Transição de carreira e visão de iniciante na programação
Me apresentando
Olá meu nome é Raylander Guimarães tenho 30 anos, sim uma versão abrasileirada do filme Highlander o guerreiro imortal, sou professor de Educação Física tendo atuado tanto no fitness como na área escolar, atualmente trabalhando somente na segunda área citada, estava a muito tempo procurando um local bacana como esse do TabNews para compartilhar algumas coisas que tenho percebido e aprendido durante essa minha jornada de transição de carreira para a área de TI. Dessa vez gostaria de compartilhar uma percepção que tive como iniciante na área sobre estudos e prática que pode ajudar algumas pessoas que estão na mesma posição que eu, de início ou transição de carreira.
Prática e Projetos
Esses dias eu vi uma postagem de um programador numa rede social respondendo a pergunta de um seguidor sobre a dificuldade dele (seguidor) para pensar em algum projeto para praticar, mesmo que seja uma coisa pequena. Daí vendo essa postagem me deu um estalo na mente e eu comecei a pensar sobre isso e achei interessante compartilhar um pouco do que penso a respeito disso e gostaria da opinião dos colegas mais experientes por aqui.
Vamos lá, no meu ponto de vista quando iniciamos na programação ficamos ansiosos para aprender logo as tecnologias, pra conseguir criar algo, mas acho que a gente idealiza algo muito grande e acaba se frustrando, ou pior, acabamos não fazendo ideia de como começar uma ideia, ou projeto e na minha visão isso é super normal.
Quando pensamos em programação, principalmente para a gente que está iniciando fica difícil abstrair e relacionar o que estamos aprendendo com o mundo em que vivemos e as coisas que conhecemos ou habilidades em si.
Pensando em que está iniciando agora, eu refleti e pensei numa analogia, uma marcenaria por exemplo, se você começar um curso de marcenaria hoje e no curso você aprender sobre as ferramentas, tipos de madeiras, técnicas utilizadas para produzir algo, fica um pouco difícil você visualizar o que é possível criar com aqueles materiais, ferramentas e habilidades aprendidas, aí se você ficar tentando pensar em algum móvel para criar baseado só no que você viu no curso vai ficar bem complicado, ou se alguém te pedir pra criar um móvel que você nunca viu na vida, você vai empacar e provavelmente não vai nem aceitar o projeto.
Seria necessário você conhecer o móvel, o que é possível criar com aquelas ferramentas e habilidades que aprendeu no curso, quais tipos de madeiras e materiais necessários, ver alguém que ja produziu aquele móvel, como fez, pra você pelo menos ter idéia de como começar, até seguir aquela forma de fazer, fazer vários, praticar até você desenvolver a sua forma de fazer, de acordo com as suas particularidades e dificuldades.
Eu enchergo a programação nesse início dessa mesma forma, aquele curso que você ta estudando ta aí pra isso, pra você conhecer as tecnologias, possibilidades, formas de criar os projetos visualizar as diferentes formas de fazer e quanto antes você perceber isso mais você vai progredir.
É na fase de estudos (que por sinal nunca vai acabar), que você vai ler código, copiar código ver as possibilidades, nisso você está praticando, se familiarizando com o código e as tecnologias, até encontrar a sua forma de fazer a partir dali começar a produzir seus pequenos projetos práticos, brincando com o código, desde criar uma landing page até trocar a cor de um botão.
Mas no meu caso em específico está acontecendo dessa maneira, eu preciso ter pelo menos um deslumbre do que pode ser feito com as tecnologias que estou aprendendo, quando acho que aprendi algo, pego aquilo e fico brincando tentando modificar o que fiz no curso, tentando entender os códigos, eu sou assim, preciso visualizar bem as coias e quando consigo prozuir algo isso me motiva demais a continuar, por mais que seja algo bem simples. Mas todo mundo é assim? Lógico que não, existem pessoas que conseguem abstrair de forma mais fácil e visualizar as possibilidades mesmo sem exemplos prévios, mas nós devemos nos conhecer e saber em qual grupo de aprendizes estamos.
Agradeço por ter lido até aqui.