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Olá Mateus,

Li seu último post e lembrei que te recomendei o artigo do Google. Uma das maiores pérolas desse artigo está no apêndice, onde os criadores do Google argumentam que um buscador deve ser aberto e público. O Google criou um produto fantástico, alcançando o maior tráfego do mundo. Isso lhes deu liberdade para embarcar em grandes projetos tecnológicos. O que não conseguiam desenvolver, compravam - como o YouTube, aplicações de escritório, um sistema operacional, e muito mais. Inclusive, adquiriram uma pequena empresa em Belo Horizonte de pesquisadores da UFMG, um motor de busca brasileiro. Hoje, o escritório do Google em Belo Horizonte que emprega centenas de programadores, é um dos maiores centros de engenharia do search engine da empresa no mundo, fora de Mountain View.

A verdade é que o Google se tornou o monstro que ele jurou destruir. Não se pode competir com ele. É impossível. Muito simples. Bem, talvez a Microsoft possa competir com o Google. Mas só porque já era um gigante antes de o Google se tornar um monstro. E agora, eles compraram a OpenAI e o Bing é alimentado pelo GPT-4. Mas você também não pode competir com isso. E bem, usar as APIs deles não é competir com eles.

Buscar na Web é extremamente complexo e usar uma API parece ser a única forma razoavel de conseguir competir com os gigantes, a não ser que você seja um gênio e invete algo tão revolucinario como Sergey e Larry. Mas, o que a Aparda oferece que essas grandes empresas não oferecem? Você precisa encontrar um nicho.

Você não vai construir nada significativo com essa abordagem. Mas, sabe, não me escute, é só a minha opinião, vá em frente. Quebre a cara. Este é o único jeito de aprender de verdade. Mas não pense nem por um momento que, se você se tornar uma mínima ameaça, eles não vão te esmagar. Talvez isso possa ser confortado com um cheque de muitos milhões de doláres. Assista à série no Netflix "A Batalha dos Bilhões" sobre como o Google roubou o Google Earth.

Quanto à pesquisa, não posso oferecer muitos conselhos, mas em relação aos mapas, sugiro fortemente que opte por uma solução aberta. Hospedar uma solução própria para mapas pode ser viável, embora não ofereça tanta precisão nos dados. Mas isso, pelo menos, pode economizar muitas chamadas de API.

Mais do que isso, porém, meu conselho é: cuidado para não gastar demais o dinheiro do seu pai. Invista em pesquisas de mercado sérias e extensas, por favor busque um nicho. Repito, competir com o Google é suicídio. Em outra postagem, sugeri o livro "Startup Owner's Manual" de Steve Blank. Adquira uma cópia, leia, estude e aplique seus conceitos. Veja também o curso dele no YouTube.

Espero que essas sugestões sejam úteis e estou curioso para o futuro do Aparda!

Um abraço e bons estudos!

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Show, o primeiro ponto, heheh. Estou investindo o meu próprio dinheiro, acho que talvez tenha me expressado mal... É só a ideia que veio do meu pai, sugerindo pegar um empréstimo (que foi baixo, com juros beeem baixos). Ele me apoiou nessa decisão e me deu vários conselhos e etc...

Concordo contigo em vários aspectos, mas há um ponto em que discordo: a questão de "não ter competição com o Google". Concordo que o Google é um gigante e que vai demorar pra chegar lá, mas recentemente estamos vivendo o "melhor momento" pra criar algo, o governo quer regular as bigtechs, a descentralização do monopólio de informação nunca esteve tão "em alta" e o google dentro de 2 anos perdeu marketshare. Li o artigo que você mencionou anteriormente sobre a aprecentação do google para o mundo, e achei incrível, pura história!

Quanto aos mapas, minha ideia é, lá na frente, oferecer uma opção própria ou construída com base no OpenStreetMap. Por enquanto, só estou "direcionando" o usuário para o Google ou para o Bing.

Vou dar uma conferida no livro "Startup Owner's Manual" que você recomendou. A sinopse me deixou bem curioso hehehe, parece ser legal. Entendo toda a preocupação, mas estou realmente comprometido em construir algo sólido e grandioso. Sei que vai levar tempo, talvez uns 5-10 anos, mas estou disposto a dar cada passo com calma.

E a ideia inicial não é conquistar o mundo de uma vez e ser o melhor globalmente. Primeiro, quero fazer um trabalho bem feito em casa, ser o melhor dentro do nosso país. Acredito que aprimorando o projeto aqui, as expansões para outros países ficarão mais fáceis no futuro.