica se o diretório atual é um repositório Git, usando o comando git rev-parse
. Se não for um repositório Git, o script exibe uma mensagem de erro e sai. Logo em seguida verifica se o repositório remoto chamado origin
existe usando o comando `git ls-remote``. Se não existir, é exibida uma mensagem de erro e o fluxo é encerrado.
git checkout "$branch_name" || exit 1
git status --short
read -p "Digite os números dos arquivos que deseja commitar (separados por espaços): " file_indices
Esta parte do código muda para a branch especificada pelo usuário usando o comando git checkout
. Se a mudança falhar, o script sai com um código de erro 1. Em seguida exibe a lista de arquivos modificados no formato curto usando o comando git status --short
. Isso exibe uma lista de arquivos que foram modificados no repositório. Logo em seguida é solicitado ao usuário que insira os números correspondentes à ordem dos arquivos que deseja commitar, separados por espaços.
if [ -n "$file_indices" ]; then
selected_files=()
while read -ra indices; do
for index in "${indices[@]}"; do
selected_files+=($(git status --short | sed -n "${index}p" | awk '{print $2}'))
done
done <<< "$file_indices"
if [ "${#selected_files[@]}" -gt 0 ]; then
git add "${selected_files[@]}"
git commit -m "$commit_message"
git push origin "$branch_name"
echo
echo "✨️As mudanças foram confirmadas e enviadas com sucesso para a branch $branch_name!!✨️"
echo
else
echo "Nenhum arquivo selecionado para commit. Operação cancelada."
fi
else
echo "Nenhum arquivo selecionado para commit. Operação cancelada."
fi
Por fim, o script processa os números dos arquivos inseridos pelo usuário e adiciona, confirma e faz push apenas dos arquivos selecionados. Se nenhum arquivo válido for selecionado para commit, ele exibe uma mensagem informando. Se os arquivos forem selecionados e commitados com sucesso, ele exibirá uma mensagem de sucesso.
⌨️ Repositório Github
👏 Referência
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