Lembro de um vídeo do Akita em que ele menciona dar prioridade a alunos de faculdades públicas durante o processo de seleção para a sua empresa. Segundo ele, esses alunos já passaram por uma seleção prévia, mas isso não implica necessariamente que os programadores formados em universidades públicas sejam melhores do que os de universidades particulares. Concordo plenamente com essa perspectiva. Tenho amigos que frequentam universidades particulares e que demonstram habilidades notáveis e um empenho excepcional em comparação a alguns colegas de universidades públicas.
Entretanto, é inegável que a formação em uma universidade pública proporciona uma base sólida para se tornar um cientista ou engenheiro da computação completo. Ela oferece ensinamentos que vão além da simples codificação de CRUD, algo que muitas vezes não é tão enfatizado nas grades curriculares das universidades particulares da minha região. Às vezes, a educação em uma universidade particular parece assemelhar-se a um curso da Udemy com um certificado de maior prestígio, enquanto a formação em uma universidade pública exige um estudo mais aprofundado e um esforço maior (o que é evidenciado pela alta taxa de desistência nos cursos de Ciência da Computação).
Embora eu não acredite que a faculdade seja um fator determinante para vagas de programador pleno/sênior, reconheço que para vagas de nível júnior e, especialmente, para estágios, as empresas procuram avaliar se o investimento na contratação do candidato será válido (claro, desde que a empresa esteja disposta a oferecer suporte ao desenvolvimento do profissional, como é o caso das empresas que tratam os profissionais juniores com a devida atenção e auxílio).