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Ótimo relato.

É normal as pessoas agirem assim, mas não desejável. É humano, mas atrapalha. Alguns administram melhor que outros. Alguns não vão conseguir administrar nunca porque possuem sérios problemas mentais (e não estou falando para ofender ninguém, é só uma análise da realidade, e é uma pena que isso também seja algo bastante humano).

Seria bom que todos entendessem como o mundo funciona e o que é melhor para a coletividade, que acaba sendo bom para o indivíduo indiretamente. E hoje está ficando complicado, as pessoas estão pensando muito em si mesmas de forma tão intensa que acabam se sabotando, sem perceber. Isso sempre foi um pouco humano, mas não só minha percepção, mas tem estudos indicando que está aumentando muito. Provavelmente por consequência do uso de redes sociais.

Hoje existe até um termo usado para definir isso: "floquinho de neve". Ou seja, a pessoa se acha especial, acha que os outros estão à disposição dela. Ela não entende que se ela precisa dos outros ela precisa pensar no coletivo, precisa oferecer algo. Pode ser algo muito simples, mas precisa demonstrar que ajudá-la não será um desperdício.

Cada pessoa pode se motivar por uma razão para ajudar. E isso pode variar em cada momento. Acontece comigo e com várias pessoas, sempre de forma diferente, mas ninguém é um robô.

Quando você motiva alguém pode obter uma boa ajuda. Pode ser que motive alguém que tem uma ajuda fenomenal. Não é fácil acontecer isso, precisa ter uma conjunção de fatores, mas você pode conseguir por sorte ou por esforço. Quando junta os dois, a chance aumenta muito.

As pessoas precisam se responsabilizar. Cada vez mais isso tem deixado de acontecer. Não vou entrar em detalhes aqui, tem especialistas que estudam muito isso e são quase unânimes em dizer que a educação anda muito falha, e embora a escola seja um pouco culpada, não é o principal fator. E cada dia mais as pessoas estão falhando e culpando mais ainda as outras pessoas.

Claro que nem todo mundo faz isso, mas é uma reação cada vez mais natural. E não vai resolver nada. É tentar culpar os outros, mas mesmo que eles tenham alguma, é melhor tentar assumir a responsabilidade. Não pode ficar dependendo dos outros. Pode contar que outros vão ajudar em algum momento, para algumas coisas, mas não sempre, para tudo. Então você precisa se virar.

A pesquisa quase sempre dará melhor resultado que perguntar. Quase tudo o que você poderia querer saber já foi postado por alguém. E quase todas as vezes que perguntar algo, provavelmente não quis ou não conseguiu fazer uma pesquisa, e achou que "já que tem uns trouxas na internet para dar uma resposta só pra mim, eu vou lá (ab)usar isso". E vai encontrar todo tipo de reação, algumas mal criadas, algumas duras, algumas ruins, algumas neutras, e algumas mais positivas, em alguma medida. Até poderá conseguir exatamente o que deseja.

Então se a pessoa começar a se responsabilizar pela sua vida (e vemos aqui mesmo todos os dias as pessoas não fazendo isso) e entender o processo da vida, que inclui comunicação e expressão, e uma parte disso está bem explicada no artigo linkado na postagem original. Quando as pessoas aprendem a perguntar, ela começa nem precisar fazer a pergunta mais, pelo menos não para outras, ela pergunta para si e acha a resposta, que pode estar dentro dela, tem caso que nem pesquisa são necessárias. E a experiência vai dando a resposta cada vez mais frequentemente.

O mundo não vai mudar para atender suas expectativas, principalmente quando elas são irreais e egoístas.

E precisa ser muito crítico com o que consome. Principalmente em algo que não costuma ser classificado por pessoas experientes no assunto. Isso significa que o Chat é um enorme pergio para os humanos, mas não do jeito que muitos acham, ele agrada as pessoas, não tem compromisso com a evolução delas. Se ique será caso perdido, mas o ChatGPT não é o que as peasoas pensam.

A boa prática é não seguir boas práticas. Repito muito isso, porque você deve aprender as coisas com profundidade, "boa prática" é um atalho que as pessoas escolhem para não aprender. É um vício que prejudica o resultado delas. Não vou entrar em detalhes aqui, mas o artigo inteiro ali é mais importante que boas práticas. Não tenho como recomendar nada melhor.

Posso contribuir com outro artigo do lendário Jon Skeet. O Eric Raymond também é, mas muito na área não sabem disso, uma pena, só os mais marketeiros são conhecidos.

E reforço que se você quer que alguém doe seu tempo e conhecimento, respeite essa pessoa, se dedique mais a isso do que ela precisará fazer para dar uma boa resposta.

O Stack Overflow se tornou famoso porque as pessoas caprichavam na pergunta e com isso apareciam respostas magníficas. O SO passou ter fama de lugar ruim quando a qualidade das perguntas caiu muito, desmotivou as pessoas que podiam dar boas respostas e ele se tornou praticamente só um local de pessoas que se acham especiais.

Como dica adicional: antes de entrar na casa de alguém, aprenda como a casa funciona e se ajuste, ou não tenha ações que podem ser mal recebidas. Se errar, corrija na próxima interação.

E aceite que a internet tem pessoas diferentes. Não admita desrespeito, mas entenda que existem pessoas que pensam diferente.

Infelizmente as pessoas que mais precisam saber disso tudo, não querem. A postagem é boa para aqueles que só estava faltando ter acesso ao conteúdo. Se bem interpretado ele serve para outras questões de aprendizado.

Ninguém está dizendo que é fácil.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Faz bastante sentido e concordo bastante com a sua visão, principalmente sobre isso :

E hoje está ficando complicado, as pessoas estão pensando muito em si mesmas de forma tão intensa que acabam se sabotando, sem perceber.

Acho que esse é um comportamento que degrada toda e qualquer relação social que você possa ter. Mas por outro lado, as vezes pode ser difícil entender que você não é o "floquinho de neve", nesse caso as vezes um toque de um amigo, conhecido, familía ou até uma auto análise podem fazer com que esse comportamento seja identificado e corrigido.

Outro ponto sobre a questão de responsabilidade, alinhado ao que você comentou, tenho a sensação que as pessoas tem cada vez mais empurrado as decisões mais importantes de suas vidas para outras pessoas, talvez para ter quem culpar quando der errado ,tipo perguntas como: Devo fazer faculdade? Devo aprender desenvolvimento web? Será que devo arriscar mudar de emprego?. Inclusive acho que esse vídeo levanta uma discussão bem interessante sobre esse assunto.

Por fim sobre ser critíco sobre o que se consome acho que sempre foi fundamental, mas tem se mostrado mais importante ainda em um cenário onde temos uma quantidade enorme de informações ao nosso acesso, mas que não necessariamente tem alguma qualidade/verdade.

Agradeço pelas indicações de leitura e pela sua resposta, sempre aprendo algo com seus comentários por aqui!

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De fato, para algumas pessoas o tal "toque" pode ser uma benção para a pessoa e ela pode começar um processo de melhoria. Em alguns casos só com ajuda profissional. Mas nos casos mais graves, não adianta, ela estará em negação e nada vai resolver. Simplesmente não tem o que fazer.

É uma boa observaação que, talvez, joguem a responsabilidade para terceiros para depois virar culpa.

Hoje a escola precisa ensinar as pessoas serem críticas, não decorar conteúdo. Já deveria ser assim um pouco. Curioso que eu falava isso para os professores, obviamente por intuição e podia estar errado, quando eu nem pensava em ter pelo na cara. Por isso nunca gostei de química que é quase só conteúdo e reclamava de todos decorebas. E tive a sorte de eu me focar em entender as coisas. Clar oque também foi por algum azar, pensar diferente sempre foi, é e será mal visto pela maioria. E também porque isso é consequência de outras questões.

Até mais.