A explicação dele é boa porém não é totalmente precisa. Por mais que a ideia principal esteja totalmente correta, realmente a performance tem muito mais relação com o runtime, não está certo afirmar que a linguagem não influencia na performance. Então sim, existem linguagens que são mais performáticas do que outras.
É só estudar sobre implementação de compiladores para entender isso. Você verá que existem otimizações que são possíveis em algumas linguagens que não são possíveis em outras. Verá que linguagem X gera código menor do que linguagem Y. Verá que linguagem X precisa de um runtime muito menor e mais performático do que linguagem Y.
Isso tem a ver com a forma como a abstract machine da linguagem funciona. Se for muito distante de máquinas reais, mais código será gerado e um runtime maior é necessário para rodar o código escrito naquela linguagem.
É por esse motivo que existem as linguagens de programação que a gente chama de "linguagens de sistema" (como C, C++ e Rust mencionadas no vídeo). Essas linguagens são diferentes de linguagens como Python e JavaScript porque, justamente, foram projetadas para terem uma performance melhor.
Se não fizesse mesmo diferença na performance de uma linguagem para a outra, que argumento teríamos para não programar um sistema operacional em Python? Pense nas vantagens:
- Código mais fácil de ler
- Código mais fácil de manter
- Teria muito mais gente apta a colaborar no projeto
Pois é, então qual o motivo de não usarmos Python para programar um sistema operacional? Simples: performance.
Não importa o runtime usado, não importa quanto esforço seja empregado em um compilador de Python. A linguagem nunca vai alcançar a mesma performance de uma linguagem de sistema. Porque sua abstract machine é bem diferente de uma máquina real.