Diria que não é exatamente um jogo de números, mas de posicionamento. Quem joga apenas pela estatística tende a cair na vala comum das 250 aplicações diárias que mencionou — e lá não se pesca ouro, apenas cansaço. A pergunta que me faço é: o que você chama de "ser um bom dev"? Ser bom tecnicamente? Talvez. Mas o mercado, por vezes cruel, exige mais: saber vender seu peixe, saber que peixe vender e, sobretudo, saber para quem vender.

Recebo contatos no LinkedIn com frequência — não por milagre, nem por automação divina, mas porque aprendi a me apresentar como um profissional, não como um boleto humano implorando por atenção.

Acreditar que a salvação virá ao “quebrar a cadeia” ou ao nivelar tudo por baixo é ingênuo, ainda que bem intencionado. O mercado não vai se regenerar pelo cansaço coletivo, mas sim pela distinção. Se todos usarem bots, a diferença volta a ser... quem sabe se posicionar.

Às vezes, o silêncio estratégico tem mais força do que um grito automatizado.