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Pontos importantes para uma entrevista de emprego no exterior

Pode parecer estranho mas, normalmente, processos seletivos para empresas de fora do Brasil tendem a ser mais rápidos que os nossos.

Isso porque, o empregador, quando recorre da contratação de mão-de-obra terceirizada já tem bem definido qual será o escopo da atuação daquele profissional, ou seja, já se sabe bem o que ele fará, em qual projeto atuará, minimamente já foi estimado o tempo de permanência do profissional alocado, e principalmente o que se esperá no mínimo, e o que seriam pontos/critérios de desempate. Por isso, quando for convidado para participar de um processo seletivo esteja preparado para uma alocação bastante rápida.

Pensando nisso, vou deixar aqui minha contribuição para você, que deseja essa carreira de "dev no exterior" - ainda que remotamente -, saber o que eseprar neste tipo de seleção.

  • Inglês é, obviamente, o mínimo. Mas a tolerância é grande.
    Apesar de nossa intuição nos fazer crer que será necessário conseguir declamar Shakespeare sem errar, a realidade é que o estrangeiro tem larga tolerância com erros de inglês, principalmente no que tange a conversa que você terá com o entrevistador. Então, meu conselho é: prepare-se para o diálogo, mas não entre na paranóia pois isso te fará congelar e impedirá que o diálogo flua. Eles se esforçam bastante para compreender nossa tentativa de se comunicar.

  • Tenha um currículo em inglês pronto.
    Eu sei, parece óbvio novamente. Mas preste atenção: currículo para o estrangeiro é diferente do nosso. Costumamos, no Brasil, confeccionar currículos resumidos e bem objetivos, com tópicos curtos, focando nas útlimas experiências profissionais, as formações acadêmicas relacionadas à área, etc. Principalmente para o norte-americano, isso não é tão legal. Para eles, seu histórico profissional é inteira e igualmente importante, mesmo que sua primeira experiência tenha sido como "chapeiro do Burguer King", essa trajetória é valorizada lá - e, sejamos honestos, eu, particularmente valorizo isso aqui também. Outro importante aspecto é detalhar o que você de fato executou nos projetos técnicos - ai sim, relacionados com a área - em que atuou. Claro, não estamos falando de escrever um livro. Mas aqui são toleradas e encorajadas produções de duas, até três páginas.

  • Faça o "code chalenge" com cautela.
    Ele determinará qual o seu valor. Não valor moral, mas o valor em dólar, mesmo. Se você for extraordinariamente bem, seu valor por hora será mais caro. 90% das empresas se baseiam nele para te fazer uma oferta.

  • Seja totalmente honesto.
    Acredite você ou não, todas as empresas que trabalhei eu não dominava 100% das techs que eles utilziavam. As vezes era GraphQL e eu nunca havia usado, as vezes era GCP e eu sabia muito pouco. Enfim. Não há problema algum em ser honesto, transparente e sincero: - Você sabe o que é CQRS? - Apenas conceitualmente. Nunca trabalhei. Pronto. Se você for descartado para essa vaga, será melhor do que contarem com você para algo que você não faz a menor ideia de como funciona.

  • Espero que tenha trazido algum tipo de path para você e que te ajude a se preparar para quando sua seleção chegar.
    Boa sorte!

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    Interessante, aqui na Alemanha pessoal gosta de CV mais curto, modelo europeu é quase que uma tabelinha. Tambem tem a diferenca que eles preparam o curriculo dependendo da vaga. Isso que vc comentou de Burguer King e tal , que eu concordo, nao faz tanta diferenca aqui, pelo menos com recrutadores com quem conversei/ amigos.

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    Bacana. Isso é importante. Mostra algumas faltas de padrões.
    Já trabalhei em algumas empresas nos EUA e Canada. Todas tiveram bastante interesse no histórico completo. Eu fui militar no Brasil e, por incrível que pareça, foi um diferencial na desição da contratação. Outro companheiro, brasileiro, de trabalho, também passou por essa experiência. Trabalhou até em empresa de limpeza industrial e comentou que a trajetória dele foi um ponto importante para o recrutador.

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    Amigo tenho dezesseis anos e desejo ir para o estados unidos lá pelos meus vinte e cinco anos, sou um progamador Full-Stack(Python + django - back / Js/React - front).

    Já trabalho como progamador, você acha que eu preciso de quantos anos de experiencia no mínimo para arriscar uma vaga remota/uma vaga com visto. Em minha mente 10 anos de experiência

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    Campos, você já tem o necessário para isso. Se você conseguir se comunicar com razoabilidade em inglês, você já tem o necessário para se expor internacionalmente. Claro que, devido a sua idade - na verdade ao fato de você ainda ser menor - você não poderia imigrar. Mas até prestar serviço, de acordo com as leis Norte-americanas, por exemplo, você poderia.
    Continue no caminho que você está e, em dois anos, volte aqui e me conte qual empresa te contratou!

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    Com toda certeza. Se você tem um inglês aceitável - falarei sobre isso em outro post - você DEVE tentar trabalhar para fora. É a mesma coisa, só que em inglês. Se a empresa estiver disposta a contratar alguém com um nível inicial de habilidades, por qual motivo não contrataria você?
    Vá em frente!

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    Incrível

    Se me permite, tenho algumas dúvidas.

    • Quando e por que você se setiu ""pronto"" para aplicar para uma vaga no exterior?
    • Como você achou a vaga? Nestes sites da internet ou foi atrás (mandando e-mail, etc.)?
    • O que define um nível aceitável de inglês? Existe algum teste na internet ou alguma métrica?

    Desculpe se foram perguntas muito abrangentes, mas está última principalmente eu sempre fico em dúvida, já tive que passar 1 semana com alguns gringos falando inglês (inglês esse que aprendi 1 semana antes de ir para o evento), e eles me entendiam assim como eu entendia eles, mas a minha gramática era péssima e expressar minhas ideias também era meio difícil levando em consideração o vocabulário limitado, mas eles sempre entendiam onde eu queria chegar ksksks

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    Pô, Victor. Desculpa nada, cara. Suas perguntas são muito pertinentes. As vezes a gente escreve e não percebe que ficaram vários gaps de informação. E informação importante. Vou fazer o seguinte: ao invés de responder suscintamente aqui, vou aproveitar sua pergunta e fazer um novo post detalhando isso ai. Farei isso ainda hoje.

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    Cara eu tenho muito essa vontade de trabalhar no exterior. Obrigado pelas dicas! Minha dificuldade é encontrar essas vagas. Sei que existem alguns agregadores e até mesmo o Linkedin, mas não me sinto muito seguro... Acho que vou ter que dar a cara a tapa mesmo e concorrer ksksk

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    Muito massa esse post! uma ideia muito legal pra quem quer adquirir experiência da gringa é pesquisar no LinkedIn: Vagas para voluntários -no país de sua escolha-.

    Tenho um amigo que foi aceito para trabalhar de voluntário em um projeto do Canadá e ele faz tudo de casa mesmo, o contato com o pessoal do projeto ajudou bastante ele a destravar e praticar o inglês.

    E querendo ou não, já é uma experiência estrangeira no seu currículo.

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    Estou querendo me candidatar a vagas extranjeiras e tentar realocação, me preparando a um tempo no inglês e sua publicação com certeza me deixou mais aliviado.
    Não tenho formação superior na área de Programação mas penso em fazer um Mestrado lá fora (tenho preferência pelos países Nórdicos) para estudar e trabalhar.
    Você acha que não ter formação superior direto na área poderia atrapalhar no processo?

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