Um novo programador velho: do direito ao código
Meu nome é Mauro Lopes e há mais de 26 anos sou juiz federal, atuando no Rio de Janeiro. 10 anos atrás, quando tinha acabado de superar a marca dos 40 anos de idade, resolvi começar a aprender linguagens de programação. Sim, programação. Códigos (não os das leis...). O que levou um cara que foi de "humanas" a vida inteira a isso é assunto para outro momento, mas o fato é que mergulhei nesse oceano de incertezas, disposto, inclusive, a estudar matemática, se fosse preciso (não foi).
A jornada não foi das mais fáceis. Tive que me tornar um tanto quanto obsessivo. Debrucei-me avidamente sobre livros e cursos online. Perdi incontáveis horas de descanso quebrando a cabeça em tentativas de resolver os incontáveis bugs dos meus programas. Dormia e sonhava com códigos.
E as recompensas vieram. Aprendi a ter métodos (ainda que continue meio caótico). Tornei-me mais paciente e muito resiliente. Aperfeiçoei meu raciocínio lógico (o que me ajuda muito na área jurídica). Vários de meus projetos ganharam vida e estão por aí, ajudando pessoas em diversas tarefas (em futuras postagens tratarei deles). Não executo mais tarefas repetitivas: automatizo tudo o que posso.
Agora, o melhor de tudo foi o crescimento na autoconfiança. Hoje, tenho certeza de que posso aprender qualquer coisa, desde que decida empregar tempo e esforços no processo de aprendizado.
Você ainda está lendo? Ótimo. Vou te dar um conselho (passei dos 50 e acho que posso me arvorar...): não tenha "gurus" e não reverencie pessoas como "deuses" porque alcançaram posições que você almeja; se eles chegaram lá, você também pode (sim, seja minima e positivamente competitivo). Quer aprender um ofício novo, para trocar de carreira ou mesmo por diletantismo? Comece agora. Vai levar tempo, é verdade. Mas o tempo vai passar, queira você ou não.