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É possível mudar de stack sem voltar a ser Júnior ?

Olá a todos!

Atualmente, trabalho como desenvolvedor Delphi em uma pequena empresa de software. Tenho cerca de 2,5 anos de experiência como desenvolvedor, e minha remuneração é compatível com a média do mercado nacional para desenvolvedores plenos. Nos últimos meses, passei em 2 ou 3 processos seletivos para desenvolvedor Delphi pleno, então posso dizer com certa convicção que sou pleno.

Por trabalhar atualmente em uma empresa pequena e tradicional que utiliza Delphi como principal ferramenta, a maior parte do meu trabalho envolve sustentação de sistemas legados quase integralmente construídos em programação estruturada. Embora isso tenha pago meus boletos, sempre tive vontade de atuar no backend construindo aplicações mais robustas e modernas.

Nos últimos meses, tenho estudado bastante Java e Spring Boot, com a intenção de fazer a transição para essa tecnologia. Será possível fazer essa transição sem "voltar a ser júnior"? Sei que ser pleno não se trata apenas de ter habilidades técnicas, envolve muito mais do que o conhecimento de sintaxe de uma linguagem específica. No entanto, ainda tenho dificuldades em visualizar como seria possível ser aprovado para uma vaga de pleno sem ter nenhuma experiência profissional com a stack. Certificados de cursos e um portifólio com um compilado de projetos seriam o suficiente ?

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Sim, porque boa parte das pessoas se especializam em tecnologias, e não em computação, que é o que importa. Dentro desses contextos, que é errado, sim, é possível.

No contexto adequado, e alguns podem dizer que só esse conta, aí não é possível, porque a pessoa só evolui de fato para uma classificação maior quando ela domina todo o processo de desenvolvimento de software e aprendeu a computação como um todo, ou seja, ela sabe resolver bem problemas, não importa que tecnologia ela usa.

Por essa definição ninguém é mais que júnior, ou até mesmo júnior, só sabendo bem tecnologia e não sabendo resolver problemas bem.

Assim como esses títulos têm bem pouca serventia porque cada pessoa os entende de uma maneira diferente, e o que é necessário ter para ser classificado assim pode mudar completamente, não há consenso, também não se sabe bem se a tecnologia influencia ou não nisso, alguns pensam de um jeito, outros pensam de outro jeito.

Você passou em processos seletivos de Delphi pleno porque lá encaixou assim, pode fazer outro processo e não passar, porque o critério é outro. Em um lugar que só tem júnior que acha que é sênior, e isso tem muito, faz um teste e alguém se mostra próximo ao que eles são, então para eles essa pessoa é pleno, mas na verdade mal é júnior em vários outros lugares.

Eu acho bastante difícil qualquer pessoa com menos de 3 anos ser pleno, em muitos casos até mesmo júnior. Mas é meu critério. E ressaltando que meu critério não é pelo tempo, mas sem o tempo fica muito difícil conseguir isso, a pessoa tem que ter um talento natural muito forte e se dedicar muito. Conheço várias pessoas com critério semelhante. Sei que muita gente passa recibo de títulos facilmente e já vi gente chancelando Sênior para quem nem tem 2 anos de experiência bastante limitada.

Tem uma questão aí que parece nem ser tecnologia específica de um produto. Parece que não atua com uma forma de software e vai ter que aprender sobre ela. Se não sabe o produto específico, não tem experiência com o modo de operação do software que quer trabalhar, não apresentou resultados concretos nesse tipo de software até para avaliar a capacidade e não tem comprovação de resolver problemas nessa área em específico, acha que é júnior nela?

Algumas pessoas vão dizer que sim, ou pleno, quem sabe até sênior. Se alguém disse, então você é, para aquela pessoa. Se ela está te dando um emprego é só o que importa, porque esses títulos são assim, não dizem muita coisa, virou um fad que as pessoas gostam de falar sobre.

Quando eu tinha pouco mais de 20 anos me deram o título de master porque sênior tinha ficado muito pouco. Décadas depois eu tenho dúvidas se sou sênior, porque apesar de experiência enorme em vários tipos de software, algumas arquiteturas, dominar muito bem a computação, saber desenvolver softwares desde o baixo nível, até o que importa apenas para um negócio específico em alto nível, mexendo com diversos produtos, eu não domino todas as circunstâncias do desenvolvimento, até porque existem muitas e eu não preciso de algumas na parte que me especializei, e mesmo sabendo um pouco sobre elas me falta experiência, e me deixa em dúvida, sem que alguém consiga cravar algo sobre.

Eu só não me preocuparia com esses títulos, apenas aprender e fazer o meu melhor, me dedicar para apresentar o melhor resultado, o mercado vai se encarregar de dar títulos e precificar seu trabalho.

Tem gente com título inferior ganhando absurdamente mais que outro com título superiror, então esquece essa bobagem.

A capacidade da pessoa se adaptar a algo novo é muito determinante para definir a classificação dela do que o que ela sabe. O júnior só sabe bem uma coisa. O pleno já deve ter provado conseguir se adaptar bem em algo bem diferente, no mínimo. O sênior fez isso várias vezes.

Na minha concepção só se ganha experiência fazendo, e sem experiência, nem júnior a pessoa é.

Trocas abruptas tendem fazer a pessoa recuar. É sempre um preço que se paga, a não ser que ela já se diversificou ao longo do processo. E não querer pagar preço algum é coisa de júnior, no máximo.

Reflita sobre isso e faça o que for necessário. E reforço a subjetividade do assunto. Espero que ache um bom caminho e se dê bem.

Farei algo que muitos pedem para aprender programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Fala mano!
O que eu posso dizer é que tempo de experiencia não se joga fora, existem muitas coisas que fazem uma pessoa ser desenvolvedora de software que vai além da linguagem que ela utiliza como lógica e analise de problemas.
Algumas empresas não coloca nem linguagem no titulo da vaga, tenta buscar por vagas que procurem por um Software Engineer pleno ou Desenvolvedor de software pleno e nas entrevistas seja bem sincero com o seu momento atual.
Digo isso por experiencia propria, já transitei de C# pra Node para uma posição até maior que a atual.

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O pessoal já respondeu a pergunta principal.
Eu irei me focar nesta parte:

vontade de atuar no backend construindo aplicações mais robustas e modernas.

Tua chance disso serão mínimas se for trabalhar em empresas já estabelecidas.
Mesmos nas grandes. As chances serão baixas.

Você vai quase que sempre trabalhar em legados!
A não ser que consiga um trabalho em startup, ou em uma consultoria, mesmo numa
consultoria as chances não são tão altas!

Se for pensando nisso, pode se frustrar! Serã mais moderno de Delphi - depende.
Mas será numa stack nova isso sim! Tudo sera "novo" por algum tempo!