Que conteúdo sensacional rbmelolima
, foi uma excelente leitura!
Você saberia dizer se no início as pessoas acessavam outros computadores diretamente pelo IP? Ou a resolução de DNS já veio junto com o TCP/IP?
Que conteúdo sensacional rbmelolima
, foi uma excelente leitura!
Você saberia dizer se no início as pessoas acessavam outros computadores diretamente pelo IP? Ou a resolução de DNS já veio junto com o TCP/IP?
A resolução de DNS surgiu em 1983 (em outras fontes dizem em 1984) e antes disso já haviam redes de computadores.
Quem utilizava as redes e precisava se comunicar com outros computadores, consultava tudo de um único arquivo de hosts que era atualizado manualmente durante a semana (e eram poucas as vezes durante a semana - 1 ou duas -). Aí já se imagina o problema disso né...?
A ideia da criação de uma rede de computadores que pudessem trocar informações surgiu no ARPA ("Advanced Research Projects Agency") do Departamento de Defesa dos EUA quando, em 1962, a Agência contratou J.C.R. Licklider para liderar as suas novas iniciativas através do "Information Processing Techniques Office", IPTO, da Agência.
O projeto foi amadurecendo e adquiriu momento quando a ARPA contratou Lawrence Roberts, do Lincoln Lab do MIT, em 1967, para tornar a idéia uma realidade. Nesta mesma época Licklider, tendo saído da ARPA em 1964, assumiu a direção do Projeto MAC no MIT.
Para realizar o primeiro experimento com a rede foram escolhidas quatro universidades que seriam conectadas em janeiro de 1970 na rede computacional ARPANET. Eram elas a Universidade da Califórnia em Los Angeles (centro do desenvolvimento do "software"), o Stanford Research Institute, a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e a Universidade de Utah, todos beneficiários de contratos com a ARPA. Além da comunidade acadêmica a rede original atendia também à comunidade militar americana.
Dada a explicação do que foi a ARPA e o que é a ARPANET, podemos continuar.
Durante os anos 70, Arpanet era uma pequena comunidade de algumas centenas de hosts. Um único arquivo, HOSTS.TXT, continha toda a informação necessária sobre os hosts. Este arquivo continha nome para endereçar cada host conectado a ARPANET.
O arquivo era mantido pela Network Information Center (NIC) e distribuido por um único host, SRI-NIC. Os administradores da ARPANET enviavam ao NIC, por e-mail, quaisquer mudanças que tivessem sido efeituadas e periodicamente SRI-NIC era atualizado, assim como o arquivo HOST.TXT. As mudanças eram compiladas em um novo HOST.TXT uma ou duas vezes por semana. Com o crescimento da ARPANET, entretanto, este esquema tornou-se inviável. O tamanho do arquivo HOST.TXT crescia na proporção em que crescia o número de hosts. Além disso, o tráfego gerado com o processo de atualização crescia em proporções ainda maiores uma vez que cada host que era incluído não só sognificava uma linha a mais no arquivo HOST.TXT, mas um outro host atualizando a partir do SRI-NIC.
Em 01/01/1983 a ARPANET mudou do NCP (sigla de network control protocol, primeiro protocolo servidor a servidor da ARPANET) para o protocolo TCP/IP. E após isso, a população de hosts aumentou bastante a ponto de gerar problemas no gerenciamento dos IPs.
Com isso, a centralização e o trabalho manual de alterar os hosts em HOSTS.txt geraram os seguintes problemas:
Foi nesse contexto que se sentiu a necessidade de criar o DNS. Para lidar com esse problema, um grupo que incluía Jon Postel, Paul Mockapetris e Craig Partrige publicou o RFC 882, que criou o sistema de nomes de domínio (DNS) para facilitar a navegação na Internet. Com o DNS, os usuários podem digitar nomes de host como “USC-ISIF” em vez de “10.2.0.52”. Cada endereço teria informações do específico ao geral.
E enfim, o resto é história :D
Se quiser ver uma timeline desde o início da ARPA até o DNS e um pouco além, clica aqui