Executando verificação de segurança...
1

RestFull API's: Perguntas em Entrevistas Técnicas

Objetivo

O intuíto desse artigo é expor algumas perguntas técnicas que eu já fiz em entrevistas técnicas ou perguntas que me foram feitas.

Essa parte tratará exclusivamente sobre RestFull API's ok ;D ? Outras publicações serão escritas com mais conteúdo específico.

As respostas são apenas a minha visão sobre o assunto, por tanto, de forma alguma são verdade absoluta, e inclusive pode ser que haja espaço para melhorias, correções e até visões diferentes das apresentadas aqui, fique a vontade, use os comentários e enriqueça a discussão.

RestFull API's

Qual a diferença entre rest e restfull ?

REST e RESTful são conceitos relacionados a serviços web, mas há diferenças entre eles.

REST (Representational State Transfer) é uma arquitetura de software que define um conjunto de regras para a criação de serviços web. O objetivo é tornar os serviços escaláveis, flexíveis e fáceis de manter. Os serviços RESTful são baseados em recursos e são acessados usando os verbos HTTP (GET, POST, PUT, DELETE, etc.).

Por outro lado, RESTful é uma implementação de serviços web que segue as regras da arquitetura REST. Portanto, é uma abordagem específica para criar serviços web baseados em recursos e verbos HTTP.

Em resumo, REST é uma arquitetura de software e RESTful é uma implementação dessa arquitetura.

Quais verbos http você conhece ?

Existem vários verbos HTTP, mas os principais são:

  • GET: é usado para solicitar um recurso em um servidor. É um verbo seguro e idempotente, ou seja, não deve causar mudanças no servidor.

  • POST: é usado para enviar dados a um servidor para criar ou atualizar um recurso. É um verbo não seguro e não idempotente, ou seja, pode causar mudanças no servidor a cada vez que é executado.

  • PUT: é usado para enviar dados a um servidor para criar ou atualizar um recurso, mas diferentemente do POST, o PUT é um verbo seguro e idempotente.

  • DELETE: é usado para solicitar que um recurso seja removido do servidor. É um verbo idempotente, mas não é seguro, pois pode causar mudanças no servidor.

  • PATCH: é usado para enviar dados a um servidor para atualizar um recurso parcialmente. É um verbo seguro e idempotente. Além desses, existem outros verbos menos comuns, como OPTIONS, HEAD, CONNECT e TRACE, que possuem funções específicas em casos de uso mais avançados.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um POST para cadastrar uma nova informação ?

Para indicar que a criação da nova informação foi bem sucedida, é comum retornar o status code 201 (Created). Além disso, é recomendado incluir no header da resposta a URL do novo recurso criado, utilizando a chave Location.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um GET para obter apenas registro ?

Para um endpoint que realiza uma busca de um único registro através de uma requisição GET, o status code mais apropriado é o 200 OK. Isso significa que a solicitação foi bem sucedida e os dados solicitados foram encontrados e retornados no corpo da resposta. Se a solicitação não foi encontrada, deve ser utilizado o status code 404 Not Found para indicar que o recurso solicitado não existe.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um GET para obter multiplos registro ?

Para um endpoint onde é feita uma solicitação GET para obter múltiplos registros, o status code mais adequado é o 200 OK. Isso indica que a solicitação foi bem-sucedida e a resposta contém uma lista de recursos solicitados. É possível que haja outros códigos de status dependendo do contexto, por exemplo, 206 Partial Content para uma solicitação de conteúdo parcial ou 400 Bad Request para uma solicitação inválida.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um PUT para atualizar um recurso ?

O status code adequado para uma requisição PUT bem-sucedida que atualiza um recurso seria o 200 (OK) ou 204 (No Content). O 200 é usado para retornar a representação atualizada do recurso como resultado da operação, enquanto o 204 é usado quando não há nada para retornar na resposta. Além disso, é importante lembrar que o corpo da resposta deve ser vazio quando o status code for 204.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um PATCH para atualizar um recurso ?

O status code mais apropriado para retornar em um endpoint que recebe uma requisição PATCH para atualizar um recurso é o 200 (OK), indicando que a atualização foi bem-sucedida. No entanto, se a atualização parcial não for possível, o status code 422 (Unprocessable Entity) pode ser retornado para indicar que a requisição foi entendida, mas não pôde ser processada devido a erros no conteúdo da requisição.

Qual status code você retornaria para um endepoint onde você faz um DELETE para excluir um recurso ? E se for um delete virtual ?

Para um endpoint que realiza exclusão de recurso, o status code mais adequado é o 204 No Content, que indica que a solicitação foi bem-sucedida e que não há conteúdo para retornar.

Já em um delete virtual, em que o recurso não é realmente excluído, mas marcado como inativo ou removido logicamente, o status code mais apropriado é o 200 OK, juntamente com uma mensagem de confirmação indicando que o recurso foi marcado como inativo ou removido com sucesso.

Qual a diferença entre PUT e PATCH ?

TL;DR: O PUT é utilizado para atualizar um recurso inteiro, enquanto o PATCH é utilizado para atualizar apenas algumas partes do recurso.

O método PUT e PATCH são ambos utilizados para atualizar recursos em uma API RESTful, porém eles possuem algumas diferenças importantes:

  • PUT: é utilizado para atualizar um recurso inteiro, ou seja, o corpo da requisição contém todas as informações do recurso, inclusive os campos não modificados. Quando um recurso é atualizado com PUT, ele é substituído integralmente pelo novo conteúdo. Se o recurso não existir, ele será criado.

  • PATCH: é utilizado para atualizar parcialmente um recurso, ou seja, apenas os campos que foram modificados precisam ser enviados no corpo da requisição. Com o uso do método PATCH, é possível atualizar um único campo ou diversos campos de forma independente.

Quando você faz um get em uma api e o recurso não é encontrado qual status code você retornaria ?

Se um recurso não for encontrado em uma API em uma solicitação GET, o status code que deve ser retornado é 404 (Not Found). Isso indica que o servidor não pôde encontrar o recurso solicitado, mas não indica se o recurso existiu no passado ou não. É importante fornecer uma mensagem de erro útil para ajudar o usuário a entender a razão pela qual o recurso não foi encontrado.

Quais os níveis de maturidade de uma api ?

Existem diferentes modelos para avaliar o nível de maturidade de uma API, mas um dos mais conhecidos é o modelo Richardson Maturity Model, proposto por Leonard Richardson em sua dissertação de 2008. Esse modelo define três níveis de maturidade:

Nível 0 - API sem recursos: o acesso aos recursos é feito por meio de um único endpoint, geralmente utilizando o método POST, com diferentes valores para identificar o recurso desejado. Isso torna a API difícil de ser explorada e mantida.

Nível 1 - API com recursos: a API é organizada em recursos, cada um representando um objeto de negócio. O acesso aos recursos é feito por meio de diferentes endpoints, utilizando os métodos HTTP apropriados (GET, POST, PUT, DELETE).

Nível 2 - API com verbos HTTP corretos: além de utilizar recursos, a API utiliza os verbos HTTP corretos para acessá-los. O método GET é utilizado para recuperar informações, o método POST é utilizado para criar novos recursos, o método PUT é utilizado para atualizar recursos existentes e o método DELETE é utilizado para excluir recursos.

Nível 3 - API com HATEOAS: além de utilizar os recursos e os verbos HTTP corretos, a API utiliza o conceito de HATEOAS (Hypermedia as the Engine of Application State), permitindo que o cliente da API navegue pelos recursos e descubra novos endpoints dinamicamente, reduzindo a necessidade de documentação e tornando a API mais flexível e fácil de ser utilizada.

Cada nível de maturidade representa um avanço na qualidade da API, tornando-a mais fácil de ser utilizada, mantida e explorada. No entanto, atingir um nível mais alto de maturidade também requer mais esforço e planejamento por parte dos desenvolvedores da API

O que é HATEOAS ?

HATEOAS significa "Hypermedia as the Engine of Application State" e é um conceito chave em arquiteturas RESTful. Basicamente, HATEOAS é a ideia de que um recurso na API deve incluir links para outros recursos relacionados, permitindo que o cliente navegue na API de forma mais intuitiva e sem depender de conhecimento prévio sobre a estrutura da API.

Por exemplo, imagine uma API de e-commerce que retorna os detalhes de um produto. Com HATEOAS, o resultado também incluiria links para as avaliações do produto, as categorias em que o produto está listado, produtos relacionados e assim por diante. Esses links permitem que o cliente da API navegue por toda a API sem precisar de informações adicionais sobre a estrutura e o fluxo de navegação.

O que é idempotência ?

Idempotência é um conceito em que uma ação pode ser executada várias vezes sem alterar o resultado final. Ou seja, não importa quantas vezes você execute a mesma ação, o resultado será sempre o mesmo. Em outras palavras, se uma operação idempotente é executada várias vezes, o resultado final será o mesmo do que se ela fosse executada apenas uma vez. Na área de desenvolvimento de software, a idempotência é um conceito importante para garantir a consistência e integridade dos dados. Isso é especialmente importante em operações que podem ser executadas várias vezes, como em chamadas de API REST, por exemplo.

Em caso de erro qual status deve-se retornar ?

Em caso de erro em uma requisição, o status code a ser retornado depende do tipo de erro e do contexto da aplicação. No entanto, alguns status codes comuns para indicar erros são:

400 Bad Request: quando a requisição enviada pelo cliente está incorreta ou incompleta.

401 Unauthorized: quando o cliente não está autorizado a acessar o recurso solicitado.

403 Forbidden: quando o servidor entende a requisição do cliente, mas se recusa a executá-la por motivos de permissões.

404 Not Found: quando o recurso solicitado não foi encontrado.

405 Method Not Allowed: quando o método HTTP utilizado na requisição não é permitido para o recurso solicitado.

422 Unprocessable Entity: quando existem falhas de validação no body enviado na requisição.

500 Internal Server Error: quando ocorre um erro interno do servidor durante o processamento da requisição. É importante retornar um status code adequado e uma mensagem de erro informativa para ajudar o cliente a entender o problema e a tomar as medidas necessárias para corrigi-lo.

Quais as diferenças entre graphql e rest api ?

GraphQL e REST são duas abordagens diferentes para construir APIs (Application Programming Interfaces) para acesso a recursos em uma aplicação. Aqui estão algumas diferenças principais entre os dois:

Estrutura de dados: Em REST, o servidor define os recursos que estão disponíveis para o cliente e a estrutura de dados que o cliente recebe quando faz uma solicitação. Em GraphQL, o cliente define a estrutura de dados que deseja receber em sua solicitação.

Número de chamadas: Em REST, é necessário fazer várias chamadas para diferentes endpoints para obter os dados necessários. Em GraphQL, é possível obter todos os dados necessários em uma única chamada.

Tamanho da resposta: Em REST, o servidor geralmente envia uma grande quantidade de dados em resposta à solicitação, mesmo que o cliente precise de apenas uma parte desses dados. Em GraphQL, o servidor envia apenas os dados que o cliente solicitou.

Evolução da API: Em REST, qualquer mudança na estrutura de dados da API pode afetar o cliente. Em GraphQL, o cliente pode solicitar apenas os campos que precisa e não precisa se preocupar com a estrutura subjacente dos dados.

Ferramentas de desenvolvimento: REST tem um grande ecossistema de ferramentas e frameworks disponíveis. GraphQL, sendo relativamente novo, tem menos ferramentas disponíveis, mas sua popularidade está crescendo rapidamente.

Cache: Em REST, a cache é fácil de implementar, já que cada recurso tem sua própria URL. Em GraphQL, é mais difícil implementar a cache, já que uma única solicitação pode retornar vários recursos diferentes.

Essas são apenas algumas diferenças entre REST e GraphQL. A escolha entre uma abordagem ou outra dependerá das necessidades específicas do projeto e dos requisitos de performance e escalabilidade.

Quais as vantages e desvantagens de se utilizar rest apis ?

As vantagens de se utilizar REST APIs incluem:

  1. Simplicidade: O REST é baseado no protocolo HTTP e é simples e fácil de entender e implementar.

  2. Flexibilidade: O REST permite que você use diferentes formatos de dados, como JSON, XML e texto simples.

  3. Escalabilidade: O REST é altamente escalável, permitindo que você adicione mais servidores ou recursos conforme necessário.

  4. Desacoplamento: O REST permite que os clientes e servidores sejam independentes, permitindo que você atualize e modifique os componentes sem afetar os outros.

  5. Cache: O REST suporta cache, o que pode melhorar significativamente o desempenho da aplicação.

As desvantagens de se utilizar REST APIs incluem:

  1. Segurança: O REST não tem mecanismos de segurança integrados, portanto, você precisa implementar a segurança manualmente.

  2. Tamanho dos dados: Os dados podem ser maiores com REST, especialmente se você estiver enviando muitos recursos em uma única solicitação.

  3. Exposição: O REST pode expor muitos detalhes da implementação, o que pode tornar mais fácil para um atacante explorar vulnerabilidades.

  4. Suporte a transações: O REST não tem suporte integrado para transações distribuídas, o que pode ser um problema em certos casos de uso.

  5. Falta de padrões: O REST é baseado em convenções e não há padrões definidos para cada aspecto da API, o que pode levar a diferentes implementações.

Quais as vantages e desvantagens de se utilizar Graphql ?

Algumas vantagens do uso de GraphQL são:

  1. Flexibilidade na definição de consultas: o cliente pode definir quais dados deseja receber e a estrutura da resposta de acordo com suas necessidades, o que pode reduzir o tamanho da resposta e melhorar o desempenho.

  2. Redução de chamadas desnecessárias: com GraphQL, é possível solicitar várias informações em uma única chamada, em vez de várias chamadas a diferentes endpoints.

  3. Menos problemas de versão: como as consultas são definidas pelo cliente, as mudanças na estrutura de dados do servidor não afetam os clientes existentes.

  4. Maior facilidade no desenvolvimento de aplicações móveis: a redução do tamanho das respostas pode melhorar o desempenho e a experiência do usuário em conexões de internet mais lentas.

Algumas desvantagens do uso de GraphQL são:

  1. Curva de aprendizado: GraphQL possui uma curva de aprendizado maior do que REST, especialmente se a equipe de desenvolvimento não estiver familiarizada com a tecnologia.

  2. Maior complexidade de implementação: a implementação de GraphQL pode ser mais complexa do que REST, especialmente para sistemas mais simples e com menos recursos.

  3. Requer ferramentas específicas: o uso de GraphQL pode exigir o uso de ferramentas específicas para criação de consultas, validação e execução, o que pode aumentar a complexidade do projeto.

  4. Maior consumo de recursos do servidor: como as consultas GraphQL são mais flexíveis, elas podem exigir mais recursos do servidor para processar, o que pode afetar o desempenho em cargas de trabalho mais pesadas.

Carregando publicação patrocinada...