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O que fazer com tanta informação?

Carregamos o mundo no bolso.

Não é interessante pensar que carregamos diariamente conosco praticamente todas as informações que foram geradas por nós, seres humanos, até agora?

Mesmo antes do fim de 2022, quando ainda não tínhamos ChatGPT, já parou pra pensar que praticamente dá pra sabermos de qualquer coisa que tenha resposta?

Não sei como isso soa pra você, mas pra mim é algo que me deixa bem pensativo, e ao mesmo tempo inquieto por querer extrair o máximo de útil disto, transformar em conhecimento, criar coisas novas a partir disso tudo.

Pausa pra brisa: isso tudo me faz pensar, imagine se todas as pessoas mais inteligentes da história estivessem vivendo agora, nesta era, com qualquer informação que queira na ponta dos dedos, o que estaríamos vivenciando/criando/descobrindo?

Espero que não estivessem distraídas vendo 1 milhão de vídeos engraçados no Tiktok/Instagram, o que não tem problema algum, contanto que o tempo exigido nisso não ultrapasse as barreiras do que é saudável.

Fecha brisa.

📱 Queremos cada vez mais, porém menos

O que quero dizer com isso?

Que na verdade, ao mesmo tempo em que temos um oceano vasto de conhecimento, nossa tendência, infelizmente, é de nos** engajarmos menos em conteúdos mais densos.**

Isso explica muita coisa, principalmente aquela sensação de que já dominamos qualquer tipo de assunto após ver alguma palestra x no TedTalks.

E nem é tanto por que queremos de maneira intencional - claro que às vezes sim -, mas é que há anos estamos sendo cada vez mais treinados por redes sociais a querer coisas reduzidas, vídeos curtos, textos rápidos.

E uma preocupação minha: as gerações mais novas tem nascido já com essa característica “de fábrica”.

Tanto é que, qualquer análise rápida em métricas de vídeos longos vs vídeos rápidos, a diferença é discrepante. Praticamente o vídeo longo é o caso para uma pequena parcela de pessoas muito interessadas em algum assunto x.

Tudo isso gerando o máximo de estímulos de dopamina a cada conteúdo curto que vemos.

Dá pra sentir o tamanho da luta, né? Afinal é com nossa própria mente que temos que nadar contra, neste sentido de não nos acostumarmos a consumir somente conteúdos curtos.

🤖 E ainda tem as IAs

Além disso tudo as IAs estão fazendo muita coisa por nós, o que é vendido como um auxílio de produtividade (e é verdade), porém isso pode nos deixar acomodados e até preguiçosos.

Pra exemplificar melhor: acredito que, no momento atual, não é tão simples assim começarmos a ter preguiça excessiva com o uso das IAs existentes em uso, afinal precisamos refinar bastante o(s) prompt(s), bem como analisar o que é gerado, avaliar se está correto ou não, refinar, enfim, até chegar no resultado almejado.

Mas a questão é como nos acostumar com elas a medida que vão se tornando cada vez melhores e mais eficazes.

O uso precisa ser saudável, a nosso favor, a favor da neuroplasticidade da nossa mente. Veja como tratamos este assunto em uma edição passada da newsletter dedicada ao assunto sobre não terceirizar seu cérebro para a inteligência artificial.

🧠 Informação disponível + nossa inteligência natural

Criar é um ato inerente ao ser humano.

E a questão aqui é o que somos capazes de construir com esse tanto de informação presente em toda internet, e recentemente potencializada por IAs, disponível a qualquer pessoa com acesso a internet.

Como podemos transformar tudo isso em conhecimento, na criação de novos produtos, serviços, e principalmente com o propósito de criações benéficas para o próximo, para a sociedade, e humanidade?

Temos muitos desafios pela frente:

  • Saber lidar com o uso consciente das inteligências artificiais;
  • Não deixar nosso cérebro tão acostumado a estímulos de conteúdos curtos e “dopamínicos”;
  • Lidar com as distrações que somos bombardeados diariamente.

Embora não sejam únicos desafios, esses citados acima aparentam ser os mais comuns para grande parte das pessoas. Por isso acho interessante nos mantermos conscientes diante deles e também atentos as consequências do momento em que vivemos.

E principalmente nunca deixar adormecido nosso instinto criativo e construtor, pois o potencial que temos em nossas mãos pode ser transformador, podendo gerar impacto positivo na vida de muitas pessoas.

O desafio não é fácil, dada a alta chance de nos mantermos distraídos e condicionados com conteúdos superficiais e terceirizando nossas habilidades mais preciosas as IAs.

E mesmo você que não trabalha diretamente com tecnologia, essa reflexão também se aplica a sua área!

Quem quiser continuar o papo, só comentar aqui nos comentários ou me chamar nas redes sociais! Bóra!


Obrigado pela leitura até o final!

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