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Identidade decentralizada: Autenticação com Credenciais Verificáveis em Acessos Institucionais. Uma Solução Segura e Privada.

Em muitas instituições, como escolas e empresas, o controle de acesso é um desafio diário. Tradicionalmente, usamos crachás, senhas ou documentos físicos, que são vulneráveis a roubo, falsificação ou perda. Uma alternativa mais segura e eficiente está emergindo: o uso de credenciais verificáveis, especialmente aquelas baseadas em SD-JWT-VC (Selective Disclosure JWT with Verifiable Credentials). Este modelo garante que a informação compartilhada seja mínima e confiável, permitindo que o acesso a portas ou sistemas seja feito de forma rápida, segura e privada.

Como Funciona a Autenticação com Credenciais Verificáveis?

A autenticação com SD-JWT-VC envolve três papéis principais:

  1. Emissor:
    A entidade que cria e emite a credencial, como uma escola ou uma instituição governamental. Por exemplo, uma escola pode emitir uma credencial para um aluno que mostra que ele tem permissão para acessar certas áreas da instituição.

  2. Titular:
    A pessoa que recebe a credencial e a armazena em uma carteira digital (no celular ou outro dispositivo). Por exemplo, o estudante que tem sua credencial para acessar a escola.

  3. Verificador:
    A entidade que valida a credencial para conceder o acesso. Pode ser o sistema de controle de portões da escola ou qualquer outro sistema de segurança.

O modelo de SD-JWT-VC é baseado no uso de um formato de token (SD-JWT) que permite ao titular revelar apenas as informações necessárias, como o seu nome e a instituição onde estuda, sem precisar mostrar detalhes extras, como sua data de nascimento ou endereço.

O Fluxo de Autenticação: Como Funciona na Prática?

  1. Emissão da Credencial:

    • A instituição cria uma credencial digital, que pode ser algo como: "João da Silva, aluno da Escola ABC, válido até 31/12/2025".
    • A credencial é assinada digitalmente pela escola, garantindo que ninguém possa falsificá-la.
  2. Uso da Credencial no Acesso:

    • Quando João chega na escola, ele usa sua carteira digital (que pode ser no celular ou em outro dispositivo) para fazer o check-in.
    • A carteira de João envia a credencial para o sistema de segurança, revelando apenas as informações necessárias (por exemplo, o nome dele e o fato de ser aluno da escola).
  3. Verificação e Validação:

    • O sistema de segurança verifica a assinatura da credencial para garantir que ela foi realmente emitida pela escola.
    • O sistema também verifica se a escola está na lista de emissores confiáveis. Se for, João pode acessar. Se não, o acesso é negado.
  4. Acesso Concedido ou Negado:

    • Se tudo estiver correto, o portão abre ou o sistema permite o acesso. Caso contrário, o acesso é bloqueado, protegendo a instituição de possíveis intrusos.

A Inclusão de Emissores Externos: Como Funciona?

Uma das grandes vantagens desse modelo é que, como verificador, você pode validar credenciais de outros emissores confiáveis, além de sua própria instituição. Por exemplo, se o GovBR ou outra entidade governamental emitiu a credencial de alguém, você pode confiar nela.

Como você pode fazer isso:

  1. Lista de Emissores Confiáveis:
    Como verificador, você mantém uma lista de emissores em quem confia, como o GovBR, universidades, empresas ou outras instituições.

  2. Validação de Assinaturas:
    A chave pública do emissor é usada para verificar a assinatura digital da credencial. Você pode acessar essas chaves publicamente em repositórios de confiança, como o ICP-Brasil ou serviços de chave descentralizada (DID).

  3. Regras de Validação:
    O verificador também define quais informações precisam ser reveladas para conceder o acesso. Por exemplo, pode exigir que a credencial do estudante mostre o nome e a escola, mas nada além disso.

Vantagens dessa Solução

  1. Privacidade Garantida:
    A maior vantagem desse modelo é a privacidade. Quando o titular mostra sua credencial, ele está revelando apenas as informações necessárias para o acesso — nada mais.

  2. Segurança Robusta:
    Como a credencial é assinada digitalmente, não há como alguém falsificar ou alterar as informações. E como as credenciais são armazenadas de forma segura em carteiras digitais, o risco de perda ou roubo é minimizado.

  3. Facilidade no Uso:
    Com uma credencial digital, o processo de autenticação é muito mais simples e rápido. Não é necessário levar documentos físicos, e o acesso é feito com um simples gesto no celular.

  4. Interoperabilidade:
    Como você pode confiar em diferentes emissores (como o GovBR ou outras entidades), esse modelo permite a validação de credenciais de várias instituições, ampliando as opções de acesso para os usuários.

Conclusão

A utilização de SD-JWT-VC para autenticação em sistemas de acesso é uma solução moderna, segura e fácil de implementar. Ela não só melhora a segurança das instituições, como também oferece uma experiência mais fluida e privada para os usuários. Ao permitir que você valide credenciais de emissores confiáveis externos, como o GovBR, a solução se torna ainda mais escalável e flexível. Se bem implementado, esse sistema pode ser a chave para o futuro da autenticação em instituições públicas e privadas.

Referências Técnicas:

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