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Finalmente: finalizei meu TCC sobre Jornalismo e Inteligência Artificial

Olá, meu nome é Saulo Ferro.
E contra minha vontade, graduei-me no final de 2023 em Bacharelado em Jornalismo, em uma instituição privada. Através deste artigo web, pretendo relatar minha odisséia para finalizar meu TCC.

"ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO JORNALISMO: análise das produções jornalísticas nos portais Nexo Jornal e Azmina" - esse foi o título e tema do meu trabalho. À primeira vista, alguns podem considerá-lo simples, enquanto outros podem achá-lo complexo. No entanto, posso afirmar que foi desafiador e delicado romper com a "cosmovisão" dos meus professores de Jornalismo.

Inicialmente, escolhi esse tema porque buscava fazer algo inovador em meu estado. Muitos podem não saber, mas o Maranhão, onde resido, exerce grande influência na literatura clássica, jornalística e poética do Brasil. No entanto, há uma péssima valorização pelas produções técnicas e inovadoras aqui desenvolvidas.

Sendo franco, a pesquisa na área de humanidades realizada pelos maranhenses acaba sendo efêmero e supérfluo. Assim, cobicei ser o primeiro estudante de comunicação maranhense a desenvolver um trabalho na área de IA com uma abordagem distinta da tradicional.

Ao dialogar com meu orientador, cheguei à conclusão de que os jornalistas são apenas usuários medianos de tecnologia. Enquanto ele discutia sobre "hipertexto" como o avanço máximo no jornalismo, eu explorava temas como máquinas de estado, análise e armazenamento de dados, manipulação e replicação de tarefas como níveis de inteligência computacional. Nesse ponto, deparei-me com o maior desafio: como explicar para quem não é um usuário avançado as partes de uma máquina não-real que imita o real-natural?

Por isso, meu orientador decidiu que faríamos uma análise de conteúdo relacionada à IA. Foi aí que escolhi o Nexo e a Revista Azmina. É importante ressaltar que não os selecionei por favorecerem ideologias, mas sim porque o Nexo, mesmo sem informações de que utiliza um software inteligente, possui gráficos e sistemas bem estruturados e automatizados. Utilizei-o como marco zero para conectar um simples software de texto a um software integrado ao ChatGPT. Quanto à Azmina, escolhi-a devido ao fato de ser um dos melhores veículos do Brasil em webjornalismo especializado, tanto na parte jornalística quanto na computacional, resultado da experiência da fundadora, que possuía conhecimento em sistemas e webscraping. Isso resultou em um robô capaz de pesquisar informações no congresso nacional e, por meio de simples exemplos de notas jornalísticas favoráveis ao tema pesquisado, preencher e enviar escopos para sites e Twitter. Mesmo sendo algo simples, isso proporcionou à equipe do veículo a liberdade para realizar outros projetos, levando à evolução do projeto e à integração de chatbots.

Outra dificuldade foi debater sobre o tal hipertexto, uma implementação nas ciências literárias que ainda carece de uma boa definição. Alguns autores enrolam para explicar o que seria um hipertexto e hiperconexões, mas no final apenas descrevem um mero fluxograma.

Por isso, precisei traçar um contexto histórico-social, desde a Antiguidade até os precursores da Inteligência Artificial, escolhendo falar sobre Heron de Alexandria. No entanto, meu orientador demandou uma comparação com a evolução da história do Jornalismo. Fiquei frustrado, mas consegui explicar como funciona o sistema da semiótica - área da linguística que atribui nomes aos objetos - dentro da computação. Sim, ensinei no meu TCC lógica de programação usando a metáfora de "vamos fazer um bolo".

Assim, das vinte e uma páginas do artigo final para a aprovação, doze páginas foram dedicadas a explicar que a IA não é algo novo, não dominará o mundo e que essa é uma visão midiática. Destaquei que os pensadores do jornalismo são como dinossauros que chamam seus netos para ligar seus computadores. Também abordei o código na linguagem humana, desde os Impérios Grego, Romano até o Inca, para, no final, oferecer uma breve aula sobre lógica de programação. Nas últimas nove páginas, comparei a produção dos veículos que supostamente utilizaram algum software inteligente e como isso afetou a produção de notícias. Concluí que depende da cultura dos veículos: o Nexo utiliza máquinas de estado e um bom webscraping para elaborar matérias interativas e cativantes para o público, enquanto a Azmina utiliza essas ferramentas em quase tudo, limitando-se a coordenar se o robô fez tudo corretamente.

PS: Eu usei o GPT para corrigir meu texto.
PS: Quem quiser ver meu TCC, pode acessar por aqui: https://sauloferromaciel.onlyoffice.com/s/4d69zKzfTG_BgX8

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