Cara, seguinte: carreira não se toca com o coração e sim com a razão.
Você tem pena do seu chefe, mas ele não tem pena de você e nem mesmo reconhece a importância do seu trabalho, pois se reconhecesse ele não ficaria encerrando projetos inacabos assim e do nada começando uma outra coisa e mudando toda hora.
O dono dessa empresa só vai aprender a valorizar programadores quando você sair por conseguir algo melhor. Talves assim ele se toque daimportância do seu trabalho e entenda que um bom profissional tem seu valor.
Hoje eu estou na programação, antes eu era designer de interiores. Fui mal remunerado por muito tempo, já vendi projeto por 80 reais! Chegou um dia em que eu estava em uma nova empresa estagiando, ganhando trocado e eu virei para os donos e falei "eu tenho uma nova proposta, quero ganhar porcentagem sobre as vendas, 7 porcento". Os donos viraram e falaram que não, que só poderiam pagar 3% de acordo com o mercado. Eu retrucava dizendo que não aceitaria o que o "mercado" estava praticando, que eu queria 7% ou eu sairia para fazer Uber até conseguir alguma coisa.
No final fechamos em 5% e o meu salário saltou de 1,3k para 6 a 8k. Teve um mês que eu fechei projetos grandes e cheguei a ganhar 16k em comissões de vendas. A empresa ficou satisfeitapois eu estava indo atrás de clientes igual a um louco e a qualidade dos meus projetos aumentaram muito apartir do momento em que eu passei a ser mais bem remunerado.
A relação entre empresário e trabalhador precisa ser entendida como uma relação de troca e não uma relação de exploração. O empresário tem uma ideia e transforma isso em um negócio/empresa, mas ele precisará de funcionários para fazer o negócio acontecer. Sem isso, o negócio não anda. Sozinho, por mais que se invista em automatização e tecnologia, nenhum negócio vai alcançar altos patamares sem contratar pessoas.
Toda empresa precisa de pessoas com diferentes conhecimentos para prosperar, para crescer.
Se os trabalhadores tivessem esse entendimento e união, não teríamos tantos engenheiros por aí ganhando trocado, tanto designer ou programador sênior tendo que aceitar salário de júnior e péssimas condições de trabalho. Tanto que os profissionais sênior do Brasil só começaram a ser mais valorizados e ganhar mais quando as empresas perceberam que muitos estavam se mandando para fora do Brasil.
Não perca oito horas do seu dia em uma empresa ruim que não te valoriza. Você também deve ter os seus sonhos e precisa correr atrás deles.