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Eu acho que você matou a charada: a questão é o uso!

Uma forma bem tosca de definir apenas pelo software: se tem um terminal integrado = IDE, se não tem um terminal = editor de texto

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Algumas reflexões sobre o assunto, que me tiraram o sono:

Uma IDE oferece tudo o que você precisa para desenvolver software para determinada plataforma. Vamos pensar em por exemplo, Visual Studio, Xcode e Android Studio, que vêm com compiladores, SDKs e outras ferramtas como parte da instalação. Além disso, há exemplos como o Quartus e o Arduino IDE, que são especificamente projetados para certa família de hardware, fornecendo um conjunto completo de ferramentas adaptadas e integradas - novamente, em uma única instalação.

Agora, vamos pensar em um cenário de desenvolvimento frontend web "moderno" com o VS Code. Você pode até integrar um navegador nele, com recarregamento rápido e todas as melhores ferramentas possíveis. Mas, provavelmente, você não só precisa instalar as extensões por conta própria, mas também outras ferramentas, como o node (e junto com ele 7422 pacotes do npm). Então, embora funcione como um ambiente de desenvolvimento integrado, longe de ser uma única instalação, certo?

Então, aonde você quer traçar a linha? Uma IDE precisa nascer uma IDE ou pode se tornar uma IDE? Se for a segunda opção, então tudo o que você precisa é de um terminal.

Como já havia adiantado em minha resposta anterior, acredito que pela própria definição (um acrônimo que se auto define), um 'Ambiente de Desenvolvimento Integrado' não implica que este ambiente precisa ser proveniente de uma única instalação. Não há nada nesta definição, que é simples (mas, pode-se argumentar, a correta), que implique que a IDE deva estar completa e pronta para uso imediatamente após a instalação.

Por fim, vale considerar que as IDEs nativas, como sugerido por um colega, são projetados para uma plataforma específica, como os produtos da IntelliJ, ou um conjunto delas, como o Xcode para o eco-sistema Apple, assim podem oferecer um nível de integração (e consequetemente facilidades) que um editor de texto, simplesmnte não pode.

Seguindo a linha de pensamento de que as IDEs não precisam ser nativas, mas podem ser configuradas, um terminal e um editor de texto apenas, não são suficientes para competir com a praticidade "verdadeiras" IDEs; também precisa de uma robusta infra-estrutura de extensão e customização. Nesse sentido, o Vim e o Emacs sempre se destacaram, podendo se transformar em um ambiente de desenvolvimento tão integrado quanto sua imaginação, habilidades e tempo permitirem - para qualquer plataforma, se você for louco o suficiente. Por outro lado o Eclipse também ocupa um lugar de destaque no mundo corporativo, oferecendo ferramentas que o transformam em uma IDE para uma grande variedade de plataformas com instalações e uso simples.

Na última década, o VS Code conquistou o mundo, oferecendo a flexibilidade e poder do Vim/Emacs com a facilidade do Eclipse. Se consolidando como algo único, uma IDE (quase) Universal (quase) Out-of-the-box. A verdade é que assim como o Xcode ninguem usa o VS Code apenas como editor de texto (ou de codigo) até porque é pesado e lento demais para isso!

Claro, isso não é acidental, mas sim o resultado de um design cuidadoso e meticuloso por parte da Microsoft. A razão pela qual o VS Code é lento e pesado deve-se ao fato de ser baseado principalmente em tecnologias web, algo curioso quando consideramos a Microsoft. Aplicações Electron são muito populares entre desenvolvedores web que não conhecem outras tecnologias. Mas, por que a Microsoft escolheria isso?

Porque a Microsoft é a grande visionária entre as empresas de tecnologia. Os novos Visual Studio Codespaces, ou IDEs web, são a prova disso. Parabéns a Bill e cia.