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Meus 5 centavos, e um ponto de vista diferente

Eu tenho 29 anos. Jogo desde que me entendo por gente. Também jogo sempre que tenho tempo, e sempre tento arrumar um tempo pra jogar. Nas poucas folgas que tenho, minha primeira atividade é... ligar o PC e jogar muito.
Não entenda mal, sou casado, e além disso cuido da minha empresa no tempo após o trabalho CLT (está no nome da minha esposa).
Além disso, sou formado em desenvolvimento de jogos. Amo jogos de verdade, e vou jogar até o dia que morrer.

Agora, é importante sim saber separar as coisas. Se isso está se tornando um problema a ponto de acabar com a vida da pessoa, tem algo errado de fato. Eu mesmo já sofri com isso, na minha adolescencia. Dos meus 5 anos de idade até meus 18 anos, posso dizer que não estava no melhor ambiente que uma criança pode estar, pra não entrar muito nos detalhes. A unica coisa que eu tinha de fato era um PC "da xuxa" que comprei com o salario de ajudante de pedreiro (sim eu trabalho desde criança, comecei +- aos 8, ganhava 2 reais por dia naquela época para recolher entulho, demorei muito pra comprar meu primeiro pc). Meu tempo livre era jogar Age of Mitology, CS 1.6, até paciencia. Depois comprei um Xbox 360 usado, e entrei na nova geração.

Existia uma constante na minha vida, um pensamento que vinha sempre que eu passava muito tempo jogando: eu estou fazendo algo produtivo de fato? Ai eu ficava 10 minutos parado refletindo, o que eu poderia fazer com os recursos que tinha? Como poderia tirar algo bom de jogar, alguma habilidade?

Logo iria encontrar o LoLzinho. Diferente de vc, joguei pouco. Comecei a jogar em 2014, cheguei na ranked no máximo no prata, e logo comecei a me questionar: estou tirando alguma vantagem disso? Vale a pena jogar e ser tão ruim assim?
Curiosidade, nunca passei de prata.
Logo larguei o jogo. Minha conta ainda existe, tem muita coisa que deve valer uma nota hoje em dia.

Em pouco tempo, conheci outro grande jogo: Dark Souls. Joguei essa obra por mais de 500 horas. Era o rei do PVP, se alguém jogou na época, devem lembrar de um player que usava magia negra teleguiada e besta automática.
Engraçado que eu nunca me fiz a mesma pergunta jogando DS. Esse jogo me deu a maior habilidade que tenho hoje em dia; depois de morrer e morrer tentando passar os chefes 100, as vezes 200 vezes, aprendi o poder que ser persistente pode ter. Aprendi também a apreciar a dificuldade da vida, e pegar caminhos e desafios que outras pessoas não querem.

Não sou viciado nisso. Não sinto que estou jogando minha vida fora trocando 2h de estudo por 2h tentando matar a Malenia no Elden Ring só usando um arco e flexa simples (é extremamente dificil e divertido). Quando eu consigo passar um objetivos nesses jogos que são muito dificeis, me sinto revigorado! Sinto que posso lidar com qualquer problema da vida de forma eficaz, pois basta eu não desistir.

A dica é, não só jogando, sempre se pergunte se existe algo de bom para se extrair dessa atividade em questão. Esse tipo de pensamentos abre portas na vida, em qualquer área.

Por curiosidade, atualmente estou jogando Diablo 4. Existe um desafio, o poço do artífice, que é extremamente difícil de se chegar no nivel 200. Aparentemente no momento ninguém passou do 150. Quero fazer isso. O que vou extrair dessa atividade? Uns pontos em perseverança, criatividade e principalmente, a sensação de chegar em um lugar que poucos chegarão.

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