O que eu faço realmente tem utilidade ?
Sobre como estou um pouco perdido mas gostando do processo
Estou no meu início de carreira, ou melhor, estou no meu primeiro emprego e obviamente isso é muito diferente do que eu esperava alguns meses atrás, pois eu fantasiava com uma certa mentalidade e na realidade as coisas funcionam de forma diametralmente diferentes. Eu imagino que essa quebra de "expectativa" seja comum entre o que e como nós pensamos ser o primeiro emprego e de como realmente é, e ele realmente é fora do nosso controle na maioria das vezes e além disso nós seres humanos temos a gigante mania de acostumar rápido de mais com algo que lutamos e sonhamos por um certo período, percebendo rápido demais tambem que aquela euforia e pressa na verdade não precisariam ser assim. É como se você sonhasse muito tempo com um carro, depois de ter esse carro e andar nele todos os dias pra tarefas como trabalhar, você acaba normalizando aquele carro mesmo amando ele, os defeitos, as qualidades e as experiências que vieram com ele. E é nesse ponto que eu acho que percebi o mais importante Ter um carro não é só dirigir.
Tirando toda essa volta ao mundo já feita, podemos aplicar o óbvio que cansamos de ouvir "Programar não é só codar" e vejamos a definição da palavra 'programar':
1. transitivo direto organizar um programa ou uma programação de. "p. a temporada lírica"
Aprendi a tirar proveitos de perguntas como
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O que fazer quando seu chefe te apresenta uma necessidade ou carência dentro da empresa e vc precisa desenvolver algo completamente novo ?
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Como propor e atuar nessa tradução do nosso mundo técnico como programador para soluções com foco no usuário que não tem a menor obrigação de saber como funciona tudo por baixo dos panos ?
Tenho consciência que muito de vocês que trabalham com empresas maiores ou tem um time completo desenvolvendo a aplicação de ponta a ponta, funcionando todos os processos de manutenção e criação redondinhos, talvez nessa situação que eu estou falando com minha humilde experiência de iniciante não seja válido ou não faça sentido. Porém quero saber se existem ou algumas e quais dessas situações nunca mudam ? mesmo trabalhando em times completos assim ? me pego pensando em situações que nos encontramos, muito mais a preço da expêriencia do que por dinheiro, situações essas que nos apresentam desafios em freelas ou empresas menores e que só o mercado mesmo pode proporcionar,como por exemplo o jogo de cintura fantástico que temos que ter ao implementar um sistema ou funcionalidade em um ambiente interno que muda todo o jeito que 30,40, 50 pessoas trabalham por anos e de repente chega alguém e joga uma bomba de fumaça e começa a ser o ator principal de uma nova fase em que tudo vai mudar, exagerado eu sei mas talvez seja assim na cabeça de alguns kkkkkk
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Como fazer com que as pessoas colaborem com um processo que vai aumentar o controle da empresa sobre os seus própios trabalhos e disseminar o gap do jeitinho de trabalho ?
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Como mostrar aos outros que o que está sendo feito ali tem utilidade e vai agregar ?
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Como lidar com o desenvolvimento de novas funcionalidades e campos de atuação de um app quando alguns dos futuros usuários (stakeholders) parecem ficar num cenário de indefinição sobre jogar a favor, olhar com receio a mudanças ou até jogar contra ?
Essa indefinição nos deixa um pouco apreensivos e por vezes duvidando do que está sendo feito, pois atualmente fazemos muito de tudo um pouco pra termos essa tão valiosa expêriencia de mercado, e mesmo sendo esse canivete suiço os cenários do dia a dia vão muito além das responsabilidades com o códigos, temos a reponsabilidade de mudar processos,manter essa comunicação abrangente e ir sempre alinhando a direção, é o que é conhecido no português brasileiro: jogo de cintura
Só sei que tudo soa como novo e diferente e isso me empolga, essa tendência de ter que gerir os pontos de até onde poder ir e o que realmente gerar de valor pra aquele ambiente, ter que conversar e de certa forma vender um peixe que ja está "vendido", talvez muito mais difícil do que ser contratado, por um chefe ou gestor, seja ser "contratado" pelo grupo que vai comprar suas idéias a partir dali
E você ? Quais eram suas expectativas de como seria e como acabou sendo seu primeiro emprego na área ? O que faz hoje ?Se puder nos conte mais sobre o contexto, tipo ano, tecnologia que usava e essas coisas hahahahaha
obs: Sou desenvolvedor jr Android e desenvolvo em kotlin, to muito feliz com o meu primeiro emprego e só queria destacar alguns pontos de como tem sido a diferença do emprego que vendem e como é o mundo real... (E não vamos entrar nessa discussão de se é legal intitular como júnior,pleno ou sla o que, também perdoem os erros do meu português ruim kkkkkkkkk)