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Minha opinião é a mesma que eu já disse aqui:

De forma geral, todo framework é uma faca de 2 gumes.

Por um lado, te dá muita coisa pronta e pode agilizar e facilitar sua vida.

Por outro lado, te dá muita coisa pronta, mas que vc não necessariamente precisa, e seu sistema fica com aquele "peso" extra sem utilidade.

Além disso, nem sempre ele te dá flexibilidade suficiente. Às vezes vc precisa de algo um pouco diferente do que o framework faz, e tem vezes que não é possível. Ou até é, mas precisa dar tantas voltas que compensaria mais fazer tudo na mão.

Cada caso é um caso, e como tudo em computação, o ideal é estudar bem os prós e contras, e decidir de acordo com o seu contexto e necessidades.

Ou seja, nem 8 nem 80. Usar framework pra tudo pode ser ruim, porque pode cair em casos nos quais ele não é a melhor solução (ou é um canhão pra matar mosca). Mas nunca usar também pode ser ruim, pois tem casos em que ele é a solução mais adequada e pode poupar o trabalho que teria se fizesse sem ele.


Sobre o movimento em si, eu gostei da ideia geral, que bate com minha opinião. Por exemplo, citar que a falta de conhecimento pode levar a decisões ruins (como a escolha de um framework que não é adequado para a situação), ou que frameworks são apenas ferramentas, e toda ferramenta é um trade-off ("cada escolha, uma sentença", ou seja, vc ganha as partes boas, mas vai ter que conviver com as partes ruins - que todas as ferramentas têm).

Também acho que os princípios do movimento fazem sentido (em tradução livre):

  • O valor de um software não está no código em si, mas no motivo pelo qual esse código existe.
  • Cada decisão deve ser feita considerando o contexto. Uma boa escolha feita em determinado contexto pode ser uma má escolha em outro.
  • A escolha de um framework é técnica e deveria ser feita por pessoas técnicas, levando em conta as necessidades do negócio.
  • O critério de decisão que levou a escolha de um framework deve ser conhecido por todos da equipe.

Então eu entendi que apesar do nome (Frameworkless - "sem framework"), a ideia não é "nunca use", e sim "avalie bem se precisa ou não". Tanto que o primeiro parágrafo do site já diz que "Não odiamos frameworks, e nem iremos fazer campanhas contra eles" - ou seja, não leve o nome tão ao pé da letra :-)

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