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Janjômetro: Política e tecnologia devem andar juntos?

Entendo que a comunidade de tecnologia geralmente evita politizar os assuntos, mas, como Platão, Sócrates e Aristóteles concordaram: "o homem é um animal político e não há como ser apolítico". Afinal, a própria internet que utilizamos para interagir em fóruns como o Tabnews é fruto de políticas públicas e privadas que viabilizam a existência de sites e serviços web.

Essa reflexão me leva a outro filósofo grego, Heráclito, cuja célebre frase sintetiza de maneira impressionante a dinâmica do Ocidente: "A guerra é mãe e rainha de todas as coisas; de alguns faz deuses, de outros homens; de alguns faz escravos, de outros, homens livres." Essa citação reforça a ideia de que os conflitos — sejam ideológicos, econômicos ou tecnológicos — moldam as estruturas da sociedade.

Com esse arcabouço filosófico, concluo que a politização não é algo novo, mas o que mudou foi o acesso à geografia informacional. Hoje, a informação regula acordos sociais, econômicos e políticos em todos os níveis da hierarquia social. Antigamente, apenas as elites tinham acesso a informações de qualidade. Agora, com a descentralização e a distribuição da informação, qualquer pessoa tem a possibilidade de checar dados de forma mais acessível, o que transforma a relação entre os indivíduos e o poder.

Após essa reflexão, quero destacar uma iniciativa que considero exemplar: o projeto do deputado de São Paulo, Guto Zacarias. O site proposto permite que usuários publiquem matérias baseadas em fontes especializadas, promovendo a participação cidadã e o interesse público ao monitorar os gastos públicos. Na minha visão, iniciativas como essa deveriam ser padrão para todos os parlamentares.

Embora existam ferramentas como o Portal da Transparência, elas ainda são pouco acessíveis para o cidadão comum, já que demandam um alto nível de habilidade na leitura e interpretação de dados. Tornar essas plataformas mais compreensíveis e acessíveis é fundamental para fortalecer a democracia e a participação popular através da tecnologia.

Link para o site do Janjometro

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As palavras a seguir não refletem qualquer escolha em relação aos aspectos políticos do autor que apenas vê o assunto de uma maneira sistemática, livre de vieses

Do ponto de vista técnico, o sensor está sendo colocado em evidência em vez da informação gerada pelo ele...

Todas estas "surpresas" que trazem para os cidadãos ferramentas de monitoramento como essas, segundo um ponto de vista lógico, são nada mais que um experimento com a sociedade (veja que o acesso não é público, você precisa de um cadastro para acessar esse termômetro). Nada, realmente nada que é realizado por bons gestores (de uma ideia) tem seu real objetivo claramente descrito. É oculto para não fragilizar o processo de medida em face do tal efeito do observador. Gestores experientes acreditam que "de um boi se aproveita tudo, até mesmo o berro". Aliados à propaganda podem alcançar um fim razoável ou até mesmo mal.

O poder da propaganda

A propaganda é uma estratégia de persuasão que pode influenciar o comportamento do consumidor e a sociedade de diversas formas:

  • Criar necessidades e desejos: A propaganda pode criar necessidades e desejos nos consumidores, fazendo com que eles se sintam persuadidos a comprar um produto ou serviço.
  • Liberar dopamina: Quando uma propaganda desperta uma emoção positiva, o cérebro libera dopamina, um neurotransmissor que causa sensação de prazer e recompensa.
  • Divulgar informações úteis: A propaganda pode divulgar informações úteis sobre saúde, educação, bem-estar, entre outros assuntos.
  • Promover bandeiras sociais: A propaganda comercial pode ser um canal para divulgar e consolidar bandeiras importantes para a sociedade.
  • Influenciar eleições e políticas: A propaganda política pode influenciar os resultados das eleições, as políticas implementadas pelos governos e a dinâmica social de um país.
  • Estimular melhorias em produtos: A propaganda pode estimular a introdução de melhoramentos em produtos já existentes.

A propaganda pode usar recursos psicológicos para mexer com emoções, opiniões e sentimentos, e motivar a ação. Por exemplo, uma determinada marca de creme dental usa o gatilho mental da autoridade, reforçando que os “dentistas recomendam”.
Para resistir aos apelos da propaganda, é importante desenvolver um olhar crítico para os anúncios e se conectar com si mesmo. Ou seja, imagine aquele conteúdo escrito num papel amassado, de baixa qualidade. Se mesmo assim o conteúdo lido neste papel te convencer antes de mesmo ver a propaganda (cujo conteúdo está envolto por sons e cores e imagens perfeitamente escolhidos para mexer com maior parte dos seus sentidos), o conteúdo é relevante, útil para você, sem qualquer necessidade de estratégias de marketing para convencimento público.

Então, ...

experimentos como esse, acompanhados de uma propaganda que evidencia um processo popular de monitorar os gastos públicos, ao meu ver também, não são nada mais nada menos que experiências com a sociedade. Amanhã terão que aceitar as consequẽncias dos próprios julgamentos que fizerem a começar pelas fontes de informação para as quais deram todo crédito, fundamentos dos números (são realmente críveis, merecem nossa confiança?). Recorde-se destas palavras sábias:

"Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós."

Se um cidadão na posição em que está (não é, mas está) tem essas liberdades é porque o sistema atual de gestão permite. Tratar os efeitos sem buscar a causa é enxugar gelo em cada novo mandato. À cada ano que passa, novos limites são explorados em todos os aspectos.

Compete à Controladoria-Geral da União (CGU), como Órgão Central do Sistema de Controle Interno, elaborar a Prestação de Contas Anual do Presidente da República a ser encaminhada ao Congresso Nacional, em cumprimento ao inciso XXIV do artigo 84 da Constituição Federal.
Fonte

Por outro lado...

julgando ser um experimento sem fins subjetivos (não sei o motivo do cadastro!), mostra que parte da sociedade brasileira não acredita mais no sistema gestor do país, nas leis e processos que administram e fiscalizam todas as esferas do governo. O cidadão esquece-se de que o servidor público é um servidor, com o merecido respeito, admitido por concurso ou sufrágio do voto para prestar serviço para funcionamento do país. O país é construído com o trabalho de todos aqueles que pagam impostos direta ou indiretamente. Quando uma máquina torna-se ineficiente, é trocada por outra caso não possa ser mais aperfeiçoada, corrigida ou consertada em face do balanço entre custos das manutenções e benefício de uma máquina nova.

De um ponto de vista externo...

quanto tempo perdemos com distrações para as quais temos encarregados para cuidar? O tempo é o nosso bem mais valioso e as distrações consomem-no sem pagar nada em troca! Somos tão cuidadosos com os processos computacionais que criamos, buscando a eficiência além da eficácia, lidando com pontos que causam gargalos e, na vida, será que fazemos o mesmo? Toda cortina de fumaça esconde das vistas algo muito maior que deixariam perplexos todos que realmente vissem o que está em oculto.


"Não se esqueça dos fatos históricos para não ter que sofrer novamente ao revivê-los."

Um povo bem experimentado sabe que não deve mais perder tempo para comentar bem ou mal de fatos de um governo. Tomar esse tempo valioso para se inteirar sobre os fatos, recorrer aos dispositivos legais e colocar outro representante melhor no lugar... Comentar bem ou mal de fatos políticos é como, na nossa vida prática, ficar perdendo tempo comentando o caso que o pneu do carro furou e murchou! Ele não vai se arrumar sozinho! Vá lá, troque-o e siga sua viagem.


Se o país tem uma presidente da república, como é adjetivado seu esposo? Primeiro-...?