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Tá Rolando Eventos: A Jornada de um Projeto Engavetado por 10 Anos

Fala, pessoal! Tudo bem?

Recentemente finalizei meu “SaaS”, um projeto que ficou engavetado por mais de 10 anos. Durante esse período, busquei aprimorar meus conhecimentos e aprendi muito sobre desenvolvimento de software, até encontrar a tão sonhada “stack perfeita”.

Em 2007, eu tinha uma empresa de desenvolvimento de software e marketing. Nela, criei meu primeiro produto: uma plataforma para organizadores de eventos, que permitia criar sites totalmente gerenciáveis e aplicativos mobile. Na época, esses aplicativos eram muito caros, mas conseguimos conquistar boa parte do mercado com uma solução simples e inovadora, que atendia desde pequenos até grandes organizadores, tudo por R$ 4.999.

Minha stack era basicamente PHP, MySQL, jQuery, XML, ExtJS e JavaScript. Poucos devem lembrar do ExtJS, mas ele foi pioneiro nos aplicativos híbridos, permitindo acesso a funcionalidades nativas dos smartphones. A curva de aprendizado não era das mais fáceis, mas, ao dominar essa biblioteca, era possível desenvolver aplicações de peso.

A empresa estava indo bem. Tínhamos contratos com diversos organizadores de eventos, inclusive do governo do estado de São Paulo, e uma grande oportunidade se abria diante de nós. Porém, havia um fator que ameaçava todo o projeto: minha imaturidade profissional.

Infelizmente, eu era imaturo em gestão de negócios. Não em termos técnicos, mas na parte de administração e sociedade. Meu sócio, na época, era um homem experiente em diversas áreas, brilhante no que fazia—ele “vendia areia no deserto”, como dizem. Mas eu ainda não tinha maturidade suficiente para ser desenvolvedor, comercial, RH e CTO ao mesmo tempo. Eu não sabia como gerenciar uma empresa. Tratava meus colaboradores como amigos, e isso, no fim das contas, foi ruim para ambos os lados.

Com o passar do tempo, deixei de ser o dono e me tornei quase um funcionário. Não fui maduro para entender que gerenciar uma empresa vai muito além de desenvolver um bom produto. Tínhamos tudo: um produto excelente, bons contratos e sócios competentes. Mas a minha imaturidade fez a empresa ruir. Ainda assim, foi ali que nasceu o Tá Rolando Eventos (TRE), embora eu nunca tenha chegado a discutir esse projeto com meu sócio.

As coisas foram acontecendo, nossa amizade e parceria foram se desgastando, até que, no final, saí da sociedade com apenas R$ 300 no bolso, magoado, traído e frustrado. Naquele momento, não apenas engavetei o Ta Rolando Eventos, mas a minha vida também. Fiquei defasado no mercado e tive que reaprender muita coisa, começando do zero para chegar onde estou hoje.

Pois é, já estamos em 2025 e muita coisa aconteceu de lá pra cá: trabalhei em empresas diferentes, fiz diversos freelas, participei de vários cursos—bons, nem tão bons e outros excelentes, como o curso.dev do Filipe Deschamps. O Tá Rolando Eventos ficou esquecido esse tempo todo, mas eu continuei pagando 10 anos de domínio para garantir o nome de um projeto que considero um presente de Deus. Esperei, estudei, me aperfeiçoei e aprendi tudo o que pude nas empresas por onde passei, para um dia finalmente trazer esse projeto à tona e encerrar um ciclo ruim da minha vida. Eu preciso deste projeto não só para ganhar dinheiro (é claro que quero ganhar, e muito), mas principalmente para quebrar a maldição de sempre deixar as coisas pela metade. Sou um grande procrastinador quando se trata dos meus próprios sonhos—entrego trabalhos incríveis como freelancer para outras empresas, mas deixo meus projetos pessoais parados.

Afinal, o que é o Tá Rolando Eventos?

É uma plataforma de gerenciamento de eventos, parecida com o Sympla, mas a comparação para por aí. Meu sonho sempre foi conectar pessoas a eventos. Muitas vezes, as pessoas nem sabem o que está rolando pelo Brasil; ficam sabendo por amigos que foram ou por influenciadores que participam. Mas e se houvesse um lugar único onde eu pudesse acompanhar tudo o que me interessa e ficar por dentro do que vai acontecer?

Um lugar onde eu pudesse ter uma comunidade de amigos que curtem os mesmos eventos que eu, ou seguir organizadores que fazem eventos que agregam à minha vida? Pois essa é a missão do TRE: unir pessoas a eventos e oferecer uma experiência rica tanto para o organizador quanto para o público.

Certa vez, eu tinha uma banda cover de Red Hot Chili Peppers chamada Funk Monkeys. Fomos tocar em uma chácara em Ibiúna—lugares afastados são fáceis de errar o caminho, né? Acabamos chegando 2 horas atrasados por nos perdermos várias vezes. Quando chegamos, descobrimos pessoas que sabiam a melhor rota. Então pensei: e se existisse um chat onde todos os participantes pudessem trocar informações sobre o trajeto, estacionamentos próximos, perigos na estrada, etc.? É para isso que serve o TRE: facilitar esse tipo de informação e conectar pessoas, onde você pode conhecer quem curte o mesmo estilo musical ou estuda as mesmas tecnologias que você.

Em resumo, o TRE é uma plataforma social de eventos que permite às pessoas se conectarem e trocarem experiências, criando uma galeria de lembranças únicas de cada evento que participarem. Queremos que você esteja sempre ansioso para o próximo encontro. Não somos apenas mais uma plataforma de eventos, mas uma rede social em que o evento é o elo que nos une ao que mais gostamos.

Essa é a história do meu projeto. Estou assustado, ansioso, preocupado, mas ao mesmo tempo muito empolgado com o que está por vir. E preciso do apoio da nossa comunidade dev maravilhosa para testar, palpitar, reportar erros e ajudar a tornar a plataforma tudo o que descrevi aqui.

Depois disso, vamos lançar o TRE no mercado e vou precisar de toda a ajuda possível para divulgá-lo. Por enquanto, ele está em sandbox, e gostaria de convidar vocês para testar e nos ajudar nesse processo de homologação. Bora?

Deixem suas sugestões nos comentários!

Link do projeto: https://www.tarolandoeventos.com.br/?preview=2fd384b7c98a5e1d6f3249c8

Meu muito obrigado a todos que chegaram até aqui.

Valeu!

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