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Como vc pode ver pelos outros comentários, não há consenso. Uns acham que é uma boa, outros acham que não.

Já eu acho que tanto faz, desde que o foco inicial seja nos princípios básicos de programação (algoritmos/lógica, estruturas de dados, etc). Nesta etapa, a linguagem é secundário, apenas - e não mais do que - uma ferramenta para aprender os fundamentos (aquele monte de "teoria chata" que é importantíssimo, e quem domina consegue aprender facilmente qualquer linguagem).

Claro que algumas linguagens parecem mais palatáveis para iniciantes, por terem menos cerimônia: menos conceitos que precisam ser ingorados no início pra não ficar confuso. Por exemplo, em Java, um HelloWorld é assim:

public class HelloWorld {
    public static void main(String args[]) {
        System.out.println("Hello, World");
    }
}

Mas aí nas primeiras aulas tem que dizer: "por enquanto ignore a classe e toda a linha do void main". Porque explicar tudo isso de primeira só serviria pra confundir.

Como já disseram, a partir do Java 21 será possível ter apenas void main() { código }, que diminui bastante mas ainda sim tem um pouco de "ignore por enquanto".

A princípio isso não é um grande problema, toda linguagem tem um certo grau de boilerplate: coisas obrigatórias pela "burocracia" imposta por ela.

Talvez por isso algumas pessoas sugiram JavaScript ou Python, que possuem menos cerimônia. Por outro lado, algumas dessas podem ter "mágicas" que abstraem certas complexidades e escondem o que acontece por debaixo dos panos. Pro aprendizado inicial eu acho ruim omitir tais detalhes, pois é importante, pelo menos até certo nível, entender o que acontece. Mas isso não impede que surjam trocentos cursos por aí que ensinam tais linguagens para iniciantes.

E só pra terminar com um caso anedótico, na faculdade eu comecei com Pascal, que nunca mais usei na vida. Mas tudo bem, ela foi só uma ferramenta para aprender os princípios básicos - como já disse, foi um detalhe secundário.

Depois aprendi outras linguagens, e a maioria também não usei mais (Lisp, Scheme, SASL, etc). Assim como Pascal, elas serviram como ferramentas para entender conceitos que depois podem ser aplicados a qualquer linguagem. Lisp, por exemplo, foi crucial para eu finalmente entender de verdade o que é recursão.

Ou seja, se ainda está aprendendo a programar, concentre-se primeiro em aprender os fundamentos, e não gaste tanto tempo escolhendo a linguagem. Como vc viu aqui, se perguntar pra 10 pessoas, virão 15 respostas diferentes. Depois que dominar o básico, vc aprende rapidamente qualquer linguagem (lembrando que aprender é rápido, mas pra dominar não tem jeito, leva tempo).

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Concordo plenamente com o seu ponto de vista. A linguagem não deve ser foco no momento inicial, apenas a lógica.
Também nunca mais usei a primeira linguagem que aprendi - que no caso foi C - mas ela me possibilitou aprender e ENTENDER coisas mais "básicas" como memória, tamanho de variáveis, ponteiros e coisas assim que, com Python por exemplo, provavelmente teriam passado batidas já que ele abstrai muitas informações que, na grande maioria das vezes, não é necessário saber para fazer um script/programa/site.

Não importa a linguagem que vai ser utilizada, o que importa é aprender os conceitos de lógica que no futuro vão possibilitar que você aprenda muito, MUITO mais facilmente qualquer linguagem de programação.

Não DECORE linguagem, mas sim APRENDA e EXERCITE a lógica.
O foco na linguagem é só mais pra frente na sua carreira.