Identidade decentralizada: Autenticação com Credenciais Verificáveis em Acessos Institucionais. Uma Solução Segura e Privada.
Em muitas instituições, como escolas e empresas, o controle de acesso é um desafio diário. Tradicionalmente, usamos crachás, senhas ou documentos físicos, que são vulneráveis a roubo, falsificação ou perda. Uma alternativa mais segura e eficiente está emergindo: o uso de credenciais verificáveis, especialmente aquelas baseadas em SD-JWT-VC (Selective Disclosure JWT with Verifiable Credentials). Este modelo garante que a informação compartilhada seja mínima e confiável, permitindo que o acesso a portas ou sistemas seja feito de forma rápida, segura e privada.
Como Funciona a Autenticação com Credenciais Verificáveis?
A autenticação com SD-JWT-VC envolve três papéis principais:
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Emissor:
A entidade que cria e emite a credencial, como uma escola ou uma instituição governamental. Por exemplo, uma escola pode emitir uma credencial para um aluno que mostra que ele tem permissão para acessar certas áreas da instituição. -
Titular:
A pessoa que recebe a credencial e a armazena em uma carteira digital (no celular ou outro dispositivo). Por exemplo, o estudante que tem sua credencial para acessar a escola. -
Verificador:
A entidade que valida a credencial para conceder o acesso. Pode ser o sistema de controle de portões da escola ou qualquer outro sistema de segurança.
O modelo de SD-JWT-VC é baseado no uso de um formato de token (SD-JWT) que permite ao titular revelar apenas as informações necessárias, como o seu nome e a instituição onde estuda, sem precisar mostrar detalhes extras, como sua data de nascimento ou endereço.
O Fluxo de Autenticação: Como Funciona na Prática?
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Emissão da Credencial:
- A instituição cria uma credencial digital, que pode ser algo como: "João da Silva, aluno da Escola ABC, válido até 31/12/2025".
- A credencial é assinada digitalmente pela escola, garantindo que ninguém possa falsificá-la.
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Uso da Credencial no Acesso:
- Quando João chega na escola, ele usa sua carteira digital (que pode ser no celular ou em outro dispositivo) para fazer o check-in.
- A carteira de João envia a credencial para o sistema de segurança, revelando apenas as informações necessárias (por exemplo, o nome dele e o fato de ser aluno da escola).
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Verificação e Validação:
- O sistema de segurança verifica a assinatura da credencial para garantir que ela foi realmente emitida pela escola.
- O sistema também verifica se a escola está na lista de emissores confiáveis. Se for, João pode acessar. Se não, o acesso é negado.
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Acesso Concedido ou Negado:
- Se tudo estiver correto, o portão abre ou o sistema permite o acesso. Caso contrário, o acesso é bloqueado, protegendo a instituição de possíveis intrusos.
A Inclusão de Emissores Externos: Como Funciona?
Uma das grandes vantagens desse modelo é que, como verificador, você pode validar credenciais de outros emissores confiáveis, além de sua própria instituição. Por exemplo, se o GovBR ou outra entidade governamental emitiu a credencial de alguém, você pode confiar nela.
Como você pode fazer isso:
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Lista de Emissores Confiáveis:
Como verificador, você mantém uma lista de emissores em quem confia, como o GovBR, universidades, empresas ou outras instituições. -
Validação de Assinaturas:
A chave pública do emissor é usada para verificar a assinatura digital da credencial. Você pode acessar essas chaves publicamente em repositórios de confiança, como o ICP-Brasil ou serviços de chave descentralizada (DID). -
Regras de Validação:
O verificador também define quais informações precisam ser reveladas para conceder o acesso. Por exemplo, pode exigir que a credencial do estudante mostre o nome e a escola, mas nada além disso.
Vantagens dessa Solução
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Privacidade Garantida:
A maior vantagem desse modelo é a privacidade. Quando o titular mostra sua credencial, ele está revelando apenas as informações necessárias para o acesso — nada mais. -
Segurança Robusta:
Como a credencial é assinada digitalmente, não há como alguém falsificar ou alterar as informações. E como as credenciais são armazenadas de forma segura em carteiras digitais, o risco de perda ou roubo é minimizado. -
Facilidade no Uso:
Com uma credencial digital, o processo de autenticação é muito mais simples e rápido. Não é necessário levar documentos físicos, e o acesso é feito com um simples gesto no celular. -
Interoperabilidade:
Como você pode confiar em diferentes emissores (como o GovBR ou outras entidades), esse modelo permite a validação de credenciais de várias instituições, ampliando as opções de acesso para os usuários.
Conclusão
A utilização de SD-JWT-VC para autenticação em sistemas de acesso é uma solução moderna, segura e fácil de implementar. Ela não só melhora a segurança das instituições, como também oferece uma experiência mais fluida e privada para os usuários. Ao permitir que você valide credenciais de emissores confiáveis externos, como o GovBR, a solução se torna ainda mais escalável e flexível. Se bem implementado, esse sistema pode ser a chave para o futuro da autenticação em instituições públicas e privadas.
Referências Técnicas:
- ISO/IEC 18013-5 - Mobile Driver’s Licenses.
- W3C Verifiable Credentials - Modelo de Dados para Credenciais Verificáveis.
- SD-JWT Specification - Especificação de Seleção de Divulgação JWT.