Uma vida de bits e bytes: Minhas reflexões sobre tecnologia e transformação
"Meu nome é Pierre, tenho 54 anos, e embarquei em minha jornada tecnológica no crepúsculo dos anos 80. Ao longo desse tempo, testemunhei transformações significativas: tecnologias surgiram, desapareceram ou evoluíram. Naquela era, a tecnologia era um luxo, com computadores valendo pequenas fortunas e a inexistência da internet como a conhecemos hoje.
Nesse contexto, a tecnologia moldou minha trajetória profissional. Evoluí de um aprendiz a programador, de aluno a proprietário de uma escola de informática nos anos 80. Me aventurei por linguagens como Basic, Pascal, C, Clipper, Dbase, Recital, entre outras. Trabalhei em diversas indústrias - Transporte, Varejo, Educação, Telecomunicações - sempre ligado à tecnologia. Foi, sem dúvida, uma odisseia.
Olhando para o passado para entender o futuro, percebo uma corrida frenética que desafia aqueles que sonham em ingressar na área e até mesmo quem já faz parte dela. A sobreabundância de informações se tornou, paradoxalmente, um obstáculo, complicando o ponto de partida para muitos. Como começar? O que aprender? Essas dúvidas se multiplicam a cada pesquisa no Google ou conversa com os incontáveis "especialistas" que surgiram.
A pressão para alcançar resultados em tempos irrealistas se transformou em uma exigência para os novatos, gerando sentimentos de inadequação e atraso em comparação com colegas mais experientes.
Esquecemos os princípios básicos: começar do zero, avançar um passo de cada vez, superando desafios realistas para construir confiança e preparação para desafios maiores. Os rótulos - júnior, pleno, sênior - e as expectativas irreais impostas aos iniciantes refletem a insanidade de nosso tempo moderno.
Minha mensagem aos novatos é se afastarem dessa loucura. Concentrem-se em construir uma base sólida através de pequenos passos. Essa abordagem mais lenta no início, sem dúvida, acelerará seu progresso no futuro, preparando-os melhor para as revoluções que virão.
Este relato reflete minha perspectiva pessoal, que certamente difere da sua.
E você, o que pensa sobre tudo isso?
Um grande abraço,