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Como se destacar em eventos, mesmo sem dinheiro para patrocínio

Fomos ao Subido Ao Vivo 2024 e conseguimos aparecer, mesmo sem ter patrocinado o evento

Pelo terceiro ano consecutivo, acontece o Subido Ao Vivo, maior evento de tráfego pago do Brasil. Obviamente, o Tintim precisava estar lá.

Acontece que somos uma empresa nova e sem dinheiro para patrocinar o evento. Como extrair valor sendo um "mero" participante do evento?

Na edição de hoje da Newsletter do Moa, eu conto sobre como foi a participação do Tintim no "Subido Ao Vivo", e como conseguimos chamar atenção da galera, mesmo sem stand nem palestra.

Subido Ao Vivo 2024

Pedro Sobral é a maior referência quando falamos em tráfego pago, no Brasil. Para você ter uma ideia de como o cara é relevante, foi ele quem cunhou o termo "gestor de tráfego". Antes, o termo usado para nomear quem opera campanhas de performance na internet era "analista de mídia e performance".

O Pedro Sobral tem uma comunidade com mais de 40 mil pessoas que usam, de algum modo, tráfego pago para vender. Existem muitos empresários, como eu, lá dentro. Mas, a grande maioria, sem dúvida, são prestadores de serviço. Justamente o público-alvo do Tintim.

Caso você não esteja por dentro desse mercado e esteja se perguntando "mas que raios significa Subido?!", esse é o termo que os seguidores do Pedro Sobral se denominam (não sei porque). Portanto, o Subido Ao Vivo é o evento anual em que todos os gestores de tráfego seguidores de Pedro Sobral se encontram.

Pois bem… eis que Luiz, head de suporte e CS aqui no Tintim, e Isabella, responsável por marketing e produção de conteúdo, me abordam comentando que, em agosto, haveria o Subido Ao Vivo 2024. "Verdade, como eu fui esquecer disso?". Acho que eu estava tão focado em executar e em bater as nossas metas do ano que acabei me esquecendo completamente.

Mas, fato é que, se tem um lugar onde o Tintim deve estar, esse lugar é o Subido Ao Vivo. Mesmo sem vontade nenhuma de sair de casa (por mais que esses eventos sejam legais, eles são MUITO cansativos), acabamos comprando os ingressos e embarcando rumo à cidade maravilhosa.

O nosso objetivo? Confesso que não sabia. Nesses um ano e meio de Tintim, era a primeira vez que eu estaria em um evento representando a nossa marca. Realmente, não sabia o que esperar. A intenção era ir e, lá, descobrir como gerar e extrair valor.

Por mais que eu não sabia o que esperar, o que eu sabia é que, para fazer descobertas, eu teria que conversar com as pessoas. Com muitas pessoas. Pensando nisso, pensamos em algumas estratégias para nos destacar. Foram estratégias bem básicas, mas que tiveram um resultado super positivo.

Depois de três dias de evento, muitas horas em pé, muito bate-papo (e algumas cervejas), saímos de lá com uma sensação incrível. Em números práticos, geramos um total de 35 leads. Pode parecer pouco, se pensarmos que a gente gera mais de 150 leads por semana com metade do investimento. Mas, sem dúvidas, leads engajadíssimos, que tiveram oportunidade de conversar diretamente comigo e com o time.

Além disso, chamamos muita atenção. Com certeza, muita gente não conhecia a gente e passou a conhecer. Pudemos também trocar uma ideia com nossos antigos e atuais clientes, e coletar feedbacks super positivos (a maioria deles foram gravados, e se tornarão material de marketing e vendas). Por fim, aproveitamos para gravar alguns anúncios, se aproveitando daquele contexto.

O que fizemos por lá?

Muita coisa. Tantas, que eu resolvi dividir em três categorias: o que fizemos antes do evento, o que fizemos durante o evento, e o que fizemos pós-evento. Começando pelo pré-evento…

Fomos vestidos de amarelo

Caso você não saiba, a cor principal da marca do Pedro Sobral é azul. A segunda cor é o preto. Além disso, o evento inteiro é bem escuro, já que existe um foco muito grande em palestras, palco, jogo de luzes, etc.

Com essas informações em mãos, a gente se perguntou: "como podemos nos destacar no meio dessa galera?". Foi quando o Luiz falou "temos um amarelo na nossa paleta de cores". Então, mandamos fazer várias camisetas amarelas. Foi tiro e queda! De amarelo, era só a gente ou os bombeiros.

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Onde está Wally?

QR Code na barriga

Ano passado, eu fui ao RD Summit. A ideia era ir trajado de Tintim, e ter um QR Code de fácil acesso para quem quisesse conhecer mais sobre nossa ferramenta. Acontece que cometi dois erros básicos: o primeiro deles foi que a camiseta era preta, e com um logo bem pequeno na frente. Zero chamativo. O segundo foi que o QR Code estava nas costas.

Pode fazer sentido ter um QR Code nas costas, pois assim fica fácil para a galera me ver na multidão, se interessar, e bater o QR Code sem nem precisar falar comigo. Muito lógico, na teoria, mas, sem sentido nenhum na prática.

Primeiro que você já viu a dificuldade que é para bater um QR Code? Ninguém consegue bater um _QR Code _em movimento. Segundo que eu não tinha onde deixar minha mochila, portanto, fiquei com elas nas costas durante todo o evento, cobrindo o bendito do QR Code.

Lição aprendida! Para o Subido Ao Vivo, a gente decidiu colocar o QR Code na barriga. Baita acerto. Era muito fácil pedir para a galera escanear.

Esse QR Code acabou virando nosso call to action depois da explicação da ferramenta. Era um link que levava para o WhatsApp da nossa SDR, a Clarisse (óbvio que usávamos o Tintim para rastrear essa mensagem). O resultado foram 35 leads super qualificados, prontos para uma reunião de vendas, direto no nosso WhatsApp.

Adesivos e bottons

De surpresa, o Luiz me apareceu com uma cartela de 200 adesivos do Tintim, e mais 10 bottons, super bonitos. Ótima surpresa, pois o pessoal adorou ser "Tintimzado".

Todo mundo que conversava com a gente recebia um adesivo do Tintim. A ideia era colar o adesivo na credencial da pessoa. Assim, quando alguém quisesse saber o nome dessa pessoa, olharia para o crachá e veria também o logotipo do Tintim.

As pessoas ficavam super felizes de ganhar o adesivo. Isso acabava associando um sentimento positivo à marca. Esse sentimento é o que faz a marca fixar na cabeça de uma pessoa.

Para quem era mais exclusivo, como um cliente estratégico ou um parceiro estratégico, a gente dava um dos nossos exclusivíssimos bottons. Chegamos a tirar bottons da nossa roupa para dar ao cliente, dado o nível de exclusividade. A galera ia à loucura.

Coletamos muitas provas sociais

Como a gente estava chamando muita atenção, devido a cor da camiseta, vários clientes paravam a gente para dizer que eram clientes e agradecer pelo valor gerado. Sério, eu fiquei super impressionado com o tanto de gente que fez isso. A gente fica no dia a dia da operação, e acaba focando tanto nos problemas que esquece que a grandessíssima maioria dos clientes estão felizes e satisfeitos com o nosso trabalho. Esse reconhecimento nos lembra disso e faz muito bem.

Sempre que um cliente parava a gente pra comentar sobre o Tintim, a gente aproveitava e filmava esse depoimento espontâneo. O depoimento acabava virando uma entrevista, em que eu ia fazendo perguntas que eu sabia que as respostas seriam mais elogios e agradecimentos. Outro detalhe é que a câmera coloca uma certa pressão na pessoa. A maioria das pessoas, quando pressionadas, começam a falar pelos cotovelos. Isso é ouro pra gente. **Prova social nunca é demais. **

Além disso, sempre que dava, a gente tentava colocar um flash na hora da gravação. Na iluminação do vídeo isso nem fazia tanta diferença, mas acabava que chamava a atenção da galera em volta: "o que que esse pessoal tá gravando?". É uma sensação parecida com aquela que a gente sente quando vê uma equipe de TV filmando algo perto da gente. Desperta curiosidade no público e traz uma sensação de autoridade pra gente.

Produzimos conteúdos para as redes sociais do Tintim

A Isa acabou atuando como filmmaker e social media nesse evento. O processo era simples: sempre que eu ou o Luiz começávamos a conversar com alguém, ela começava a documentar, seja com foto, seja com vídeo.

Esse material ia para as redes sociais praticamente em tempo real. O resultado disso é que a gente conseguiu aproveitar o evento para impactar tanto quem não estava no evento, mas estava acompanhando pelas redes, quanto quem estava no evento e passou a seguir a gente por lá.

Imagina a sensação de autoridade transmitida por um conteúdo que mostra alguém pedindo para tirar foto com a gente (foram vários pedidos)? E dando entrevista, então?

Produzimos anúncios usando o contexto do evento

Como eu disse, praticamente todo mundo do nosso público alvo sabe quem é o Pedro Sobral e sabe que ele tem um evento chamado Subido Ao Vivo. Essa galera sabe, também, que o Pedro Sobral é o maior do mercado.

O que a gente fez foi usar e abusar das placas, letreiros e imagens do Pedro e do evento para usarmos de pano de fundo para produzir anúncios. Imagine o valor ao aparecer junto do maior do mercado?

Além disso, aproveitamos os gestores de tráfego que estavam com a camiseta do Subido e do Subido Pro (mentoria do Pedro Sobral) e produzimos anúncios com eles. Colocar a personificação do nosso avatar dentro do nosso anúncio é conseguir me comunicar da forma mais direta possível com o meu público-alvo.

Interagimos com o nosso mercado

Eu voltei para casa praticamente sem voz. Eu conversei com MUITA gente. Conversamos com clientes. Conversamos com ex-clientes. Conversamos com futuros clientes. O objetivo era simples: coletar feedback e entender as dores dessa galera. A gente queria entender o que poderíamos fazer para melhorar ainda mais o nosso produto.

whatsapp

Fiz novos amigos e cultivei antigas amizades

Eu já falei aqui diversas vezes da importância de ir aos eventos e se relacionar com as pessoas. Essa foi uma ótima oportunidade pra isso.

Tive a oportunidade de me relacionar com os donos de outras ferramentas do nosso mercado, como os amigos Renan e Rodrigo, da Reportei (já fui entrevistado por eles, inclusive).

Também tive a oportunidade de aprofundar nosso relacionamento e amizade com o time da MyAds, responsáveis pelos anúncios do Tintim. Por fim, mas não menos importantes, nos relacionamos entre nós, como time. Bebemos, comemos, demos risada e nos divertimos.

O que poderíamos ter feito melhor?

VIP

Pelo fato da gente decidir ir ao evento muito em cima da hora, todos os ingressos estavam esgotados. Foi um parto para conseguir achar três gatos pingados que não poderiam ir ao evento e estivessem vendendo seus ingressos. Infelizmente, nenhum deles era VIP.

Nesse tipo de evento, é na área VIP que os players mais estratégicos ficam. Por não estar lá, eu perdi a chance de conhecer e me relacionar com possíveis parceiros de negócio do Tintim.

Mas… lição aprendida! No fim do evento, eles liberaram o lote zero do Subido Ao Vivo 2025, e eu já garanti dois ingressos VIPs.

Pensar em formas criativas de viralizar

A camiseta amarela foi uma ideia genial para chamar atenção. O próximo passo é tentar viralizar, de algum jeito. Como foi tudo em cima da hora, não tivemos tempo de pensar nisso.

Eu acredito que dá pra fazer muito mais. Talvez produzir uma gincana com prêmios, ou algum tipo de disputa, que permita um fator de viralização. Enfim… são hipóteses.

Nós somos uma empresa recém-nascida, e com pouco dinheiro. Já que ainda não temos bala para patrocinar um evento desse porte, a gente precisa ser criativo para conseguir chamar atenção e ser reconhecido.

Inclusive, para o ano que vem, eu pretendo trocar uma ideia com eles em relação a patrocínio. Eu imagino que seja bem caro e que esteja fora da nossa alçada. Mas, perguntar não tira pedaço.

Mas, mesmo com pontos de melhoria, eu acredito que a gente mandou muito bem! Quando eu digo "a gente", me refiro muito mais ao Luiz e à Isabella. A maioria das ideias saíram da cabeça deles.

Espero que esse texto te inspire a buscar formas criativas de chamar atenção sem gastar muito dinheiro.

Abraços


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