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Evento solar extremo no último fim de semana gerou espetáculos raros visíveis no céu

Neste útimo fim de semana, o portal do Space Weather Prediction Center reportou índices Kp extremos, segundo o gráfico a seguir. Indicadores desta magnitude estão correlacionados com eventos de ejeção de massa coronal cujas particulas alcançam o campo magnético da Terra produzindo auroras polares. Associados ao período de máxima atividade solar, que ocorre em ciclos de 11 anos, o atual ciclo 25 tem previsto seu máximo para julho do próximo ano.

Gráfico - índice planetário Kp (Planetarische Kennziffer)

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Fonte: https://www.swpc.noaa.gov/products/planetary-k-index

A imagem seguinte é um link para vídeo no Youtube com frames feitos pelo satélite GOES-16 da NOAA ao capturar a atividade na mancha solar AR3664 por volta das 14h. EDT, 9 de maio de 2024.

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Fonte: National Weather Service (NWS)

Efeitos

Eventos extremos como esses podem afetar comunicações de rádio em alta frequência como as utilizadas por satélites de posicionamento (GPS, GLONASS, Galileo, Beidou/Compass e seus sistemas de aumentação - ver mapas ), satélites de comunicação (Starlink etc.), imageadores entre outros. Mais informações também podem ser encontradas no portal NESDIS do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos).

A interação destas partículas carregadas com determinadas camadas da atmosfera terrestre causam auroras austrais e boreais ao redor do globo. Vários portais de notícias, dentre eles Terra, Cultura, entre outros, trouxeram relatos de leitores que avistaram auroras austrais a partir de localidades no Chile e Argentina. Uma projeção do globo terrestre pode ser vista na imagem a seguir, cuja camada de auroras refere-se aos dados do dia 11/05/2024 às 02:40Z.

Intensidades das auroras e sua possível localização

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Fonte: https://earth.nullschool.net/#2024/05/11/0240Z/space/surface/level/anim=off/overlay=aurora/patterson

Enquanto a aurora boreal acontece no Hemisfério Norte, a aurora austral se dá no Hemisfério Sul. Vale lembrar que todos os fenômenos registrados neste final de semana são raros e incomuns. (cultura.uol.com.br)

Video: https://twitter.com/i/status/1789207492682989719 (como embarcar um vídeo do X aqui no Tabnews sabendo seu link?)
Fonte: De Ancapsu citando @alexutopia referenciando @mathewjowens no X.

Atualização

Segundo notícia publicada há pouco (12 de maio de 2024 às 20h04 EDT) no site earth.com (tradução por Google Translate)

o Sol liberou outra poderosa explosão de energia, conhecida como explosão solar, atingindo seu pico de intensidade às 12h26, hora do Leste. A erupção originou-se de uma região da superfície do Sol chamada região de manchas solares 3664, que tem estado bastante ativa ultimamente.
(...)
O Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da NOAA estendeu o Alerta de Tempestade Geomagnética até a tarde de 13 de maio de 2024.

[Keywords: aurora, australis, borealis, geomagnetic storm, solar flare] // for [index|filter]ing purposes

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Uma visualização interessante está disponível nesse site. Você pode selecionar qualquer uma das regiões disponíveis e escolher o ponto no tempo que desejar, tanto pela linha do tempo inferior quanto selecionando a data nos filtros do topo:

Lucknerhaus com o céu rosa

Outro exemplo:

Adlersruhe, também com o céu rosa

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Que fotos incríveis, rafael. Fui na opção de Melhores Tomadas e puder ver várias fotos do dia 11 deste mês mostrando o céu do local com as auroras no hemisfério norte. Grato por enriquecer este post com seu achado. Eu desconhecia esse site até então. As fotos são muito lindas.

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rfaita, se puder, edite seu comentário compartilhando com os leitores sua experiência inédita do uso do sistema da Starlink durante a chegada dessa massa de partículas provenientes do Sol de nosso sistema solar. Provendo mais detalhes, por exemplo, quanto do sinal ficou degradado para sua antena, se perdeu total sintonia com os satélites, qual era a taxa de transferência no momento etc, seu comentário torna-se mais relevante, podendo ser bem pontuado. Inclusive, em vez de postar aqui, o que acha de enriquecer a postagem da NewsletterOficial publicada recentemente aqui no Tabnews em https://www.tabnews.com.br/NewsletterOficial/tempestade-solar-extrema-de-nivel-g5-a-maior-em-20-anos-atingiu-a-terra-neste-final-de-semana ?

Segundo li a respeito, Elon Musk já havia sinalizado no seu perfil no X (não achei a postagem original) que o sistema Starlink poderia sofrer alguma degradação do sinal devido a esse evento que ocorreu na atmosfera terrestre. Os satélites da constelação Starlink, segundo space.com, estão a cerca de 550 km acima da superfície terrestre. Na figura seguinte é possível ter uma ideia em qual camada eles se encontram, ou seja, um pouco acima da órbita do telescópio espacial Hubble e a cerca de 150 km da International Space Station (ISS) (live). A esta altura, são considerados LEO (Low Earth Orbit) satellites.

Ilustração representando as principais camadas da atmosfera

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Fonte: https://www.nasa.gov/wp-content/uploads/2021/06/663007main_upper-atmosphere-graphic-orig_full.jpg

Além dos satélites Starlink, há uma vasta quantidade de outros satelites artificiais ativos, reservas, decomissionados e space debris em diferentes órbitas e alturas.

Animação exagerada representando objetos ao redor da Terra

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Fonte: https://www.n2yo.com/satellite-article/How-many-satellites-can-we-safely-fit-in-Earth-orbit/86

O que são _space debris_

Space debris são pedaços de material que se desprenderam de satélites ou foram produzidos por colisões. Geralmente as maiores partes são rastreados com certa regularidade.
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Fonte: https://www.n2yo.com/satellite-article/How-many-satellites-can-we-safely-fit-in-Earth-orbit/86