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Opa @leonardomessi,

Já tive mais de 2 mil alunos que vieram da programação, querendo aprender No Code / Low Code.
Portanto, vou listar quais são os principais prós e contras que eles me relataram em optar por plataformas No Code / Low Code para quem já é programador.

O principal benefício que eles apontavam era exatamente esse que você citou: não precisar se preocupar tanto com a infraestrutura e com detalhes técnicos de servidor, criptografia e segurança de dados, atualização de dependências, etc.
Não por isso não ser importante - ao contrário: por ser tão importante que eles preferem confiar em empresas e pessoas extremamente capacitadas cujo objetivo é exatamente garantir que seu aplicativo tenha o maior uptime possível, que dados sensíveis não sejam expostos, que atualizem as dependências e bibliotecas e garantam a compatibilidade.
Com isso resolvido, eles conseguem investir mais tempo pensando em novas features, melhorias de experiência de usuário, monetização, precificação, e como agregar mais valor aos usuários.

O benefício secundário para os programadores é a velocidade de criação, correção e implantação de melhorias. Lembro de um aluno me relatando que o que mais lhe chamou atenção é que "é muito difícil entender um código que eu mesmo criei há um ano atrás, mas com No Code eu bato o olho até no aplicativo de outras pessoas, e já entendo na hora", e "já subi features enquanto eu falava no telefone com o usuário".

Agora, a principal desvantagem é: No Code / Low Code não faz 100% do que você faz com código.
Pense que No Code / Low Code não é para os 20% softwares mais complexos do mundo. É para os 80% menos complexos.
Ou seja, se teu SaaS é uma inovação tecnológica, será melhor ficar no código.
Mas se teu SaaS é usar tecnologias que já existem para resolver problemas de negócios, com No Code / Low Code você terá mais agilidade.

Exemplos de softwares em que eu NÃO usaria No Code / Low Code:

  • Softwares desktop executáveis (a maioria das plataformas No Code / Low Code são para criar aplicações web e mobile)
  • Sistemas embarcados
  • Sistemas cujo core feature seja manipulação massiva de imagens e vídeos (ex: Tiktok / gravação de vídeos com filtros, manipulação e desenho em mapas, interação com objetos 3D ou CAD)
  • Sistemas cujo core feature seja web scraping
  • Jogos 3D (existem plataformas No Code boas para jogos 2D e jogos 3D simples - como Construct - mas não vai conseguir criar um jogo AAA com elas)
  • Bancos digitais (embora já existam bancos digitais no Brasil criados 100% com No Code, eu pessoalmente faria no código, dado que para fins de auditoria é importante ter controle de 100% do código-fonte).

Exemplos de softwares em que eu USARIA No Code / Low Code:

  • Sistemas de gestão / ERPs
  • CRMs e aplicativos de vendas
  • Redes sociais
  • Aplicativos delivery
  • Plataformas de membros / cursos online / EAD
  • Sistemas de automação via API (automação de WhatsApp, integração com redes sociais, etc)
  • Aplicativos de I.A. (integração API com OpenAI é simples)
  • Marketplaces

Em resumo, No Code e Low Code são excelentes para aplicativos web e mobile de CRUD e API.
Se tua ideia de SaaS é algo assim, te sugeriria ir por esse caminho, sim.

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Caraca, bom demais encontrar o Renato por aqui!
Estou trabalhando como dev no-code, criando soluções rapidas para processos internas da empresa onde eu trabalho. No futuro quando tiver mais exp com desenvolvimento de produtos, usabilidade e principalmente tempo kkk vou me aventurar com algum saas

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Valeu DEMAIS, Renato.
Era isso que eu gostaria de ouvir de alguém que conhece os dois lados.
O que faz sentido e o que não faz para No Code.
Que tem muita coisa sendo feita como MVP eu tô vendo. Mas não sei muito sobre aplicações em versão definitiva mesmo.