Mestrado EAD em TI é realidade distante para 2023
Para aqueles que trabalham com Tecnologia da Informação (TI) e têm jornadas extensas, ou para aqueles que residem em cidades distantes dos principais centros acadêmicos e trabalham remotamente na área de Informática, conseguir o título de mestre representa um desafio significativo para alcançar esse objetivo.
A possibilidade de cursar um mestrado sempre foi uma esperança, mas a modalidade presencial acaba se tornando um grande obstáculo, pois é difícil conciliá-la com as demandas do trabalho. Os horários das aulas, que muitas vezes ocorrem durante o dia, exigem a participação de estudantes "profissionais" em programas de pós, mesmo nos chamados mestrados profissionais. A menos que as empresas permitam que seus funcionários se ausentem durante o expediente, essa opção fica inviável sem gerar conflitos laborais. Portanto, uma solução para esse problema seria a adoção de modelos de mestrado na modalidade EAD. É importante esclarecer que a modalidade híbrida, na qual parte das aulas é realizada remotamente e outra parte é presencial, é diferente da modalidade EAD.
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Em 2019, 17 propostas de mestrados EAD puderam ser submetidas e a CAPES algum tempo depois divulgou a avaliação delas, negando o pleito de todas. Talvez a falta de amadurecimento e um cenário de pandemia ainda latente possam ser explicações para tamanho fracasso.
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No ano passado, foi retomado o processo de submissão de propostas de mestrados na modalidade EAD e nesta segunda-feira(10/07/2023), a CAPES divulgou o resultado de 12 propostas. Todas não aprovadas!
Considerando outras disciplinas acadêmicas e profissões, é possível argumentar que a crítica em relação à ausência de contato presencial pode ser pertinente para qualidade do ensino. No entanto, no contexto da área de Tecnologia da Informação, seria mais adequado considerar e favorecer abordagens de estudo remoto para fins de pesquisa e avanço acadêmico?